Portuguese / English: www.scielo.br/reeusp RESUMO O objetivo foi descrever os resultados maternos e perinatais da assistência no Centro de Parto Normal Casa de Maria (CPN-CM), na cidade de São Paulo. A amostra probabilística foi de 991 parturientes e seus recém-nascidos, assistidos entre 2003 e 2006. Os resultados mostraram que 92,2% das parturientes tiveram um acompanhante de sua escolha e as práticas mais utilizadas no parto foram banho de aspersão ou imersão (92,9%), amniotomia (62,6%), deambulação (47,6%), massagem de conforto (29,8%) e episiotomia (25,7%). Com relação aos recém-nascidos, 99,9% apresentaram índice de Apgar = 7 no quinto minuto; 9,3% receberam aspiração das vias aé-reas superiores; nenhum necessitou ser entubado; e 1,4% foram removidos para o hospital. O modelo de assistência praticado no CPN-CM apresenta resultados maternos e perinatais esperados para mulheres com baixo risco obstétrico, sendo alternativa segura e menos intervencionista no parto normal. DESCRITORES

Este artigo consiste em uma revisão narrativa com o objetivo de identificar a produção científica brasileira relacionada ao processo assistencial e aos resultados maternos e perinatais em centro de parto normal (CPN). As publicações foram recuperadas nas bases de dados e portais de periódicos PubMed/MEDLINE, CINAHAL, SciELO e REVENF. Incluíram-se, também, publicação em livro e produção não publicada de grupo de pesquisa. Foram selecionados oito estudos do tipo descritivo, dois transversais e dois casos-controle, realizados com 5.407 mulheres e 5.395 recém-nascidos, divulgados entre 2005 e 2009. Os estudos analisaram variáveis sócio-demográficas e obstétricas, práticas na assistência ao parto e nascimento e remoções maternas e neonatais para o hospital. A produção científica sobre CPN apresenta dados da última década, relativos a sete serviços. São, principalmente, estudos descritivos, com foco nas práticas obstétricas e nos resultados maternos, com ênfase menor na assistência neonatal.

Background: Determine TB-LAM is a urine-based point-of-care assay for diagnosis of tuberculosis (TB). Objective: To assess the feasibility of using LAM to diagnose TB in adult HIV-positive patients in resource-limited settings. Methods: We performed a multi-centric mixed-methods cross-sectional descriptive study in the Democratic Republic of Congo, Malawi, and Mozambique. We used the study and program monitoring tools to estimate user workload, turn-around time (TAT), and proportion of patients with LAM and sputum-based results. We conducted semi-structured interviews to assess the user acceptability of the LAM. Results: The duration of the LAM testing activity per patient was 27 min (IQR 26-29); staff continued with other duties whilst waiting for the result. More patients had a LAM versus a sputum-based result: 168/213 (78.9%) vs 77/213 (36.1%), p < 0.001 in DRC; 691/ 695 (99.4%) vs 429/695 (61.7%), p < 0.001 in Malawi; and 646/647 (99.8%) vs 262/647 (40.5%), p < 0.001 in Mozambique. The median TAT in minutes when LAM was performed in the consultation room was 75 (IQR 45-188) in DRC,[29][30][31][32][33][34][35][36][37][38][39] in Malawi,[36][37][38][39][40][41] in Mozambique. In comparison, the overall median TAT for sputumbased tests (smear or GeneXpert) was 2 (IQR 1-3) days. The median time to the first anti-TB drug dose for LAM-positive patients was 155 (IQR 90-504) minutes in DRC and 90 (IQR 60-117) minutes in Mozambique. The overall inter-reader agreement for the interpretation of the LAM result as positive or negative was 98.9%, kappa 0.97 (95%CI 0.96-0.99). Overall, LAM users found the test easy to perform. Major concerns were use of the reading card and the prior requirement of CD4 results before LAM testing. Conclusion: It is feasible to implement the LAM test in low resource settings. The short TAT permitted same day initiation of TB treatment for LAM-positive patients. ARTICLE HISTORY

BackgroundIn Mozambique, antiretroviral therapy (ART) scale-up has been successfully implemented. However, attrition in care remains a major programmatic challenge. In 2009, an intermediary-level HIV referral center was created in Maputo to ensure access to specialized care for HIV-infected patients with complications (advanced clinical-immunological stage, Kaposi sarcoma, or suspected ART failure).ObjectiveTo determine the attrition from care and to identify risk factors that lead to high attrition among patients referred to an intermediary-level HIV referral center.DesignThis was a retrospective cohort study from 2009 to 2011.ResultsA total of 1,657 patients were enrolled, 847 (51%) were men, the mean age was 36 years (standard deviation: 11), the mean CD4 count was 27 cells/µl (interquartile range: 11–44), and one-third were severely malnourished. The main reasons for referral were advanced clinical stages (WHO stages 3 and 4, and CD4 count <50 cells/µl) in 70% of the cases, and 19% had Kaposi sarcoma. The overall attrition rate was 28.7 per 100 person-years (PYs) – the mortality rate was 5.0 (95% confidence interval [CI]: 4.2–5.9) per 100 PYs, and the loss-to-follow-up rate was 23.7 (95% CI: 21.9–25.6) per 100 PYs. There were 793 attritions – 137 deaths and 656 lost to follow-up (LTFU); 77% of all attrition happened within the first year. The factors independently associated with attrition were male sex (adjusted hazard ratio [aHR]: 1.15, 95% CI: 1.0–1.3), low body mass index (aHR: 1.51, 95% CI: 1.2–1.8), WHO clinical stage 3 or 4 (aHR: 1.30, 95% CI: 1.0–1.6; and aHR: 1.91, 95% CI: 1.4–2.5), later year of enrollment (aHR 1.61, 95% CI 1.3–1.9), and ‘being already on ART’ at enrollment (aHR 13.71, 95% CI 11.4–16.4).ConclusionsAttrition rates among HIV-infected patients enrolled in an intermediary referral center were high, mainly related to advanced stage of clinical disease. Measures are required to address this, including innovative strategies for HIV-testing uptake, earlier ART initiation and nutritional supplementation, and special attention to men and those who are already on ART at enrolment. Qualitative research is required to understand the reasons for being LTFU and design informed evidence-based interventions.

