O artigo propõe identificar contribuições quanto ao desenvolvimento da autonomia e da autoria, de estudantes da Educação Básica, a partir da criação de aplicativos para dispositivos móveis, no caso específico para smartphones. Na era digital, em que não há limites de espaço e tempo por conta do acesso rápido a informações na palma da mão, deve-se considerar além do acesso, a construção de conhecimentos no processo de aprendizagem na escola. A sociedade está imersa na abundância de informações, e estratégias pedagógicas que possibilitem ao estudante não apenas o consumo de tecnologia, mais também a produção de tecnologia é fundamental na era digital. Com isso busca-se apresentar neste artigo práticas pedagógicas envolvendo os dispositivos móveis visando a reflexão sobre possibilidades para o desenvolvimento de habilidades a partir do desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis.
O telefone móvel, mais precisamente o smartphone, vem se destacando muito nos últimos anos muito por conta de sua mobilidade, por ser uma tecnologia nômade e também por ser metamídia, ou seja, convergem muitos meios de comunicação em um só aparelho (SUÁREZ GÓMEZ; GRANÉ ORÓ; TARRAGÓ, 2019). Dentro desse dispositivo, instalamos softwares, chamados de aplicativos, que funcionam como atalhos para as atividades que queremos desempenhar (GARDNER; DAVIS, 2014), e que vão desde a comunicação até a locomoção, entre muitos outros. Entretanto, essa realidade é percebida de maneira efetiva dentro da escola e com objetivos pedagógicos. Sendo assim, esta revisão sistemática tem como intuito mapear, e conhecer o estado da arte, quanto ao uso de aplicativos móveis como recursos didáticos digitais nas salas de aula de língua estrangeira na educação básica.
RESUMO: Discutir o desafio da apropriação das Tecnologias Digitais deInformação e Comunicação (TDICs) por professores de línguas estrangeiras em formação inicial participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) de uma Universidade Federal do Brasil é o principal objetivo desse trabalho. Isso é necessário porque, mesmo considerando a atual geração de alunos em formação inicial como sendo fundamentalmente de nativos digitais, o uso das tecnologias digitais acaba acontecendo apenas fora do ambiente escolar formal. Percebe-se que não há uma aplicação dos conhecimentos tecnológicos adquiridos pelos indivíduos para o ambiente de sala de aula quando esses mesmos indivíduos estão na posição de professores. Compreender essa dificuldade na apropriação da tecnologia em ambiente educacional é ainda um grande desafio, já que a ideia da importância das tecnologias digitais em ambiente escolar é largamente aceita no discurso de todos os agentes educacionais, mas não colocada efetivamente em prática. Assim, nesse trabalho nos debruçamos sobre o processo de elaboração de práticas pedagógicas com o uso de tecnologias digitais no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras, tendo como corpus a análise das iniciativas dos futuros professores em formação inicial, bolsistas do programa, na elaboração de atividades de intervenção nas turmas cujas atividades eles acompanham durante todo o ano. Fazem parte dessas atividades a elaboração de um projeto de intervenção, composto de um plano de atividades, a discussão crítica sobre ele, assim como sua aplicação e posterior reflexão. PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia Digital, Práticas Pedagógicas; Ensinoaprendizagem de línguas estrangeiras.ABSTRACT: Our work is primarily concerned with the challenges involved in the appropriation of DICT by beginner-level participants of the Institutional Program for Scholarships for Initiation in Teaching in Brazil. Although the current generation of beginner-level undergraduate students may be seen as "digital natives", their use of digital technologies, however frequent, takes place only outside the school environment. The technology skills which they acquire in their daily lives are not transposed to the classroom when they find themselves in the position of teachers. It is still challenging to understand their difficulties in appropriating technology to educational purposes, since educational agents seem all to agree on how important digital technologies are in school, while failing to
(Re)pensar os recursos pedagógicos é tarefa constante de todo profissional da educação, seja porque muda o aluno, seja porque muda o conteúdo ou o contexto escolar. Sempre que um destes elementos desestabiliza a totalidade do sistema, exige-se um novo equilíbrio, o que impulsiona o professor, agente planejador ou projetista, a buscar soluções que trazem uma nova estabilidade. A escola, por sua representatividade social, reflete naturalmente as mudanças da sociedade, em todos os seus níveis. Neste sentido, as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação se converteram em um elemento relevante de influência do contexto escolar. Especialmente pela expansão do acesso a diferentes tipos de dispositivos móveis – notebooks, tablets ou smartphones –, estas tecnologias se aproximam de alunos e professores de maneira consistente e concreta, dentro e fora da escola. Assim, neste trabalho, centramos nosso olhar nos aplicativos móveis como recursos pedagógicos para uso em classe, analisando-os como potencial de inovação e motivação para a aprendizagem. Para isso, desenvolvemos uma pesquisa de caráter bibliográfico, apresentando um panorama atual do design de aplicativos educacionais com a intenção de compreender os caminhos e as opções que os professores podem vislumbrar em suas práticas.
