Resumo Objetivo Identificar os fatores associados à não adesão ao tratamento antirretroviral em portadores de HIV/ AIDS em um Hospital de referência em Manaus. Métodos Estudo com abordagem quantitativa, transversal de base hospitalar, desenvolvido com 100 participantes com HIV/AIDS em acompanhamento ambulatorial. Para a coleta de dados foi utilizado o questionário autoaplicável, denominado “Questionário para a avaliação da adesão ao tratamento antirretroviral em pessoas com HIV/AIDS” (CEAT–VIH). Foi realizada análise descritiva, empregado o teste de qui-quadrado de Pearson chi-square para o valor de p. Resultados Predominou o sexo masculino (57%), faixa etária entre 40 a 59 anos (34%) escolaridade de 2º Grau (49%), sem vínculo empregatício (84%), renda mensal de 1 a 3 salários mínimos (54%), solteiros (47%), heterossexuais (76%), com parceiro sexual (56%), sem vida sexual ativa (61%), tempo de diagnóstico entre 6 meses a 5 anos (59%), nenhuma internação hospitalar (59%). O nível de adesão predominante foi a média adesão (85%). As variáveis sociodemográficas que tiveram associação estatisticamente significantes com a adesão TARV foram a orientação sexual (p=0,010) e o tempo de diagnóstico (p=0,035). Conclusão O estudo mostrou que pessoas que convivem com HIV aderem a TARV, porém com média adesão e os principais fatores associados a esse resultado foram a orientação sexual e o tempo de diagnóstico.
Objective: Evidence the types and goal of the healthcare integration agreements in international border regions. Methods: Integrative literature review, in which studies published between 2006 and 2015 were selected that were indexed in the electronic databases CINAHL, Clinics Collection, LILACS, MEDLINE, PubMed, Scopus and SocINDEX. Thirteen studies were included. Results: The results demonstrate that formal and informal integration agreements exist in border regions, formalized by federal governments or international laws. The prevalent goals of these agreements are monitoring, disease detection and control in border regions. Conclusion: The agreements studied aim for cooperation to cope with regional diffi culties. The integration actions tend to minimize the health asymmetries of border populations. ResumoObjetivo: Evidenciar os tipos e a fi nalidade dos acordos de integração de atenção à saúde que ocorrem em regiões de fronteiras internacionais. Métodos: Revisão integrativa de literatura, na qual foram selecionados estudos publicados entre 2006 a 2015, indexados nas bases eletrônicas CINAHL, Clinics Collection, LILACS, MEDLINE, PubMed, Scopus e SocINDEX. Foram incluídos 13 estudos. Resultados: Demonstram que os acordos de integração em regiões de fronteiras entre países são dos tipos formais e informais, formalizadas por governos federais ou legislações internacionais. Como fi nalidade destes acordos, prevalecem os de monitoramento, detecção e controle de doenças em regiões fronteiriças. Conclusão: Os acordos estudados objetivam a cooperação para o enfrentamento de difi culdades regionais. As ações de integração tendem a minimizar as assimetrias de saúde das populações fronteiriças. ResumenObjetivo: Evidenciar los tipos y fi nalidad de los acuerdos de integración de atención de salud existentes en zonas de frontera internacionales. Método: Revisión integrativa de literatura, en la que fueron seleccionados estudios publicados de 2006 a 2015, indexados en las bases CINAHL. Clinics Collection, LILACS, MEDLINE, PubMed, Scopus y SocINDEX. Fueron incluidos 13 estudios. Resultados: Demostraron que los acuerdos de integración en zonas de fronteras entre países responden a los tipos formales e informales, respaldados por gobiernos federales o por la legislación internacional. Como fi n de estos acuerdos, prevalecen los de monitoreo, detección y control de enfermedades en regiones fronterizas. Conclusión: Los acuerdos estudiados apuntan a la cooperación para enfrentar las difi cultades regionales. Las acciones de integración tienden a minimizar las asimetrías sanitarias de las poblaciones fronterizas.
