RESUMO O programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) realiza expedições à Antártica, onde militares e civis são expostos a estressores. A presente pesquisa mapeou os estressores ambientais, ocupacionais e interpessoais percebidos por participantes do PROANTAR. Uma amostra de 38 pessoas, separadas em dois grupos, foi avaliada no início e final de uma expedição. Os resultados obtidos por meio de questionários e entrevistas indicaram prevalência de estressores ambientais (60,71%), ocupacionais (23,80%) e interpessoais (15,47%) no início, e de estressores interpessoais (55,97%), ambientais (32,08%) e ocupacionais (11,94%) ao final. Os resultados sugerem que a convivência forçada gera a percepção de estressores interpessoais se sobrepondo aos ambientais. Fenômenos psicológicos deveriam ser considerados no planejamento de futuras expedições, pois estão relacionados à saúde e desempenho das atividades.
O objetivo deste estudo foi avaliar a variação das estratégias de coping e padrões de sono em 13 expedicionários do sexo masculino da aviação naval no início e ao final de uma expedição de verão à Antártica. Para investigar as variáveis de coping e de sono foram utilizadas a escala BriefCOPE, um questionário de ritmos biológicos e um formulário sociodemográfico para controle de variáveis. As estratégias de coping focadas na emoção do tipo disfuncional aumentaram de forma significativa ao longo da exposição e não houve relação entre as alterações nos padrões de sono e as estratégias de coping entre o início e final da exposição ao ambiente. A atenção a fatores psicológicos em ambientes polares pode prevenir acidentes no contexto.
Resumo Introdução O suicídio é considerado um problema de saúde pública. Todos os anos 840 mil pessoas tiram a própria vida. Em policiais militares as taxas de suicídio também são altas. Objetivo Este trabalho buscou investigar características socio-ocupacionais em casos de suicídios de policiais militares de Santa Catarina, Brasil, ocorridos entre os anos de 2012 a 2016. Método Trata-se de um estudo documental, descritivo e de abordagem quantitativa, que utilizou informações socio-ocupacionais disponibilizadas pela organização sobre casos de suicídios de policiais militares. Resultados Todos os policiais militares que cometeram suicídio eram do sexo masculino (n = 14) e boa parte tinha filhos (85,71%). Dos casos de suicídio, 85,71% ocorreram na carreira de praças, especialmente no primeiro grau na hierarquia militar (soldados), com metade dos casos (n = 7). Em todos os casos, havia parte do salário comprometido com empréstimos ou dívidas financeiras. Conclusão Características ocupacionais importantes em determinadas situações podem vir a se tornar um fator de risco ao suicídio de policiais militares. Outras pesquisas são necessárias, especialmente considerando outras fontes de informação importantes não utilizadas nesta investigação.
ResumoO objetivo desta pesquisa foi caracterizar resultados produzidos pelo uso de procedimentos operacionais padrão (POPs), escritos com base na noção de comportamento (POP-Cs), na realização de atividades profissionais. Foram desenvolvidos dois estudos complementares, no âmbito de atividades profissionais que ocorrem em softwares de gestão, em uma organização privada brasileira. O Estudo 1 refere-se à avaliação da eficácia de POP-Cs em relação a POPs previamente existentes na organização, no qual foram realizados testes com cinco profissionais. O Estudo 2 refere-se à identificação de benefícios e limitações percebidos por usuários de POP-Cs, no qual foram realizadas entrevistas com três profissionais. O uso de POP-Cs viabilizou, em 100% das vezes, a realização das atividades pelos profissionais, o que não ocorreu com os POPs previamente existentes na organização, gerou sentimentos positivos nos profissionais que nunca haviam realizado a atividade descrita e auxiliou na elaboração do treinamento de novos profissionais.
Introdução: Militares são expostos a riscos ocupacionais no trabalho. Método: Estudo epidemiológico e descritivo de corte transversal, realizado com 4.392 policiais e bombeiros. Foram avaliadas a prevalência, incidência e associação de variáveis sócio-ocupacionais com os motivos de afastamento do trabalho, segundo Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde. Resultados: Os agravos mais prevalentes foram por lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas (29,0%) e por doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (23,4%). Houve aumento de 28,1% de novos casos de transtornos mentais e comportamentais e de 23,4% de doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo. Variáveis sócio-ocupacionais têm relação com os motivos de afastamento do trabalho da amostra (p<0,05). Conclusão: Policiais e bombeiros do sexo masculino e que realizam atividade operacional apresentaram alta prevalência e incidência de afastamentos do trabalho.
Esta pesquisa buscou analisar o perfil dos afastamentos de trabalho de policiais militares e bombeiros militares do estado de Santa Catarina no período de 2014 a 2017. O estudo está pautado no referencial teórico-metodológico da epidemiologia e caracteriza-se como um estudo descritivo, retrospectivo e de série temporal. Os dados foram produzidos a partir de análises estatísticas dos afastamentos do trabalho por motivo de saúde de 4.853 Policiais Militares e de 726 Bombeiros Militares de Santa Catarina. Foi desenvolvido um modelo de regressão logística multivariada e hierárquica e verificadas as Razões de Chance (OR) nas análises multivariáveis com seus respectivos intervalos de confiança (IC95%). No modelo hierárquico foram incluídas as variáveis sexo, atividade, organização militar e carreira como independentes. As causas do absentismo foram elencadas como variáveis dependentes. O nível de significância adotado para todas as análises foi de p0,05. Os resultados do estudo evidenciam a relação entre o absentismo e fatores sócio ocupacionais da população estudada. Predominou o afastamento de militares do sexo masculino, dos que realizavam atividade operacional, da carreira Praças e com renda abaixo de 7.360,00. Os militares que atuam na região Litorânea do estado tiveram maior número de afastamento para tratamento de saúde se comparado aos que atuam na região Serrana do estado. A população investigada neste estudo possui risco laboral elevado e necessita de especial atenção por parte das instituições devido ao aumento de número de afastamentos do trabalho no decorrer dos anos.
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