As mudanças climáticas se tornaram uma das questões ambientais centrais na esfera pública contemporânea. Este artigo (re)pensa os pressupostos teóricos do Jornalismo Ambiental (JA) tendo em vista os estudos sobre riscos associados às alterações do clima. A partir da literatura que aborda riscos, percepção de riscos e enfrentamento, discute-se de que maneira é possível melhorar a cobertura jornalística sobre as mudanças do clima, considerando as bases epistemológicas já conhecidas sobre o jornalismo que é comprometido com o meio ambiente. Por fim, sugere-se a incorporação de novos aspectos, tais como o princípio da precaução e a ênfase na relação local-global, de modo a oferecer subsídios para o trabalho jornalístico voltado para este assunto amplo e complexo.
Entendemos que el periodismo ambiental puede ser visto como parte de la comunicación del riesgo asociada con el ambiente, debido a que muchos conflictos derivados de la relación hombre-naturaleza son percibidos como peligrosos o una amenaza para la vida. Con el fin de reflexionar sobre su rol en los contextos de crisis, analizamos la cobertura del Folha de S. Paulo sobre tres enfermedades (dengue, chikungunya y zika), que pueden relacionarse con la intensificación del cambio climático. Con la orientación teórica y metodológica del análisis del discurso, concluimos que el abordaje está basado en fuentes científicas, extranjeras y con informaciones discursivas que apuntan al optimismo tecnológico, la incertidumbre científica y la precaución.
Polymerization shrinkage of composites can generate stress that results in the formation of microgaps at the resin-enamel interface and marginal leakage. The aim of the present work was to evaluate the influence of surface sealants on microleakage in composite restorations. Enamel-dentin occlusal cavities were prepared in 30 non-carious upper and lower premolars. The cavities were restored with One Coat Bond SL and Brilliant New Generation (Coletene), following the manufacturers' instructions, and polished appropriately. The samples were randomly assigned to one of the following six treatment groups: Group I (Control-no sealant); Group II: Single Bond (3M/ESPE); Group III: Perma Seal (Ultradent); Group IV: Heliobond (Vivadent); Group V: Biscover LV (Bisco); Group VI: Bioforty (Biodinâmica). The samples were then immersed in 2 % aqueous methylene blue solution for 48 hours, and thermocycled 100 times from 5 ºC to 55 ºC. The obtained specimens were ground in a bucco-palatal orientation to reach the medial plane, and observed under a stereoscopic loupe at 40X. The degree of microleakage was evaluated by assessing the penetration of the dye to the tooth-restoration interface, using a 0 to 3 grading scale. The obtained data were analyzed using the Kruskal-Wallis non-parametric test. Significant differences were observed between all rebonded groups and the control group; no differences were observed among Single Bond, Perma Seal and bioforty, or between Heliobond and Biscover LV. It would seem convenient to apply a surface sealant over composite restorations to improve marginal integrity and reduce microleakage.
Este artigo aborda o jornalismo sobre meio ambiente a partir das teorias do jornalismo, discutindo alguns limites da própria institucionalização do campo. Sendo o jornalismo um discurso que organiza a representação social, analisa-se teoricamente o seu papel na construção de sentidos e cenários ofertados à sociedade, seu modo de enquadrar e construir a realidade. Observa-se que o valor-notícia do “inesperado” constitui-se um ponto fulcral do jornalismo que se volta, cada vez mais, ao acontecimento e não às problemáticas. Como exemplo deste percurso teórico, traz alguns aspectos de coberturas da revista Veja sobre as chuvas em São Paulo e no Rio de Janeiro, que argumentam acerca da inércia do Estado para tratar dos problemas ambientais e catástrofes de grandes cidades brasileiras.
As revistas são lugares privilegiados para a abordagem contextualizada e analítica dos fatos. Também sãoos meios de comunicação mais segmentados por natureza. Com a grande atenção destinada atualmenteaos acontecimentos ambientais, é natural que surjam muitas publicações direcionadas especificamentepara essa temática, ainda mais porque as questões ambientais exigem tempo e espaço. Este artigo temcaráter teórico e pretende percorrer as nuances da segmentação de revistas, especialmente no que tangeao interesse (repentino ou não) sobre o meio ambiente. Busca-se resgatar a história desse nicho editoriale apontar características e motivações que permitam a compreensão dessa ênfase temática na contemporaneidade.O jornalismo especializado em meio ambiente ainda carece de discussões que auxiliem nasua institucionalização.
Este estudo parte de um mapeamento de todos os conteúdos relacionados à questão ambiental exibidos pelo telejornal de maior audiência no Brasil, o Jornal Nacional (JN), durante o ano de 2019, que foi marcado por três grandes tragédias e pela repercussão da política federal anti-meio ambiente. Encontramos 833 matérias que foram analisadas tendo por base estudos sobre a cobertura deste tema no JN em anos anteriores e a perspectiva do Jornalismo Ambiental, a partir da Análise de Conteúdo. Avaliamos os enfoques temáticos e constatamos tendência de ampliação da pauta ambiental no telejornal, ainda que os pressupostos do Jornalismo Ambiental sejam acionados apenas em parte. Discutimos em que medida esse processo representa uma disputa de poder entre o JN e o presidente Jair Bolsonaro, que se coloca contra o cuidado ambiental.
Neste artigo apresentamos os resultados preliminares de um projeto de pesquisa mais amplo sobre as epistemologias do jornalismo ambiental. O objetivo principal é verifiar a origem e sustentação de aspectos epistemológicos do jornalismo dedicado ao meio ambiente. Apresentamos a proposta que impulsionou este estudo e, de forma específia, a análise realizada sobre um dos pressupostos pouco incorporados na cobertura de meio ambiente no Brasil até agora, que é a ideia da precaução. A análise é orientada por pesquisa bibliográfia com abordagem descritiva-qualitativa. Como resultado, constatamos que a literatura sobre jornalismo ambiental trata pouco da antecipação de riscos e danos, mesmo com o avanço da ciência em termos de previsões. Concluímos que a adoção do princípio da precaução se faz necessária em uma sociedade permeada por riscos fabricados pela própria humanidade.
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