OBJETIVOS: avaliar o processo de atendimento pré-natal de uma instituição filantrópica da cidade de São Paulo, conforme a proposta de Donabedian. MÉTODOS: para analisar os indicadores: idade gestacional de início do pré-natal; número, procedimentos e intervalo de consultas e exames laboratoriais, aplicou-se o índice de Kessner adaptado por Takeda. Os dados foram obtidos por auditoria em 635 prontuários no período de julho de 2000 a junho de 2001. O nível de significância dos os testes estatísticos foi de 5%. RESULTADOS: a média de consultas de pré-natal foi de 6,5 (dp=2,7) e a da idade gestacional de início do pré-natal 20,7 semanas (dp=7,7). A adequação dos procedimentos de consultas variou de 92,6% a 97,8% e o intervalo entre as consultas de 53,7% a 100%. A aplicação do Índice de Kessner classificou o pré-natal como adequado para 38,4% das gestantes, inadequado para 24,7% e intermediário para 36,9%. O índice de Kessner acrescido dos resultados dos exames classificou o pré-natal em adequado para 35,7% das gestantes, inadequado para 28,3% e intermediário para 35,9%. CONCLUSÕES: o tipo de avaliação adotado é factível e permite realizações periódicas com vista à melhora da adequação dos indicadores da assistência oferecida pelo serviço.
Portuguese / English: www.scielo.br/reeusp RESUMO O objetivo foi descrever os resultados maternos e perinatais da assistência no Centro de Parto Normal Casa de Maria (CPN-CM), na cidade de São Paulo. A amostra probabilística foi de 991 parturientes e seus recém-nascidos, assistidos entre 2003 e 2006. Os resultados mostraram que 92,2% das parturientes tiveram um acompanhante de sua escolha e as práticas mais utilizadas no parto foram banho de aspersão ou imersão (92,9%), amniotomia (62,6%), deambulação (47,6%), massagem de conforto (29,8%) e episiotomia (25,7%). Com relação aos recém-nascidos, 99,9% apresentaram índice de Apgar = 7 no quinto minuto; 9,3% receberam aspiração das vias aé-reas superiores; nenhum necessitou ser entubado; e 1,4% foram removidos para o hospital. O modelo de assistência praticado no CPN-CM apresenta resultados maternos e perinatais esperados para mulheres com baixo risco obstétrico, sendo alternativa segura e menos intervencionista no parto normal. DESCRITORES
Objective: To identify the frequency of depressive symptoms during pregnancy and verify their association with sociodemographic, obstetric and health variables. Methods: A longitudinal study conducted with 272 pregnant women in 12 health units in the city of São Paulo. Data were obtained using a form for the independent variables, and the Edinburgh Postpartum Depression Scale applied at the 20 th , 28 th and 36 th gestational weeks. A model of generalized estimating equations was used to evaluate the associated factors and odds ratio. Results: The frequency of depressive symptoms was 27.2%, 21.7% and 25.4%. Higher educational level, planned pregnancy and continuity of gestation were protective factors. Suffering or having suffered psychological violence was an independent risk factor of the gestational period. Conclusion: The frequency of depressive symptoms during pregnancy was high. The associated factors were higher educational level, planned pregnancy, continuity of pregnancy, and suffering or having suffered psychological violence. ResumoObjetivo: Identificar a frequência de sintomas depressivos no decorrer da gestação e verificar sua associação com variáveis sociodemográficas, obstétricas e de saúde. Métodos: Estudo longitudinal realizado com 272 gestantes de 12 unidades de saúde do Município de São Paulo. Os dados foram obtidos por meio de um formulário para as variáveis independentes e da Escala de depressão pós-parto de Edimburgo aplicada nas 20ª, 28ª e 36ª semanas gestacionais. Utilizou-se modelo de equações de estimação generalizadas para avaliar os fatores associados e chances de risco. Resultados: A frequência de sintomas depressivos foi de 27,2%, 21,7% e 25,4%. Maior escolaridade, gestação planejada e continuidade da gestação foram fatores de proteção. Sofrer ou ter sofrido violência psicológica foi fator de risco independente do período gestacional. Conclusão: A frequência de sintomas depressivos na gestação foi elevada. Os fatores associados foram maior escolaridade, gestação planejada, continuidade da gestação e sofrer ou ter sofrido violência psicológica.
