Resumo Objetivo Investigar os indicadores de qualidade em terapia nutricional enteral em idosos internados em unidade de terapia intensiva de um hospital universitário em João Pessoa, PB, Brasil. Métodos Estudo seccional, retrospectivo, realizado no período de março de 2018 a março de 2019. Os indicadores utilizados foram frequência de: medida de Índice de Massa Corporal (IMC) à admissão; estimativa de gasto energético e necessidade proteica; administração adequada do volume prescrito x infundido; pacientes em jejum antes do início da terapia nutricional enteral; diarreia e constipação intestinal conforme os parâmetros do International Life Sciences Institute do Brasil. Para a comparação entre os indicadores de qualidade e os desfechos clínico (alta hospitalar e óbito) e tempo de internação (≤14 e >14 dias), utilizou-se o teste do qui-quadrado, sendo consideradas significantes as associações com p< Resultados Foram 79 idosos com tempo de internação médio de 14 dias. Em relação aos indicadores, a frequência de medida de IMC à admissão e a estimativa de gasto energético e necessidade proteica atingiram as metas. Quando analisada a associação dos indicadores de qualidade com desfechos clínicos, observaram-se diferenças significativas (p=0,010) entre o indicador volume infundido x prescrito e alta hospitalar. Conclusão A frequência de administração adequada do volume prescrito x infundido teve associação significativa com desfecho sugerindo que esse seja um indicador a ser considerado no monitoramento da assistência nutricional de pessoas idosas, sendo, portanto, necessária a elaboração de planos de ação para garantir a efetividade dos processos, porém são necessários mais estudos.
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial é uma patologia que acomete mais de 25% da população mundial acarretando má qualidade de vida e taxa de mortalidade elevada. A alimentação saudável é um dos fatores primordiais no tratamento desta patologia, diminuindo os agravos em saúde. Estudos mostram que adotar a dieta DASH como padrão alimentar reduz a pressão arterial, tornando esta dieta uma boa alternativa tanto no tratamento quanto na prevenção da hipertensão arterial. OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo discutir informações e levantar dados sobre a dieta DASH no tratamento da hipertensão arterial. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, desenvolvida através de pesquisas em materiais elaborados nos últimos 12 anos. RESULTADOS: Entre os resultados observados a dieta DASH tem uma influência considerável no tratamento da hipertensão arterial em indivíduos hipertensos, bem como foram encontrados resultados positivos em indivíduos normotensos que aderiram a este tipo de dieta.
Introduction: There is a strong relationship between malnutrition and increased length of hospitalization and morbidity and mortality. Studies have shown that malnourished patients can have up to twenty times more complications than eutrophic ones. In critically ill patients, there is a tendency to catabolism, resulting in the loss of lean body mass, which when it reaches 40% is usually lethal. Methods: A quantitative, descriptive study was conducted on adults from both genders, admitted to the intensive care unit (ICU) of a university hospital, from March to December 2018. The following variables were collected from the evaluation and nutritional records: length of hospitalization in the ICU, date of discharge or death, nutritional risk through specific screening, height, weight and arm circumference (AC). For the screening, the Nutric score was used. For the nutritional evaluation, the body mass index (BMI) and AC indicators and the classifications recommended by the World Health Organization (2004) and Blackburn and Thornton (1979) were used. After collecting the data, they were analyzed in the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) 13.0 and for the association of the variables the Chi-square test was used, considering statistical difference when the p value <0.05. Results: The sample consisted of 116 patients, mostly female (53.4%) whose median age was 46 years (interquartile range IQR 31-53). Regarding the frequency of nutritional risk, most patients (61.5%) had a low score. There was an important frequency of malnutrition, according to the AC indicator (73%), although BMI (43.5%) showed eutrophy. Even though most patients had low nutritional risk, those with high nutritional risk (38.5%) had a higher tendency to mortality, however, not statistically confirmed (p> 0.05). There was also a tendency of association between death and malnutrition, although no statistical significance was shown(p> 0.05). Conclusion: Patients at nutritional risk and/or malnutrition appear to be vulnerable to worse clinical outcomes.
