Introdução: A cirurgia de controle de danos é uma modalidade cirúrgica que abrevia o tempo de operação e renuncia o reparo imediato de todas as injúrias, com o objetivo de reestabelecer os parâmetros fisiológicos no paciente instável hemodinamicamente. Indivíduos que apresentam a acidose metabólica, hipotermia e coagulopatia, a denominada tríade mortal do trauma, são os principais candidatos à essa abordagem. Diante da alta incidência de traumas e patologias que exigem o controle imediato de lesões potencialmente fatais e da escassez de estudos acerca do tema, esta revisão objetiva realizar um levantamento de dados da literatura acerca do controle de danos cirúrgico, que tem se mostrado de extrema importância e impacto na redução da mortalidade dos pacientes graves. Métodos: A busca dos artigos foi realizada nas plataformas Pubmed e BVS, utilizando os descritores “cirurgia” e “controle de danos”, contidos no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e correspondentes à questão de pesquisa. Foram encontrados 63 estudos ao total. A aplicação de critérios de inserção e exclusão, leitura e seleção dos estudos, resultaram, por fim, na inclusão de 9 artigos na presente revisão. Resultados: Dentre os artigos analisados, 22,2% dos estudos investigaram as indicações e a importância da decisão por controlar os danos cirurgicamente. O impacto dessa abordagem na redução da mortalidade dos doentes traumatizados foi explanado em 33,3% dos estudos incluídos. Os estudos relataram sobrevida maior do que 80% dos pacientes submetidos à essa modalidade terapêutica. O mecanismo de trauma mais comum associado à necessidade de controle de danos foi o traumatismo penetrante, como os ferimentos por arma de fogo. Quanto aos motivos que levaram à indicação dessa abordagem, os estudos relataram instabilidade hemodinâmica como sendo o principal deles, além da magnitude das lesões. Conclusões: Diante dos dados coletados da literatura e explanados neste estudo, salienta-se a importância de os cirurgiões conhecerem as implicações teóricas e práticas da cirurgia de controle de danos, a fim de reconhecer prontamente o paciente que necessita dessa abordagem, indicá-la em tempo oportuno e realizá-la efetivamente, elevando a sobrevida dos pacientes graves.
Objetivos: Realizar um levantamento de dados da literatura acerca da epidemiologia, fatores de risco, quadro clínico de apresentação e intervenções curativas e paliativas para o colangiocarcinoma hilar ou Tumor de Klatskin. Métodos: A pesquisa foi realizada utilizando a fórmula de busca, elaborada a partir dos descritores “tumor de Klatskin”, “colangiocarcinoma hilar” e “colangiocarcinoma perihilar”, contidos no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e correspondentes ao objetivo do estudo, e do operador booleano “OR”. A fórmula foi inserida na base de dados PubMed e a busca resultou em um total de 37 artigos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 artigos para compor a revisão. Resultados: Dos estudos incluídos, 10% (n=1) deles expôs a epidemiologia e fatores de risco associados ao tumor de Klatskin, 20% (n=2) abordaram sobre o diagnóstico, 40% (n=4) discorreram sobre a drenagem biliar paliativa ou adjuvante, 20% (n=2) discutiram sobre a ressecção com intenção curativa e 10% (n=1) sobre o transplante de fígado para colangiocarcinoma hilar irressecável. O tumor de Klatskin foi o terceiro tipo mais frequente dentre os tumores hepatobiliopancreáticos. Os sintomas e sinais mais comuns de apresentação foram icterícia, perda ponderal e dor abdominal. As ressecções de intenção curativa realizadas mais recentemente foram significativamente associadas a maior taxa de ressecabilidade e a maior sobrevida. Drenagem biliar transhepática percutânea com colocação de stent mostrou resultados satisfatórios e maior vantagem do que a via endoscópica. Conclusão: Diante das informações coletadas da literatura e explanadas nesta revisão, salienta-se a importância de médicos clínicos e cirurgiões conhecerem a epidemiologia, fatores de risco associados e os sinais e sintomas de apresentação do colangiocarcinoma hilar, além das técnicas, indicações e resultados dos tratamentos curativos e paliativos, para que possam reconhecer, diagnosticar e intervir em tempo oportuno, no intuito de elevar a sobrevida e garantir a melhor qualidade de vida possível ao paciente.