Background HIV drug resistance (HIV-DR) is rising in sub-Saharan Africa in both ART-naive and ART-experienced patients. Objectives To estimate the level of acquired DR (ADR) and pre-treatment DR (PDR) across selected urban and rural sites in Southern Africa, in Mozambique. Methods We conducted two cross-sectional surveys among adult HIV patients (October 2017–18) assessing ADR and PDR. In the (ADR) survey, those on NNRTI-based first-line ART for ≥6 months were recruited (three sites). In the PDR survey, those ART-naive or experienced with ≥3 months of treatment interruption prior were enrolled (eight sites). Results Among 1113 ADR survey participants 83% were receiving tenofovir (TDF)/lamivudine (3TC)/efavirenz (EFV). The median time on ART was 4.5 years (Maputo) and 3.2 years (Tete), 8.3% (95% CI 6.2%-10.6%, Maputo) and 15.5% (Tete) had a VL ≥ 1000 copies/mL, among whom 66% and 76.4% had NNRTI+NRTI resistance, and 52.8% and 66.7% had 3TC+TDF-DR. Among those on TDF regimens, 31.1% (Maputo) and 42.2% (Tete) were still TDF susceptible, whereas 24.4% and 11.5% had TDF+zidovudine (ZDV)-DR. Among those on ZDV regimens, 25% and 54.5% had TDF+ZDV-DR. The PDR survey included 735 participants: NNRTI-PDR was 16.8% (12.0–22.6) (Maputo) and 31.2% (26.2–36.6) (Tete), with a higher proportion (≥50%) among those previously on ART affected by PDR. Conclusions In Mozambique, viral failure was driven by NNRTI and NRTI resistance, with NRTI DR affecting backbone options. NNRTI-PDR levels surpassed the WHO 10% ‘alert’ threshold. Replacing NNRTI first-line drugs is urgent, as is frequent viral load monitoring and resistance surveillance. Changing NRTI backbones when switching to second-line regimens may need reconsideration.

contribuições na etapa do desenvolvimento desta pesquisa. Aos meus sogros Gessy e Sebastião, pelo apoio e oportunas contribuições. Às amigas que colaboraram direta ou indiretamente com este trabalho, em especial, Izabel Dutra Branco, pelo apoio e estímulo nos momentos difíceis. Lobo SF. Caracterização da assistência ao parto e nascimento em um centro de parto normal do município de São Paulo. [dissertação] São Paulo: Escola de Enfermagem da USP; 2009. RESUMO A proposta de locais alternativos para assistência ao parto e nascimento, em nosso país, faz parte da abordagem deste evento como processos familiares e fisiológicos. Dentre esses locais destacam-se os Centros de Parto Normal, instituídos como uma política do Ministério da Saúde, desde 1999. Os objetivos deste estudo foram descrever as características sociodemográficas, as condições obstétricas na admissão, a prevalência das práticas obstétricas utilizadas no trabalho de parto e parto, as condições maternas e neonatais no parto e a prevalência das práticas utilizadas nos recém-nascidos, em um centro de parto peri-hospitalar do Município de São Paulo. Trata-se de um estudo transversal com coleta retrospectiva de dados, entre 2003 e 2006, com amostra probabilística de 991 prontuários. A coleta dos dados foi realizada no período de junho a outubro de 2007, pela pesquisadora e duas enfermeiras obstétricas. Os dados foram armazenados em um banco de dados com auxílio do programa Epi-info versão 2.000, sendo realizada análise descritiva. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Geral do Itaim Paulista. Os resultados demonstram as seguintes características sociodemográficas: média de idade de 23,6 anos, com desvio-padrão de 5,6 anos e maioria de oito ou mais anos de estudo (75,4% das mulheres). Na admissão, 46,3% eram nulíparas e 77,2% estavam com membranas íntegras, 53,0%, com 5 a 9 cm de dilatação cervical e 4,3% foram internadas no período expulsivo. As práticas mais utilizadas no parto foram: banho de aspersão (71%), amniotomia (62,6%) e episiotomia (24,8%). Condições maternas no parto foram: períneo íntegro em 42,2%, laceração de primeiro grau em 22,4%; 92,2% tiveram acompanhante, sendo, mais frequentemente, o companheiro (51,7%). O peso médio do neonato foi 3.221,4 gramas, com desvio-padrão de 392,9 gramas; 7,9% apresentaram mecônio no período expulsivo e 98,6% tiveram índice de Apgar ≥ 7 no primeiro minuto. Conclui-se que o modelo de assistência praticado no Centro de Parto Normal apresenta resultados maternos e perinatais esperados para mulheres com baixo risco obstétrico, sendo alternativa segura e um modelo menos intervencionista que pode auxiliar no resgate da fisiologia do parto e nascimento. PALAVRAS-CHAVE: Centros independentes de assistência à gravidez e ao parto, parto, enfermagem obstétrica.

No abstract