Resumo A Resolução no 01/1999 do Conselho Federal de Psicologia (CFP) – que proíbe a patologização da homossexualidade – completou, em 2019, 20 anos de existência em uma trajetória marcada por conflitos, ataques e resistências. Trata-se da Resolução mais atacada da história do CFP, assim como a Resolução que mais mobilizou grupos e movimentos em sua defesa. Os ataques foram realizados por grupos, contrários às políticas de diversidade sexual e de gênero, vinculados a um conservadorismo cristão que vêm se rearticulando em importantes espaços político-institucionais no Brasil. Desse modo, este artigo tem como objetivo analisar a história da Resolução no 01/99, desde sua proposição aos dias atuais, abarcando fundamentalmente o período de 1998 a 2019. A partir de um levantamento documental e de uma perspectiva analítico-discursiva, buscamos descrever os eventos, os conflitos e os sentidos produzidos em seu entorno, traçando também alguns pontos de análise sobre as suas reverberações sociais e político-institucionais. O artigo foi dividido em duas partes, a primeira trata sobre a história da presença da Resolução no 01/99 no âmbito das políticas de diversidade sexual e de gênero no Sistema de Conselhos de Psicologia; e a segunda trabalha sobre os conflitos que perpassaram a Resolução nos últimos 20 anos.
Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise descritiva das políticas públicas destinadas para as populações LGBT no Estado do Mato Grosso, do ano de 2007 - quando tivemos a criação do Centro de Referência LGBT, primeira política destinada a esse grupo social - aos tempos atuais, em um momento de avanço do conservadorismo social e de retrocessos nas agendas governamentais. Tal análise foi realizada a partir de um amplo levantamento bibliográfico e documental, sistematizando produções acadêmicas de referência, e levantando dados de fontes primárias, sobretudo documentos governamentais e notícias veiculadas em portais virtuais. Buscamos também trazer um panorama geral do cenário político-social de Mato Grosso, relacionando-o com a atuação dos movimentos LGBT. Damos destaque para seis pontos de análise mais detalhada: (1) “Centro de Referência LGBT”, (2) “políticas de educação”, (3) “políticas de segurança pública”, (4) “políticas de saúde”, (5) “conferências e conselhos LGBT”, e (6) “poder legislativo”.
A psicologia – ao longo do século XX, no Brasil e no mundo – deixou de ser apenas um saber/fazer legitimador da heteronormatividade e da cisgeneridade, para se constituir enquanto uma possibilidade de resistência e transformação da tradição sexual. Nos últimos quinze anos, tivemos transformações significativas na sociedade brasileira com o avanço dos movimentos LGBT. Essas transformações se deram em toda a vida sociocultural e política, nos mais diversos âmbitos: nas políticas e ações governamentais, nas agendas parlamentares, no mercado, na mídia, nas práticas profissionais, nas produções acadêmico-científicas, nos movimentos sociais, nos partidos políticos. A psicologia brasileira e sua autarquia profissional, o Conselho Federal de Psicologia, não estiveram ausentes de todo esse processo, passando também por intensos debates e mudanças políticas. O objetivo desse artigo é apresentar uma reflexão sobre esse processo, dando ênfase às transformações da psicologia no trato com as questões LGBT e, de forma mais específica, às políticas e ações do Conselho Federal de Psicologia (CFP). As reflexões, presentes nesse artigo, trazem elementos para pensarmos na atual conjuntura nacional, junto à historicidade das políticas que se articulam dentro da principal entidade de psicologia do país.
Resumo: Este artigo tem como objetivo principal a construção de uma análise conjuntural sobre as políticas sexuais no Brasil, com destaque para as políticas de cidadania LGBT no âmbito do Governo Federal. Nossa narrativa parte de uma análise histórica de tais políticas, concentrandose fundamentalmente no período de 1996 a 2018, ou seja, do momento de apresentação dos primeiros programas destinados à população LGBT pelo Governo Federal ao atual período de transição político-ideológica da agenda governamental em um Brasil pós-impeachment. Em termos teórico-metodológicos, realizamos uma análise conjuntural, vinculando eventos políticos fragmentados e dispersos em uma narrativa articulada, relacionando conceitos como política sexual e cidadania LGBT para a produção de uma análise do cenário político nacional. Buscamos assim evidenciar os principais fatos políticos que marcaram as relações entre o Estado brasileiro e a sociedade civil no campo das políticas sexuais. Cabe ressaltar que esta narrativa não se conformou enquanto uma análise acabada ou fechada, mas sim como uma possibilidade analítica que intenta trazer novos elementos para refletirmos sobre o contexto político-social brasileiro. Por outro lado, trata-se de uma contribuição teórica ao campo de estudos de gênero e sexualidade, em específico, ao campo de estudos sobre Estado e políticas sexuais.
Este texto é baseado em uma pesquisa científica desenvolvida entre os anos de 2011 e 2014, e congrega resultados de análises tendo como objetivo apresentar um levantamento das políticas públicas para a população LGBT no Estado de Mato Grosso, relacionando-as com as principais políticas públicas no Brasil. Esse levantamento é acompanhado por uma análise geral, trazendo reflexões sobre Estado e sociedade civil, políticas públicas e cidadania LGBT, proporcionando uma análise crítica sobre como tais políticas vêm se efetivando, quais os empecilhos, os avanços e as perspectivas para um estado no interior do país que apresenta altos índices de preconceito, discriminação e assassinatos de LGBT e uma imensa fragilidade na construção de políticas eficazes de promoção de direitos e cidadania para essa população.
O presente trabalho tem como objetivo investigar o potencial da narrativa enquanto instrumento de intervenção psicológica em um CAPSI, a partir da apresentação de um estudo de caso individual.As elaborações teórico-reflexivas fundamentam-se na Teoria das Representações Sociais (DUVEEN; LLOYD, 2008), em diálogo com a Teoria histórico-Cultural (AGUIAR; OzELLA, 2006;MOLON, 1999;PRESTES, 2010;VIGOTSkI, 2009;2010a; 2010b). Além dos estudos sobre narrativas (BRUNER, 1997;2001;2002;JOVChELOVITCh;BAUER, 2002). Os dados discutidos foram engendrados nas análises das intervenções realizadas em oficinas socioafetivas (ANDRADE, 2015), tematizadas diante da apresentação de uma narrativa, através da qual propôs-se a construção de uma narrativa coletiva a um grupo de adolescentes.As múltiplas faces da narrativa criada por uma adolescente foram identificadas no primeiro momento do processo, quando esteve em pauta a idealização do estado de bem-estar, saúde e felicidade, em contraposição à caracterização de sua condição de usuária, cujas narrativas são registradas em prontuário -narrativas defensivas. No segundo momento, observou-se a emergência de narrativas espontâneas, quando ela assume seu papel de protagonista na produção do enredo coletivo, liberta-se das preocupações relativas ao protocolo de tratamento e anuncia conteúdos e conflitos juntamente Resumo
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