Objetivos: Este estudo visa analisar e discutir dados da literatura vigente acerca dos resultados da cirurgia bariátrica, em termos de complicações a curto e longo prazo, resolução das comorbidades e impacto na qualidade de vida dos pacientes. Métodos: A busca dos artigos foi realizada na base de dados PubMed, através da fórmula de busca composta pelos descritores “cirurgia bariátrica” e “bariátrica” contidos no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e condizentes ao tema da pesquisa, associados ao operador booleano “OR”. A pesquisa resultou em um total de 52 artigos. Os critérios de inclusão e exclusão foram aplicados e foi realizada a leitura de cada um dos estudos, sendo, por fim, selecionados 9 artigos para compor esta revisão. Resultados: Observou-se que, como todo procedimento cirúrgico, a cirurgia bariátrica não está isenta de complicações precoces e tardias, além de acarretar deficiências de vitaminas e minerais a longo prazo. Porém, a maioria dos pacientes submetidos a tal procedimento afirmou melhora substancial na qualidade de vida, havendo, ainda, grande porcentagem de resolução de comorbidades como hipertensão, diabetes, dislipidemia e apneia do sono. Evidenciou-se, ainda, que há uma linha tênue entre a cirurgia bariátrica e a depressão, sendo necessário, portanto, aliar o tratamento psicológico com o cirúrgico, visto que, se não forem trabalhadas as questões que levam ao transtorno alimentar, este pode persistir, interferindo nos resultados da cirurgia bariátrica. Conclusões: Diante dos dados coletados na literatura e explanados neste estudo, salienta-se a importância dos médicos e demais profissionais de saúde conhecerem acerca da cirurgia bariátrica: preparo pré-operatório, prevenção e tratamento de complicações, resultados possíveis, além dos desafios enfrentados por esses pacientes antes e após o procedimento, a fim de instruírem adequadamente essa população e traçarem as melhores estratégias para prevenção de complicações, enfretamento e superação dos desafios, alcançando o melhor resultado do tratamento: restituição da saúde física e mental.
Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Open access publication by Atena Editora Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de neutralidade e imparcialidade acadêmica.A Atena Editora é comprometida em garantir a integridade editorial em todas as etapas do processo de publicação, evitando plágio, dados ou resultados fraudulentos e impedindo que interesses financeiros comprometam os padrões éticos da publicação. Situações suspeitas de má conduta científica serão investigadas sob o mais alto padrão de rigor acadêmico e ético.
Objetivo: Identificar os malefícios e a toxicidade do uso da ivermectina em doses maiores do que as doses terapêuticas, bem como correlacionar seu uso, em doses mais elevadas do que as terapêuticas convencionais, como forma de prevenção para a COVID-19. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa, com abordagem qualitativa e natureza aplicada, objetivando a descrição da análise de dados coletados sobre o uso inapropriado da Ivermectina no tratamento da COVID-19 e seus efeitos adversos. Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e do PubMed, na qual foram priorizados artigos/estudos publicados nos últimos 5 anos, que retratassem temática convergente aos objetivos da pesquisa, anexados nos idiomas: português, inglês e espanhol. Desse modo, foram selecionados 17 artigos para leitura, os quais constituem esta revisão de literatura. Resultados: 25,52% dos estudos selecionados abordaram os principais efeitos adversos advindos da terapia convencional com Ivermectina, os quais, em sua maioria, são sintomas gástricos e neurológicos leves, como náuseas, vômitos, cefaleia e vertigens. Dito isso, observou-se também que em 35,29% dos estudos analisados indicam o sucesso da Ivermectina em reduzir o material genético viral do SARS-CoV-2, in vitro. Entretanto, ao se considerar o organismo humano a dose utilizada nos estudos in vitro torna-se inviável, pois proporcionalmente seria necessária uma dose de 1000 a 1200mg, logo tal dose aplicada em humanos poderia levar a intoxicação, cujo sintomas são ataxia e convulsões. Dentre os demais sintomas correlacionados ao tratamento com Ivermectina também observou-se a presença de bradipneia, tremores, ptose, redução de atividade e midríase, estes em doses acima da convencional. Conclusão: Diante dos estudos sobre a eficácia da Ivermectina como prevenção e resolução da COVID-19 e dos estudos que relatam sua toxicidade e malefícios em altas doses, pode-se concluir que ainda não há confirmação de eficácia do seu uso em humanos para tratamento e prevenção antiviral.
