RESUMO Esta revisão reflete sobre a fundamentação e os eixos do Programa Saúde na Escola (PSE) e sua articulação com as concepções de Promoção da Saúde (PS). A revisão integrativa permite combinar estudos com diferentes abordagens metodológicas e foi realizada nas bases científicas nacionais. Os 38 artigos selecionados foram agrupados e analisados consoante os eixos de ação presentes na normativa do PSE. Aspectos conceituais e metodológicos adotados na concepção e na operacionalização dos estudos e da PS foram analisados criticamente. Referenciais de PS na diretriz do programa e na maior parte dos estudos se misturam ao modelo preventivista, centrado em ações fragmentadas e individualizadas. Pesquisas sobre o PSE devem aproximar teoria e prática, fortalecendo princípios como integralidade (do saber, do sujeito e do cuidado), intersetorialidade (metodológica e prática) e participação social, e reconhecer os determinantes sociais da saúde.
ResumoObjetivo: sistematizar estudos que abordam o tema da saúde dos professores universitários da grande área da saúde e os fatores ocupacionais condicionantes e determinantes de saúde associados, e realizar uma reflexão sobre o tema. Métodos: revisão integrativa descritiva e analítica realizada em bases bibliográ-ficas eletrônicas brasileiras e internacionais, baseada em estudos publicados em português e inglês entre janeiro de 2005 e março de 2016. Resultados: as buscas e as aplicações dos critérios de seleção resultaram na inclusão de vinte estudos (três teses, cinco dissertações e doze artigos). No geral, os estudos apontam que os docentes identificam como aspectos negativos à saúde as condições físicas e psicológicas de trabalho e, como aspectos promotores da saú-de, a satisfação com a profissão, envolvendo a produção e o compartilhamento sistematizado de saberes, e o impacto social que suas atividades promovem dentro e fora do ambiente de trabalho. Conclusão: evidências da percepção de docentes universitários da grande área da saúde sobre os seus próprios processos de saúde e adoecimento no trabalho apontam que as esferas pessoais, sociais e institucionais devem atuar conjuntamente para atender as complexas necessidades contemporâneas em saúde. Palavras-chave: docente; universidade; promoção da saúde; satisfação no trabalho. Abstract
Introduction: Healthy aging and quality of life has become a major desire of contemporary society. Understanding the profile of this population will allow the creation of more appropriate policies and actions for the promotion of health and quality of life. Objective: To map aspects related to health and quality of life as perceived by elderly residents of the city of Canindé, in the central sertão region of the state of Ceará. Method: A quantitative, cross-sectional, household-based study was performed. From a population of 5,214 elderly persons, proportional stratified sampling resulted in a sample of 372 individuals. A characterization questionnaire addressing sociodemographic characteristics and health status and the abbreviated version of WHOQOL were used. SPSS version 16.0 was used for descriptive and inferential statistics, adopting a significance level of 5%. Results: Most elderly individuals were female, married, brown skinned, aged 60 to 69 years old, with an incomplete primary education and an income of up to one minimum wage. Most of the elderly persons had attended 1-3 consultations/admissions in the last 12 months, and reported a high prevalence of hypertension, diabetes, osteoporosis, anxiety and cardiovascular diseases, despite describing their health and quality of life as "good". In terms of quality of life, the psychological domain had the highest, and the environmental domain had the lowest mean score. Conclusions: The prevalent diseases/comorbidities belonged to the chronic non-communicable diseases group. The environmental domain negatively influenced overall quality of life, indicating the importance of environments that provide health promotion and quality of life for elderly people from rural regions.
