Avanços e desafios na saúde das populações ribeirinhas na região amazônica: uma revisão integrativa

Abstract

O objetivo deste estudo foi evidenciar, em publicações nacionais e internacionais, os avanços e desafios na saúde de populações ribeirinhas que vivem na Amazônia Legal brasileira. Foi realizada uma revisão integrativa entre os dias 1º e 30 de maio de 2021, na qual foram selecionados artigos publicados entre 2014 e 2021, indexados nas bases eletrônicas da BVS e SciELO. A estratégia de busca retornou 52 artigos, no entanto somente 10 foram incluídos. Destaca-se um predomínio de artigos que abordam os desafios a serem superados no atendimento às populações ribeirinhas, sendo observado um destaque para a falta de preparo das equipes de saúde e para a necessidade de ampliação dos serviços que considerem as diferenças culturais e as determinantes sociais que atingem essas populações. Observa-se que, apesar da ocorrência de alguns avanços no atendimento em saúde às populações ribeirinhas da Amazônia, a maioria dos estudos descreve que desafios são comuns e frequentes e que mudanças para que as necessidades dessa população sejam alcançadas acontecem de forma lenta, não atendendo às expectativas atuais dessas comunidades.

Avaliação da presença de fungos dermatófitos e resistência antimicrobiana a partir de amostras ambientais de comunidades ribeirinhas da Região Amazônica: Uma questão de vigilância em saúde

“…Além disso, a dinâmica de vida depende também das condições de clima, das variações do nível do rio e das condições do solo (Fraxe;Pereira & Witkoski, 2011). Os desafios são grandes devido a falta de conhecimento sobre políticas públicas, a escassez de recursos humanos (Santos et al, 2021), a perenidade dos rios nos períodos de cheia e vazante, dificuldade que a população tem para chegar às Unidades Básicas de Saúde e para participar das atividades educativas (Gama et al, 2018), e principalmente devido a descontinuidade assistencial (Figueira et al, 2020). A falta de saneamento básico e o difícil acesso à atenção básica de saúde são os mais importantes fatores de risco para essas comunidades, pois torna a população susceptível a inúmeras enfermidades, sobretudo quando o sistema imune está debilitado.…”

Atenção à saúde de mulheres em comunidades ribeirinhas: estudo de revisão

“…A atenção hospitalocêntrica e medicalizante, distantes das comunidades, contribuem para a fragilidade das ações e assistência à saúde. É necessário um olhar diferenciado, com interiorização dos serviços de saúde, que atenda às expectativas e demandas peculiares dessa população, ou seja, é substancial a necessidade de mudanças que ampliem e fortaleçam o cuidado com um modelo de atendimento mais resolutivo, equitativo e universal, com assistência médica especializada para as comunidades ribeirinhas e isoladas do Amazonas, (Santos et al;.…”