Objetivos: A doença de Hirschsprung (DH) consiste em um defeito do desenvolvimento embrionário do sistema nervoso entérico, que resulta em um segmento intestinal agangliônico e em consequente dismotilidade, cursando com disfunções evacuatórias, constipação e incontinência fecal, distensão abdominal, intolerância alimentar, desnutrição, entre outras complicações. Tais indivíduos podem conviver com esses problemas por toda a vida, gerando um impacto negativo em seus âmbitos psicossociais, sendo uma patologia de difícil manuseio. Diante disso, este estudo objetiva revisar e discutir dados da literatura acerca do manejo e das terapias disponíveis para DH, afim de contribuir para a evolução destes e para a redução da morbimortalidade. Métodos: A pesquisa foi realizada na base de dados PubMed. Para compor a fórmula de busca, foram utilizados os descritores “doença de hirschsprung”, “hirschsprung”, “megacolon congênito” e “megacolon aganglionico congenito” contidos no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), além dos operadores booleanos “OR” e “AND”. A busca resultou em 212 artigos. Foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão e realizada a leitura e seleção dos estudos. Por fim, foram selecionados 13 artigos para compor esta revisão. Resultados: Os estudos relataram redução significativa dos sintomas evacuatórios após 6 meses da cirurgia e ressecção completa dos segmentos aganglionares. O uso da toxina botulínica mostrou 66% de eficácia em melhorar os sintomas obstrutivos e duração do efeito por 6,4 meses. Para o tratamento de enterocolite aguda não foi eficaz, porém reduziu sua ocorrência. Quanto aos aspectos psicológicos da DH, constrangimentos (51,8%), depressão (18,5%) e dificuldade de interação social (33,3%) foram relatados, e a ocorrência de transtornos psíquicos foi mais frequente nessa população. Os cuidadores mostraram-se desassistidos quanto ao manejo das reais dificuldades e somente 20% deles estavam satisfeitos quanto às instruções atualmente disponíveis. Conclusões: Diante desses principais resultados encontrados, salienta-se a importância do acompanhamento multidisciplinar e contínuo dos pacientes com DH, com apoio psicológico e estratégias de enfrentamento psicossocial e familiar da doença, além da instrução de cuidadores quanto ao manejo das reais dificuldades, a fim de melhorar ao máximo a qualidade de vida do paciente e reduzir a morbimortalidade.
Introdução: A gastrectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na retirada parcial ou completa do estômago. Suas principais indicações são o câncer gástrico, as complicações da doença ulcerosa péptica e o tratamento da obesidade mórbida. As gastrectomias, cirurgias de grande porte, possuem significativas taxas de morbidade e são passíveis de complicações, que podem conferir alto risco de morte ao paciente, exigindo intervenção em caráter de urgência. Assim, este estudo objetiva analisar e discutir as complicações das gastrectomias, descritas na literatura atual, e os fatores relacionados a elas. Métodos: A busca dos artigos foi realizada por meio do acesso à base de dados PubMed, com os descritores contidos no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), condizentes à temática da pesquisa e referentes aos termos: “cirurgia”, “gastrectomia”, “complicações pós-operatórias”, “obesidade”, “síndrome pós-gastrectomia”, “úlcera gástrica” e “neoplasias gástricas”, que associados aos operadores booleanos “AND” e “OR” proporcionaram a elaboração da fórmula de pesquisa utilizada. A busca resultou em um total de 96 artigos na base de dados, aos quais foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão e, por fim, 21 artigos foram incluídos na presente revisão. Resultados: Dentre os estudos analisados, 57,14% dos artigos (n= 12) abordaram complicações das gastrectomias para o tratamento do câncer gástrico e 42,86% (n=9) para o tratamento da obesidade. Peritonite, devido à formação de fístula anastomótica ou deiscência da ferida, foi a complicação geral precoce mais relatada pelos estudos. Concentração de PCR (proteína C reativa), albumina, relação PCR/albumina, idade, comorbidades, estádio do câncer gástrico, estado nutricional, dia da semana em que é realizada a cirurgia, entre outros fatores, foram apontados pelos estudos como preditores de complicações pós-operatórias das gastrectomias. Conclusões: Diante dos principais achados do presente estudo, reforça-se a relevância de os cirurgiões conhecerem as complicações das gastrectomias, em termos de frequência e gravidade, e os fatores relacionados a elas, a fim de evitar essas intercorrências ou tratá-las oportunamente, elevando a sobrevida dos pacientes.
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