ResumoO presente artigo busca refletir como a diversidade, o distanciamento entre a cultura acadêmica e a realidade educacional afligem a prática pedagógica dos professores no século XXI, exigindo que os mesmos tenham que se apropriar de uma formação diferenciada para atender as novas demandas que surgem no interior da escola. Em ambientes multiculturais e de minoria linguística, como as regiões de fronteira, essas situações são ainda mais significativas. Para elucidar alguns dos impasses e desafios que os educadores enfrentam nestes contextos, apresentaremos duas pesquisas que retratam a inclusão de imigrantes em escolas públicas de duas fronteiras brasileiras, uma ao norte, na cidade de Bonfim/ Roraima e outra ao Sul, em Foz do Iguaçu/PR. Ambas apontam para uma realidade velada, principalmente no que tange à formação de professores para aquela região e a falta de políticas que reconheçam pluralidade em nosso país, fomentando o processo de exclusão. Palavras
A diversidade linguística na escola básica brasileira é uma realidade ainda pouco explorada nas experiências de formação docente. Em face disto, alunos que não têm o Português como língua materna encontram-se ordinariamente em situação de risco de fracasso ou evasão. O objetivo deste estudo é discutir a relação entre os processos de desenvolvimento da língua portuguesa escrita na escola para alunos que não a têm como língua materna, a postura pedagógica do professor enquanto mediador deste processo e uma formação acadêmica que compreenda essa realidade. Apresenta-se uma resenha crítica dos estudos de Berger (2015), Souza (2014), Silva e Tristoni (2012), Pires-Santos (2004) e Dalinghaus (2009), os quais trazem à tona cenários adversos relativos ao processo de ensino-aprendizagem de imigrantes matriculados nas escolas situadas em regiões de fronteira no Brasil. Em seguida, analisam-se as contribuições de Senna (2008) e Meyer (2016), com vistas a embasar discussões sobre a necessidade de ajustamento dos processos de ensino, visando a romper paradigmas e garantir possibilidades de inclusão escolar de sujeitos em condição de diversidade linguística e cultural.
O estudo concentra-se especificamente na área de alfabetização de alunos surdos nas escolas públicas, tendo em vista as inúmeras dificuldades enfrentadas por eles nessas instituições. Trata-se de uma pesquisa teórica, de natureza bibliográfica, que se constituiu a partir do levantamento da produção da área educacional sobre a temática. Por meio da análise a ser elaborada neste artigo, pretende-se ampliar o repertório docente acerca da inclusão de surdos na escola, sobretudo, pensando sobre as peculiaridades de cada aluno no processo de desenvolvimento da escrita, a partir da sua subjetividade, explorando assim, sua potencialidade enquanto sujeito aprendente. A inclusão dos alunos surdos na rede de ensino regular é garantida na Legislação de políticas educacionais vigentes, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, porém, nota-se que a realidade de muitos desses alunos não se ajusta a essas políticas. É necessário criar contextos para que as funcionalidades e as variadas formas de leitura e escrita sejam experienciadas por esses estudantes, levando cada sujeito a descobrir o porquê, e como suprir sua necessidade individual no processo de aprendizagem. Defende-se o propósito de que o aluno surdo, por meio da vivência da liberdade de expressão, atua para além do espaço escolar, por isso precisa reconhecer-se como um sujeito social.
O presente artigo tem como tema as crianças em situação de imigração no contexto escolar brasileiro, particularmente, em escolas municipais do Rio de Janeiro. O diálogo aqui empreendido fundamenta-se em pesquisas que tem por base publicações oficiais disponíveis a respeito da imigração de refúgio e objetiva, por meio delas, compreender os desafios existentes no processo de recepção e de inclusão de crianças refugiadas nessas escolas. O referencial teórico utilizado é o da Linguística Aplicada, referente aos estudos relacionados ao ensino-aprendizagem de português como Língua de Acolhimento (PLAc), além do referencial relativo aos estudos baseados em uma perspectiva crítica de educação intercultural. O interesse é suscitar reflexões para a compreensão da questão do direito das crianças imigrantes à educação, considerando o acesso, a permanência e os seus modos de aprendizagem, como pontos fundamentais nesta discussão. Diante desse cenário, busca-se, através do trabalho, contribuir para a discussão sobre as políticas linguísticas voltadas para o ensino de PLAc e a formação docente para atuar nesse contexto.