Objetivo: Buscar na literatura as evidências científicas disponíveis sobre educação em saúde no manejo da nutrição enteral em idosos e o uso de sonda. Metodologia: trata-se de revisão de escopo que abrangeu 3 estudos, após serem aplicados os critérios de inclusão e exclusão. Estes encontravam-se disponibilizados nas bases de dados MEDLINE/PubMed; Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) e Cochrane, tendo como descritores idosos, nutrição enteral e educação em saúde. Resultados: Dos 349 registros encontrados, 140 foram excluídos por critérios de exclusão, sendo selecionados 206 para leitura dos respectivos títulos e resumos. Foram excluídas 195 publicações por não se adequarem aos critérios de inclusão, sendo pré-selecionados 11 trabalhos para leitura completa que, após essa etapa, originou um resultado de 3 estudos. Conclusão: Diante dos achados, observa-se que a educação em saúde melhora o manejo da nutrição enteral, propiciando resultados positivos como restrição da colonização de microrganismos multirresistentes, diminuição da ocorrência de complicações do uso da sonda, atenuação das despesas médicas, prevenção de novas hospitalizações, redução no déficit calórico, duração da ventilação mecânica e tempo de permanência na UTI. Mais estudos são necessários para avaliar que estratégia educacionais são mais efetivas e, assim, contribuir para melhorar o atendimento e cuidado de idosos em uso de sonda para nutrição enteral.
Introdução: O público idoso está em maior risco de desenvolver déficits nutricionais, uma vez que há um comprometimento da função fisiológica. Objetivo: avaliar a associação entre a dieta enteral prescrita versus infundida e o desfecho clínico de pacientes idosos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva. Metodologia: O estudo foi seccional, desenvolvido com idosos em Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Lauro Wanderley da Paraíba, onde foram avaliados através de uma ficha de acompanhamento nutricional. Na análise estatística utilizou-se os testes Qui-quadrado assumindo um nível de significância (p<0,05). Resultados: Foram avaliados 79 idosos, sendo a maioria do sexo feminino com 62%, e idade média de 72,5 anos. Quanto às intercorrências da terapia, a sonda nasogástrica aberta foi significativamente associada ao volume infundido versus prescrito não satisfatório. Pacientes cujo volume prescrito versus infundido foi satisfatório estiveram internados por mais de 21 dias. O total de 29 pacientes que tiveram alta hospitalar obteve 69%, no qual, receberam satisfatoriamente o volume prescrito versus infundido. Por outro lado, 21 desses indivíduos apresentaram 63,6% do total de óbitos que estiveram associados ao não atendimento desta variável. Conclusão: Observou-se que pacientes que permaneceram mais dias na UTI tiveram maior volume de dieta infundida alcançando suas metas preconizadas, em virtude daqueles que apresentou alta, notando-se que a maioria recebeu satisfatoriamente volume prescrito versus infundido, uma vez que é necessária a qualidade em terapia nutricional de forma mais ampla na população idosa.
A síndrome de realimentação (SR) possui alta prevalência, em especial em pacientes desnutridos, no entanto, esta condição é negligenciada na maioria dos casos, apesar da sua potencial fatalidade. Pode ser definida como um grupo de complicações relacionadas a uma mudança grave de líquidos e eletrólitos associada a anormalidades metabólicas, em pacientes em jejum prolongado ou desnutridos, que são realimentados com uma quantidade de nutrientes superior à sua capacidade metabólica, podendo ser desencadeada ao reiniciar ou aumentar substancialmente o fornecimento de energia por via oral, enteral ou parenteral nesses pacientes. A identificação precoce de pacientes em risco e o reconhecimento da SR são cruciais. As principais recomendações que trazem o tema foram publicadas em 2010, pelo National Institute for Health and Clinical Excelence (NICE) e recentemente, em 2020, a American Society of Parenteral and Enteral Nutrition (ASPEN) publicou um consenso, o qual incluiu adições aos critérios anteriores do NICE, como a adição de resultados de exames físicos, incluindo perda de gordura subcutânea e massa muscular. Para a prevenção da SR, é preconizada que a reintrodução da dieta seja feita de forma lenta e gradual, com a monitoração diária dos eletrólitos, além de prescrição de vitaminas, com destaque para a tiamina. A SR requer tratamento imediato com reposição de eletrólitos, diminuição da terapia nutricional e controle imediato de sintomas. Diante disso, faz-se necessário que a equipe multiprofissional tenha conhecimento amplo a respeito dessa síndrome, a fim de que medidas efetivas de prevenção e tratamento possam ser tomadas.
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