OBJETIVO: Avaliar o seguimento das crianças com diagnóstico de surdez na triagem auditiva neonatal e fatores de risco para deficiência auditiva. MÉTODOS: Estudo quantitativo, transversal e retrospectivo para avaliação de fatores associados à perda auditiva e o seguimento dos casos de crianças diagnosticadas com disfunção audiológica, por meio da análise de prontuários eletrônicos de 5.305 crianças encaminhadas a um Centro Especializado em Reabilitação Tipo I, no período de janeiro/2016 a fevereiro/2020, na cidade de Manaus, Amazonas. O estudo estatístico utilizou o teste qui-quadrado de Pearson e por regressão logística binária nos quais foram obtidos odds ratio com intervalos de confiabilidade de 95%. RESULTADOS: Das 5.305 crianças encaminhadas para realização do reteste da orelhinha, 366 (6,9%) falharam no reteste. Prosseguiram no estudo as crianças com diagnóstico de perda auditiva neurossensorial, totalizando 265 (72,4%). Permanecendo, no final da pesquisa, apenas 58 (21,9%) crianças, destas 39 receberam aparelho auditivo até o presente estudo; e 16 (41%) já tinham indicação cirúrgica para implante coclear, sendo que apenas três (18,7%) haviam realizado a cirurgia. Dentre os fatores de risco para deficiência auditiva encontramos 2,6 vezes mais chance de falha no reteste da orelhinha naquelas crianças que tinham história familiar de perda auditiva e internação em UTI. CONCLUSÕES: Embora o fluxo de triagem alcance boa parte dos nascidos vivos, as taxas de evasão durante o processo são altas, portanto, as características socioeconômicas e geográficas de regiões como a Amazônia devem ser consideradas como fatores relevantes à evasão dos programas de reabilitação dessas crianças. Foi possível identificar que a internação em UTI neonatal e o histórico familiar de perda auditiva presentes nas investigações compõem os principais e mais importantes fatores para alteração dos retestes da orelhinha.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde garante acesso universal aos serviços de saúde.Este entendimento, não deixa claro qual o posicionamento das políticas públicas, quanto ao acesso e ao direito à saúde para estrangeiros. Objetivo: descrever o acesso e o direito de residentes fronteiriços aos serviços de saúde em um município da tríplice fronteira Brasil, Colômbia e Peru. Método: Estudo de caso único, integrado, qualitativo, realizado entre março e dezembro de 2017, no município de Tabatinga, Amazonas, Brasil. As fontes de evidências foram: dados documentais, entrevistas e observações diretas. Os dados
OBJECTIVE: To describe the scope and limitations of the main strategies of cooperation in health, adopted between 2005 and 2017, in the context of the triple border Brazil, Colombia and Peru. METHOD: Single, explanatory, qualitative, integrated case study carried out in 2017, in the context of the triple Amazon border, Brazil, Colombia and Peru, in the city of Tabatinga, state of Amazonas, Brazil. Our sources of evidence were: documentary data; interviews with health managers of the State Health Secretariats of Amazonas and Municipal Health of Tabatinga, Municipal Health Council of Tabatinga and Consulate of Peru in Colombia; and direct observations in four health services of Tabatinga. Data were organized with MaxQDA12® software. RESULTS: Data analyzed showed that, during the study period, the Brazilian federal government made several health cooperation agreements with both Peru and Colombia and that the state government of Amazonas undertook strategies to improve the health conditions of the dwellers of Tabatinga and the region of Alto Solimões, which indirectly reached the populations of neighboring countries, supporting the interrelationships between the countries of the region. Regarding the municipal government, we verified the existence of health integration agreements, established informally, to minimize the adversities of the local health. CONCLUSION: The cooperation strategies in health adopted in the triple Amazon border have different purposes, benefits and limitations. It is noteworthy that the existence of cooperation agreements between the federal governments of Brazil, Colombia and Peru and the presence of informal cooperation agreements between the municipal governments of Tabatinga (Brazil), Leticia (Colombia) and Santa Rosa (Peru). The limitations of this study are the lack of knowledge of local managers about the cooperation agreements established between federal governments and the lack of legitimacy of the informal agreements established by the Tabatinga government.
O objetivo deste estudo foi evidenciar, em publicações nacionais e internacionais, os avanços e desafios na saúde de populações ribeirinhas que vivem na Amazônia Legal brasileira. Foi realizada uma revisão integrativa entre os dias 1º e 30 de maio de 2021, na qual foram selecionados artigos publicados entre 2014 e 2021, indexados nas bases eletrônicas da BVS e SciELO. A estratégia de busca retornou 52 artigos, no entanto somente 10 foram incluídos. Destaca-se um predomínio de artigos que abordam os desafios a serem superados no atendimento às populações ribeirinhas, sendo observado um destaque para a falta de preparo das equipes de saúde e para a necessidade de ampliação dos serviços que considerem as diferenças culturais e as determinantes sociais que atingem essas populações. Observa-se que, apesar da ocorrência de alguns avanços no atendimento em saúde às populações ribeirinhas da Amazônia, a maioria dos estudos descreve que desafios são comuns e frequentes e que mudanças para que as necessidades dessa população sejam alcançadas acontecem de forma lenta, não atendendo às expectativas atuais dessas comunidades.
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