Introdução: A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) é responsável por impacto físico e psicoemocional. É apontada como uma das principais síndromes que contribuem para o prejuízo da Qualidade de Vida (QV). Estudos comprovam que as modificações dos hábitos de vida, controle de fatores de risco e a prática de atividade física causam impacto na QV destes indivíduos, tornando-se ao longo dos anos um desfecho relevante. Objetivo: Verificar a QV de indivíduos após sete anos do Evento Coronariano Agudo. Metodologia: Trata- se de um estudo transversal, composto por indivíduos diagnosticados com SCA e internados no período de abril de 2006 a janeiro de 2007 na Unidade de Terapia Intensiva Cardíaca de um hospital privado em Salvador. Foi realizado entrevista e aplicado o questionário EuroQol 5D, por contato telefônico. Resultados: Foram coletados 30 participantes, com idade média de 66,9 ± 11,1 anos, predominantemente do sexo masculino 17 (56,7%). Houve variação de 0% a 100% no escore total do questionário EuroQol 5D, apresentando média de 68,2%. Quanto aos domínios, em relação ao nível dois (problemas moderados) houve maior frequência dos domínios: Mobilidade 11 (36,7%), Dor/mal estar 13 (19,4%) e Ansiedade/depressão 12 (17,4%). Enquanto no nível três (problemas extremos) foi observado: Ansiedade/depressão seis (9%) e Dor/mal estar três (4,5%). Conclusão: Conclui-se que há nesta população um impacto na qualidade de vida, principalmente nos domínios ansiedade/depressão e dor/mal estar após sete anos do evento agudo. A elevada taxa de fatores de risco pode estar associada a maiores escores nos domínios avaliados.
INTRODUÇÃO: A prática regular de atividade física está associada com melhora do estado de saúde, aumento da capacidade funcional, aumento da força muscular e redução da mortalidade por doenças cardíacas. Apesar dos benefícios de a prática regular de exercício físico estarem consolidados na literatura, as adaptações na força e resistência dos músculos inspiratórios são controversas. OBJETIVO: Testar a hipótese que não há diferença da força e resistência dos músculos inspiratórios entre indivíduos ativos e sedentários. MÉTODOS: Estudo observacional de corte transversal. Avaliou-se indivíduos entre 18 e 30 anos, ambos os sexos e saudáveis. Os voluntários foram divididos em ativos e sedentários de acordo a classificação da American College of Sports Medicine (ACMS). Os indivíduos tiveram a força máxima dos músculos inspiratórios (FMI) determinada através do dispositivo POWERbreathe® K5 inspiratory muscle trainer, que intula esta variável como Sindex. A resistência dos músculos inspiratórios foi avaliada través de um teste incremental. Para comparação das médias foi aplicada o teste t de student para distribuição simétrica, p< 0,05. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com CAAE : 37781014.4.0000.5544. RESULTADOS: Foram avaliados 92 indivíduos, destes 55 (60%) foram classificados como ativos e 57 (62%) do sexo masculino. Ao realizar a comparação do Sindex entre ativos e sedentários (128±26; 119±24 cmH2O; p=0,85) e da exaustão no teste incremental (65±16% e 60±16%;p=0,095), respctivamente. CONCLUSÃO: Os indivíduos ativos não apresentam músculos inspiratórios mais fortes e resistentes quando comparados com sedentários.
INTRODUÇÃO: A ventilação voluntária máxima é um dos testes difundidos para avaliação da resistência da musculatura respiratória, mesmo sem ser validado para este fim. Na literatura ainda são encontradas controvérsias quanto a interpretação e aplicabilidade do uso da VVM na prática clínica. OBJETIVO: Verificar a correlação entre a ventilação voluntária máxima e a força e resistência dos músculos respiratórios em jovens hígidos. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional de corte transversal realizado na Clínica. Foram incluídos indivíduos > 18 anos, de ambos os sexos e hígidos. Os participantes tiveram sua avaliação da força muscular respiratória através do manovacuômetro, no qual se obteve a Pimáx e Pemáx. A resistência foi avaliada através do teste de carga constante pelo Power Breathe, utilizando 60% da Pimáx. A ventilação voluntária máxima foi realizada pelo espirômetro. Para a correlação das variáveis Pimáx, Pemáx e VVM foi aplicado o teste de correlação de Pearson. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética, CAAE 10849519.9.0000.5544. RESULTADOS: Foram avaliados 27 participantes, em que 59,3% eram do sexo masculino e 55,6% ativos. A ventilação voluntária máxima com a Pimáx e Pemáx, apresentaram respectivamente p = 0,04 e 0,02 e r = 0,53 e 0,57. CONCLUSÃO: O teste de ventilação voluntária máxima possui uma correlação moderada com a força muscular respiratória, e não obtém correlação com o teste de carga constante.
