Este estudo parte de um mapeamento de todos os conteúdos relacionados à questão ambiental exibidos pelo telejornal de maior audiência no Brasil, o Jornal Nacional (JN), durante o ano de 2019, que foi marcado por três grandes tragédias e pela repercussão da política federal anti-meio ambiente. Encontramos 833 matérias que foram analisadas tendo por base estudos sobre a cobertura deste tema no JN em anos anteriores e a perspectiva do Jornalismo Ambiental, a partir da Análise de Conteúdo. Avaliamos os enfoques temáticos e constatamos tendência de ampliação da pauta ambiental no telejornal, ainda que os pressupostos do Jornalismo Ambiental sejam acionados apenas em parte. Discutimos em que medida esse processo representa uma disputa de poder entre o JN e o presidente Jair Bolsonaro, que se coloca contra o cuidado ambiental.
Neste artigo apresentamos os resultados preliminares de um projeto de pesquisa mais amplo sobre as epistemologias do jornalismo ambiental. O objetivo principal é verifiar a origem e sustentação de aspectos epistemológicos do jornalismo dedicado ao meio ambiente. Apresentamos a proposta que impulsionou este estudo e, de forma específia, a análise realizada sobre um dos pressupostos pouco incorporados na cobertura de meio ambiente no Brasil até agora, que é a ideia da precaução. A análise é orientada por pesquisa bibliográfia com abordagem descritiva-qualitativa. Como resultado, constatamos que a literatura sobre jornalismo ambiental trata pouco da antecipação de riscos e danos, mesmo com o avanço da ciência em termos de previsões. Concluímos que a adoção do princípio da precaução se faz necessária em uma sociedade permeada por riscos fabricados pela própria humanidade.
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