No abstract
O docente atento a sua sala de aula observa o surgimento de um novo perfil de aluno, com características que giram em torno da capacidade de lidar e relacionar inúmeras informações simultaneamente, no âmbito físico e cibernético. Isso advém principalmente da popularização dos dispositivos móveis e seus aplicativos personalizados aos interesses de seus usuários, tocando inclusive a questão da autoaprendizagem. Entretanto, há o consenso de que essa característica autodidata não garante capacidade seletiva e avaliativa da utilização eficaz dos conteúdos disponíveis, e, por isso, a tecnologia não substitui a educação formal - que age como uma bússola - e, sim, a complementa. Têm-se então, como objetivo deste artigo, apresentar o projeto elaborado pelo grupo do PIBID Letras-Espanhol acerca do uso do aplicativo de ensino de língua estrangeira Duolingo para a promoção e incentivo à aprendizagem da língua espanhola. Buscou-se utilizar o aplicativo como suporte complementar para o desenvolvimento das competências comunicativas em dois momentos: no âmbito escolar, em uma escola de ensino médio de Florianópolis - SC, com uma turma de terceiro ano, e também na sua forma para dispositivos móveis, permeando assim a aprendizagem individual. Com essa ferramenta, se está obtendo resultados positivos que vão de encontro aos objetivos pretendidos, comprovando que é possível um caminho em que educação e tecnologia andam juntas.
Na modalidade da Educação a Distância atuam diferentes perfis de profissionais e especialistas para o desenvolvimento dos cursos e materiais didáticos. O Designer Instrucional e o Designer Educacional são alguns destes especialistas, e sua atuação objetiva o tratamento desses conteúdos didáticos para serem compreendidos e assimilados na linguagem e contexto das especificidades da virtualidade. No entanto, observa-se que em muitos casos os termos para se definir a estes profissionais são usados indiscriminadamente, independente de suas atribuições. Diante disso, este artigo apresenta um planejamento de pesquisa acadêmica para dissertação de mestrado que tem o intuito de discutir, a partir de algumas das diferentes teorias que circundam a atuação desses profissionais, suas características conceituais e práticas, a fim de conhecer suas atribuições e compreender se estamos diante do mesmo perfil ou se são profissionais distintos.
A produção e reprodução do conhecimento em contextos adversos: um ano que não esqueceremos Estamos finalizando o ano de 2020, em um contexto que, lamentavelmente, não podemos augurar melhorias, já que os contágios e as mortes alcançam, no Brasil e no mundo, cifras cada vez maiores. Mesmo assim, e com o mais profundo respeito pela vida, como uma questão de prioridade ontológica, finalizamos o quarto e último número do volume 38 da Revista Perspectiva. Isto significa que os desafios elencados no Editorial do número anterior, sobre o Ensino Remoto e as condições de trabalho dos profissionais da educação ainda são temas que não podem ser ignorados nem considerados en passant, pois se mantém presentes (embora corpos ausentes) no dia a dia nas instituições educacionais e, no caso particular, das universidades. Esta presença implica que problemas educacionais continuam e se agudizaram, se manifestando em declarações, decretos e cortes de recursos que colocam a Educação em patamares de riscos cada vez mais graves, pois o desmonte da educação laica, pública e socialmente referenciada passa por decisões unívocas, com pouca participação da comunidade acadêmica. Esta veemência de decisões chega a todos os níveis educacionais, implicando uma perda de qualidade nos processos de ensino e aprendizagem e na reprodução e produção de conhecimento. Cabe sempre reforçar que não estamos ausentes nem fora desse contexto.
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