IntroduçãoA infância e a adolescência são períodos extremamente importantes para o desenvolvimento de um estilo de vida saudável, uma vez que os comportamentos adquiridos nesta fase tendem a ser perpetuados por toda a vida 1 . Durante a adolescência também ocorrem o aumento da independência e ganho de autonomia na tomada de decisões sobre práticas e comportamentos de vida 2 . Essa situação pode ser preocupante pelo fato de que os adolescentes passam a ficar mais expostos a comportamentos de risco como etilismo, tabagismo, sedentarismo e alimentação inadequada.Estudos nacionais e internacionais sobre fatores de risco e de proteção comportamentais relacionados à saúde em adolescentes, como o Global School-based Student Health Survey, o Youth Health Risk Beahaviour Surveillance System, o Health Behaviour in School-aged Children Study 2 e a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 3 , mostram que o estilo de vida adotado por crianças e adolescentes não é saudável, incluindo baixo consumo de frutas, inatividade física, inabilidade de manter um peso corporal saudável e consumo de bebidas alcoólicas e tabaco. Esses comportamentos de risco à saúde estão cada vez mais presentes na sociedade contemporânea e estão associados ao desenvolvimento das doenças crô-nicas não transmissíveis (DCNT). As DCNT estão aumentando no público jovem, lideram as cau-REVISÃO REVIEW
Práticas corporais e atividades físicas na perspectiva da Promoção da Saúde na atenção BásicaPhysical activity and corporal practices from the perspective of Health Promotion in Primary Care
Resumo Estilos de vida (EV) saudáveis são interpretados hegemonicamente como um conjunto de comportamentos individuais capazes de favorecer a saúde, entendida como fenômeno eminentemente biológico. O referencial teórico da Promoção da Saúde (PS), contudo, acrescenta o conceito da determinação social às discussões acerca das relações entre EV e saúde. Visando a favorecer a superação do modelo de culpabilidade individual centrada na abordagem de risco epidemiológico nas discussões sobre EV, recuperamos, na obra do sociólogo Pierre Bourdieu, o conceito de habitus. O propósito deste artigo é exercitar uma síntese das abordagens que, historicamente, permearam os discursos sobre EV e PS, introduzindo o conceito de habitus como mediador, o qual possibilita uma reflexão sobre o tema a partir das condições sociais existentes e das ações individuais historicamente construídas. A relevância dessa reflexão reside no fortalecimento conceitual do ideário da PS, e no favorecimento de ações integrais, inclusivas, participativas e de empoderamento social, como contraponto a ações prescritivas focadas na prevenção ou controle de doenças, ainda marcantes nas práxis em saúde.
Adolescents aged 11-14 years (n 326), belonging to organized sports federations in the Federal District, Brazil were interviewed. Subjects (n 107) provided four non-consecutive days of food consumption and 219 subjects provided two non-consecutive days of intake. The objective was to assess their nutrient and water intake according to dietary reference intake values and their energy and macronutrient intake by sex and sports groups they were engaged in: endurance, strength-skill or mixed, according to the guidelines established by the American College of Sport Medicine (ACSM). Dietary data were corrected for intra-individual variation. Total energy expenditure was higher among endurance athletes (P,0·001) following their higher training time (P,0·001) when compared to adolescents engaged in strength-skill or mixed sports. Total energy intake was only significantly higher among endurance-engaged females (P¼0·05). Protein intake of males was above the guidelines established by the ACSM for all sports groups. All male sport groups fulfilled the intake levels of carbohydrate per kg body weight but only females engaged in endurance sports fulfilled carbohydrate guidelines. Intakes of micronutrients with low prevalence of adequate intake were: vitamins B 1 , E and folate, magnesium and phosphorus. Few adolescents (, 5 %) presented adequate intake for calcium, fibre, drinking water and beverages. For micronutrients, prevalence of adequacies were lower for females than males, except for liquids and water. Nutrition guidance is needed to help adolescents fulfil specific guidelines of macronutrient intake for their sports and to improve their intake of micronutrients and water. Special attention should be given to female adolescent athletes. The bodily changes induced by adolescence increase energy requirements. This higher requirement is not only necessary to maintain health and promote growth and sexual maturation but also to provide the energy expended in physical and intellectual activities (1) . The regular practice of sport activities during adolescence can bring health benefits to these individuals. However, the physical activity will increase the energy expenditure and consequently the energy intake needs as well as the need for some nutrients (2) . Roemmich et al. (3) analysed adolescents who practised weight-control sports, such as wrestlers and gymnasts, and found that these individuals presented nutrient intake 50 % below their requirements. These cases of undernutrition among adolescents may lead to changes in growth and sexual maturation. Additionally, these authors justify that, for most adolescents, what impairs their growth and pubertal development is nutrient deficiency, not intense physical activity. In Brazil, the Ministry of Health has launched the National Policy of Health Promotion, which includes the promotion of physical activity and sports practice (4) . In schools and sports clubs adolescents are also encouraged to engage in sport activities as a means of physical education and talent selection ...
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