RESUMO:A participação da mulher na tomada de decisão, nas ações de promoção à saúde, é um direito que deve ser respeitado. Este estudo buscou compreender a necessidade de cuidado e o desejo de participação nas decisões sobre o parto de gestantes de Londrina-PR. Utilizou-se a pesquisa fundamentada na fenomenologia social. As gestantes foram entrevistadas no período de agosto a novembro de 2008. Foram analisados 14 depoimentos, resultando na formação de quatro categorias: preferência pelo tipo de parto, insegurança, necessidade de cuidado e tomada de decisão no parto. Os resultados evidenciaram que, apesar de desejarem participar do seu parto e de verbalizarem suas necessidades, escolhas e preferências, as mulheres não encontram condições favoráveis para que suas necessidades de cuidado e o desejo de participação nas decisões sobre o parto sejam viabilizados; fato que interfere nas relações face a face e impede o direito à escolha informada em relação ao parto. DESCRITORES:Enfermagem obstétrica. Pré-natal. Parto humanizado. Tomada de decisões. Pesquisa qualitativa. PREGNANT WOMEN CARE NEEDS AND DESIRES TO PARTICIPATE IN THEIR DELIVERY DECISIONS: A STUDY CARRIED OUT IN LONDRINA, PARANÁ, BRAZILABSTRACT: Women's participation in decision making involving health care promotion is a right that should be respected. This study aimed to better understand the need for care and the desire to participate in delivery decisions among pregnant women in Londrina, PR, Brazil. This study was based on social phenomenology. The pregnant women were interviewed from August to November, 2008. Statements from 14 pregnant women were analyzed and were divided into four categories: type of delivery preference; insecurity; the need for care; and decision-making in delivery. Results showed that although women expressed their needs and their wish to participate in the decisions regarding their delivery, they did not find favorable conditions so that their care needs and desire to participate in delivery decisions were made possible, a fact which interferes in face-to-face relationships and impedes the right to informed choices with respect to the delivery process.DESCRIPTORS: Obstetrics nursing. Prenatal. Humanized delivery. Decision making. Qualitative research. LA NECESIDAD DE ATENCIÓN Y EL DESEO DE PARTICIPAR EN EL PARTO DE LAS MUJERES EMBARAZADAS RESIDENTES EN LONDRINA-PARANÁ, BRAZILRESUMEN: La participación de la mujer en la toma de decisiones y en las acciones para promover la salud, es un derecho que debe ser respetado. Este estudio trata de comprender la necesidad de cuidado y el deseo de participar en las decisiones sobre el parto de las mujeres embarazadas residentes en Londrina-PR. Es una investigación basada en la fenomenología social. Las embarazadas fueron entrevistadas en el período de agosto a noviembre de 2008. Se analizaron 14 declaraciones, lo que resultó en la formación de cuatro categorías: preferencia por el tipo de parto, inseguridad, necesidad de atención y toma de decisiones en el parto. Los resultados mostraron que a...