O presente estudo teórico, de natureza bibliográfica e constituído por meio de uma investigação exploratória, tem como objetivo refletir sobre os desafios presentes na educação dos surdos a partir do ensino bilíngue, considerando o desenvolvimento intelectual, psicológico e social desses alunos por meio da língua de sinais e da cultura surda no contexto escolar. A pesquisa trata, portanto, de questões referentes à língua de sinais, à cultura surda e ao aprendizado dos surdos, tendo como pano de fundo evidências escolares de resultados não muito efetivos. sobre o tema. Para os desdobramentos teórico-metodológicos que abrangem o conteúdo abordado, alguns autores contribuíram diretamente, entre eles Skliar (1998), Glat (2003), Fernandes (2003). Os resultados da pesquisa evidenciam que as dificuldades vivenciadas em sala de aula por alunos surdos, ocorrem sobretudo pela falta de suporte teórico-metodológico que priorize sua escolarização.
O estudo discute a formação do professor, partindo do entendimento de que uma formação baseada em princípios crítico-científicos, com autonomia para os embates teóricos, garantirá ao professor gozar de seu direito de ter a liberdade de ensinar. Para alinharmos os conceitos de liberdade de ensinar e prática docente autoral, discorreremos sobre o princípio de liberdade no Estado Republicano e sobre os Artigos 205 e 206 da Constituição Brasileira, que versam sobre o direito à educação e a liberdade de aprender e ensinar. Nosso debate reforçará a necessidade de formação do futuro professor em situação de diálogo com as leis e diretrizes nacionais, de modo que as veja não como dominação, mas como elemento regulador de uma sociedade que se autogoverna. A título de embasamento teórico, nos apoiaremos nas reflexões de Ramos (2011; 2015), o qual discute a questão da liberdade na sociedade Republicana e, Rodrigues e Marrocos (2014), para compreendermos a questão da liberdade de cátedra como prerrogativa constitucional. Com o propósito de dialogar com as reflexões apresentadas, apontaremos resultados da pesquisa de Souza (2014; 2019), a qual evidencia a prática pedagógica de uma professora alfabetizadora que ultrapassa os limites burocráticos da escola para reestruturar seu fazer docente, a partir da realidade linguística encontrada em sua sala de aula.
O artigo aborda a gestão democrática no ensino público, problematizada a partir de pesquisa realizada em uma instituição militar de ensino do Rio de Janeiro. Um estudo de caso delineado em 2017, subsidiado por fontes documentais, entrevistas e observações apontou limites para esse processo em uma escola com características tão peculiares. Análises pautadas nos modelos de organização tensionaram a concretização de uma efetiva gestão democrática nesse espaço, fato que vai de encontro à proposta de criação e expansão de escolas cívico-militares de educação básica, instituída pela atual governança presidencial brasileira e apontada pelo Decreto nº 9.465/2019.
O presente estudo teórico, de natureza bibliográfica e constituído por meio de uma investigação exploratória, tem como objetivo refletir sobre os desafios presentes na educação dos surdos a partir do ensino bilíngue, considerando o desenvolvimento intelectual, psicológico e social desses alunos por meio da língua de sinais e da cultura surda no contexto escolar. A pesquisa trata, portanto, de questões referentes à língua de sinais, à cultura surda e ao aprendizado dos surdos, tendo como pano de fundo evidências escolares de resultados não muito efetivos. sobre o tema. Para os desdobramentos teórico-metodológicos que abrangem o conteúdo abordado, alguns autores contribuíram diretamente, entre eles Skliar (1998), Glat (2003), Fernandes (2003). Os resultados da pesquisa evidenciam que as dificuldades vivenciadas em sala de aula por alunos surdos, ocorrem sobretudo pela falta de suporte teórico-metodológico que priorize sua escolarização.
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