Exercícios funcionais e neuromusculares são importantes ferramentas em centros de reabilitação, porém são pouco explorados em protocolos hospitalares. objetivo: Verificar se exercícios funcionais e neuromusculares são mais eficazes na redução do tempo de internamento e controle da pressão arterial (PA) dos indivíduos hospitalizados do que a fisioterapia hospitalar de rotina. Métodos: Foram incluídos pacientes hospitalizados por enfermidades não cardiológicas e sem hipertensão arterial sistêmica, sendo estes randomizados para grupo controle (GC), que realizou exercícios respiratórios, exercícios ativo-livres para membros superiores/ inferiores e caminhada no corredor, ou grupo de reabilitação funcional (GRF), submetido a exercícios neuromusculares para membros superiores/inferiores, cicloergômetro e treino de subir/descer degraus. Ambos os grupos receberam intervenção 2x/dia. A PA foi aferida na admissão, durante o internamento e na alta hospitalar. O tratamento estatístico foi realizado adotando-se intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5%. resultados: Avaliados 42 voluntários, dos quais 26 atenderam aos critérios de elegibilidade. Porém, seis foram excluídos, quatro por permanência hospitalar inferior a três dias e dois por não completarem o protocolo de tratamento. A média de idade no GC foi de 72±11 versus 73±8 no GRF. Não houve diferenças estatísticas da PA na admissão. Evidenciou-se redução da PA apenas no GRF durante o internamento (p<0,01), assim como na alta hospitalar (p<0,01). O GC apresentou maior tempo (dias) de internação 7,2±1,8 versus 5,5±1,3 do GRF (p<0,05). Conclusão: Exercícios funcionais e neuromusculares parecem mais eficazes na redução do tempo de internamento e controle da PA dos indivíduos hospitalizados do que a fisioterapia hospitalar de rotina.Palavras-chave: serviço hospitalar de fisioterapia; pressão arterial; terapia por exercício; medicina física e reabilitação; tempo de internação. ABStrACt introduction:Functional and neuromuscular exercises are important tools in rehabilitation centers, however they are little explored in hospital protocols. objective: To determine whether functional and neuromuscular exercises are more effective in reducing hospital stay and controlling blood pressure (BP) of hospitalized individuals than routine hospital physiotherapy. Methods: Hospitalized patients for non-cardiac illnesses and without hypertension were included, which were randomized to the control group (CG), who performed breathing exercises, active-free exercises for upper/lower limbs and walk in the hallway, or to functional rehabilitation group (FRG), which underwent neuromuscular exercises for upper/lower limbs, cycle ergometer and up/down stairs training. Both groups received intervention 2x/day. BP was measured at admission, during hospitalization and at discharge. Statistical analysis was performed by adopting a confidence interval of 95% and a 5% significance level. results: Forty-two volunteers were evaluated, of which 26 met the eligibility criteria. However, six...
Background Flexibility is crucial to the harmonious execution of joint movements. While skeletal muscle dysfunction in patients with HTLV-1 can interfere with mobility, it is unclear whether these patients experience reduced flexibility. Objective To evaluate the differences in flexibility between HTLV-1-infected individuals with and without myelopathy compared with uninfected controls. We also investigated whether age, sex, body mass index (BMI), physical activity level, or lower back pain influence flexibility in HTLV-1-infected individuals. Methods The sample consisted of 56 adults, of which 15 did not have HTLV-1, 15 had HTLV-1 without myelopathy, and 26 had TSP/HAM. Their flexibility was assessed using the sit-and-reach test and a pendulum fleximeter. Results No differences in flexibility were observed between the groups with and without myelopathy and controls without HTLV-1 infection using the sit-and-reach test. The pendulum fleximeter results of individuals with TSP/HAM presented the lowest flexibility among the groups with respect to trunk flexion, hip flexion and extension, knee flexion, and ankle dorsiflexion, even after adjusting for age, sex, BMI, level of physical activity, and lower back pain using multiple linear regression models. Additionally, HTLV-1-infected individuals without myelopathy demonstrated reduced flexibility in movements: knee flexion, dorsiflexion, and ankle plantar flexion. Conclusions Individuals with TSP/HAM demonstrated reduced flexibility in most of the movements evaluated by the pendulum fleximeter. Additionally, HTLV-1-infected individuals without myelopathy demonstrated reduced knee and ankle flexibility, potentially representing a marker of myelopathic development.
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