OBJECTIVE:To compare maternal and neonatal outcomes in low-risk women assisited in an alongside birth center and at a hospital. METHODS:A cross-sectional study was conducted with a representative sample of low-risk women in São Paulo (Southeastern Brazil), from 2003 to 2006. The study included 991 women who delivered a child at the alongside birth center and 325 who delivered a child at a hospital. Data were obtained from medical records. A comparative analysis was performed for all of the women, who were stratifi ed according to parity. The chi-square test and Fisher's exact test were used to compare outcomes between women who delivered in alongside birth center and those who gave birth in the hospital. RESULTS:There was a homogeneous distribution of women according to parity (45.4% were nulliparous, and 54.6% had one or more previous deliveries). Statistically signifi cant differences were found in the frequency of amniotomy (more frequent in nulliparous women treated at the hospital), the use of oxytocin during labor, and the use of postpartum analgesia (both more frequent among women of any parity treated at the hospital). The rate of episiotomy was higher in nulliparous women, both in the alongside birth center and at the hospital. Neonatal interventions were more frequent at the hospital and included aspiration of the upper airways, gastric aspiration, gastric lavage, and the use of an open oxygen mask. Other events that occurred with greater frequency at the hospital included caput succedaneum, respiratory discomfort, and admittance to the neonatal unit. There was no difference in Apgar scores at the fi fth minute or cases of maternal or perinatal death. CONCLUSIONS:Care at the alongside birth center involved fewer interventions and had maternal and neonatal outcomes similar to those of the hospital setting.
Avaliou-se o impacto da fortificação das farinhas com ferro, na prevalência de anemia e concentração de hemoglobina de gestantes. Este estudo transversal retrospectivo foi desenvolvido em um Centro de Saúde Escola do município de São Paulo - SP. Os dados, colhidos de setembro a dezembro de 2006, foram obtidos de 750 prontuários de gestantes distribuídas em dois grupos (não fortificado e fortificado), antes e após a fortificação. Gestantes com nível de hemoglobina inferior a 11g/dl foram consideradas anêmicas. Realizou-se análise de regressão linear múltipla. A anemia afetava 9,2% e 8,6% das gestantes, antes e após a implantação do programa, respectivamente (p>0,05). A análise múltipla não evidenciou diferença estatística na média de hemoglobina entre os grupos (p=0,117). Os resultados indicaram uma baixa prevalência de anemia e médias de hemoglobina similares entre os grupos, fato que provavelmente não permitiu constatar o efeito da fortificação das farinhas.
Este artigo consiste em uma revisão narrativa com o objetivo de identificar a produção científica brasileira relacionada ao processo assistencial e aos resultados maternos e perinatais em centro de parto normal (CPN). As publicações foram recuperadas nas bases de dados e portais de periódicos PubMed/MEDLINE, CINAHAL, SciELO e REVENF. Incluíram-se, também, publicação em livro e produção não publicada de grupo de pesquisa. Foram selecionados oito estudos do tipo descritivo, dois transversais e dois casos-controle, realizados com 5.407 mulheres e 5.395 recém-nascidos, divulgados entre 2005 e 2009. Os estudos analisaram variáveis sócio-demográficas e obstétricas, práticas na assistência ao parto e nascimento e remoções maternas e neonatais para o hospital. A produção científica sobre CPN apresenta dados da última década, relativos a sete serviços. São, principalmente, estudos descritivos, com foco nas práticas obstétricas e nos resultados maternos, com ênfase menor na assistência neonatal.
This cross-sectional study counted with the participation of 301 pregnant women seen in 2009 at a philanthropic maternity hospital in the city of São Paulo (a prenatal support program named Pré-Natal do Amparo Maternal - PN-AM). The objectives of this study were to evaluate the prenatal care according to the initial gestational age, the number of appointments that were held, the continuity of the assistance, and relate the appropriateness with the socio-demographic, obstetric and local variables of the initial prenatal care. The analysis criteria used was initiating prenatal care before 120 days of gestation and attending at least six appointments. The relationship between the variables was analyzed using the Chi-Square Test. Results showed that 41.5% of the pregnant women initiated prenatal care at another health care service and transferred spontaneously to the PN-AM; 74.1% initiated the prenatal care early and 80.4% attended at least six appointments; 63.1% met both criteria simultaneously. Appropriate prenatal care showed a statistically significant difference for mother's age, steady partner, employment, place of residence, having a companion during the appointment and place where prenatal care was initiated.
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