Objetivo: Descrever o manejo de pacientes com fibromialgia (FM) no que concerne à utilização de terapêuticas combinadas ou alternativas, com a finalidade de delinear quais seriam as condutas mais adequadas a serem adotadas em portadores da síndrome. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa, de abordagem qualitativa e objetivo descritivo de estudos nacionais e internacionais. Através da base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e seus sites aliados, foram selecionados e analizados 22 artigos. Resultados: 13,04% (n=3) dos estudos trazem os exercícios físicos, principalmente aeróbicos, como propulsores de alívio dos sintomas da FM e da melhora na qualidade de vida relacionada à saúde. Ademais, 8,69% (n=2) dos estudos evidenciaram que exercícios aquáticos são tão eficientes quanto os exercícios terrestres no que tange à melhora do quadro álgico. A neurodinâmica ativa e a estimulação transcraniana do córtex pré-frontal dorsolateral mostraram-se como alternativas para o alívio geral desses pacientes. Considerações finais: Conclui-se que a prática de atividades físicas possui papel preponderante no manejo da FM. Contudo, é evidente a necessidade de estudos mais consistentes para o aperfeiçoamento da terapêutica.
A terapia de estimulação elétrica da medula é utilizada para reabilitação de pacientes que possuem lesão medular. Essa técnica vem apresentando resultados promissores, incluindo uma significativa recuperação funcional, além de reduzir o quadro álgico e proporcionar melhor qualidade de vida. Dentro deste contexto, a questão norteadora da pesquisa foi definida como: Quais são as repercussões da terapia de estimulação elétrica da medula no traumatismo raquimedular? Esta pesquisa tem como objetivo relatar os principais impactos do manejo terapêutico em questão. Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa, de caráter qualitativo e abordagem exploratória. Assim, foram selecionados 21 artigos, os quais foram analisados de forma criteriosa, para compor esta revisão. Os principais resultados enfatizaram que a terapia de estimulação elétrica da medula mostrou benefícios em relação à condição motora dos pacientes com o traumatismo raquimedular e do seu quadro álgico. Em uma única sessão da estimulação transcutânea, usada para estimular os circuitos espinhais através de uma corrente elétrica, evidenciou uma modulação da excitabilidade entre neurônios da coluna vertebral e isso pode justificar a recuperação motora. A longo prazo essa recuperação é mediada pela neuroplasticidade, sendo possível a retomada de habilidades que exigem o controle motor fino. Ainda, houve evidências da capacidade da microestimulação intraespinhal operar como tratamento para os quadros álgicos, pela normalização da hiperexcitabilidade neuronal do corno dorsal. Ademais, a estimulação elétrica restaura a excitabilidade dos neurônios sublesionais e, por sua vez, podem ser reintegrados em circuitos funcionais. Portanto, a estimulação elétrica terapêutica utilizada no tratamento da lesão raquimedular apresentou resultados significativos na recuperação funcional e na reabilitação dos pacientes.
Objetivos: A doença de Hirschsprung (DH) consiste em um defeito do desenvolvimento embrionário do sistema nervoso entérico, que resulta em um segmento intestinal agangliônico e em consequente dismotilidade, cursando com disfunções evacuatórias, constipação e incontinência fecal, distensão abdominal, intolerância alimentar, desnutrição, entre outras complicações. Tais indivíduos podem conviver com esses problemas por toda a vida, gerando um impacto negativo em seus âmbitos psicossociais, sendo uma patologia de difícil manuseio. Diante disso, este estudo objetiva revisar e discutir dados da literatura acerca do manejo e das terapias disponíveis para DH, afim de contribuir para a evolução destes e para a redução da morbimortalidade. Métodos: A pesquisa foi realizada na base de dados PubMed. Para compor a fórmula de busca, foram utilizados os descritores “doença de hirschsprung”, “hirschsprung”, “megacolon congênito” e “megacolon aganglionico congenito” contidos no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), além dos operadores booleanos “OR” e “AND”. A busca resultou em 212 artigos. Foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão e realizada a leitura e seleção dos estudos. Por fim, foram selecionados 13 artigos para compor esta revisão. Resultados: Os estudos relataram redução significativa dos sintomas evacuatórios após 6 meses da cirurgia e ressecção completa dos segmentos aganglionares. O uso da toxina botulínica mostrou 66% de eficácia em melhorar os sintomas obstrutivos e duração do efeito por 6,4 meses. Para o tratamento de enterocolite aguda não foi eficaz, porém reduziu sua ocorrência. Quanto aos aspectos psicológicos da DH, constrangimentos (51,8%), depressão (18,5%) e dificuldade de interação social (33,3%) foram relatados, e a ocorrência de transtornos psíquicos foi mais frequente nessa população. Os cuidadores mostraram-se desassistidos quanto ao manejo das reais dificuldades e somente 20% deles estavam satisfeitos quanto às instruções atualmente disponíveis. Conclusões: Diante desses principais resultados encontrados, salienta-se a importância do acompanhamento multidisciplinar e contínuo dos pacientes com DH, com apoio psicológico e estratégias de enfrentamento psicossocial e familiar da doença, além da instrução de cuidadores quanto ao manejo das reais dificuldades, a fim de melhorar ao máximo a qualidade de vida do paciente e reduzir a morbimortalidade.
O implante transcateter de válvula aórtica (ITVA) é considerado um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, sendo uma opção terapêutica para pacientes portadores de estenose aórtica, principalmente, indivíduos que apresentam intermediário e alto risco para a realização da cirurgia convencional de substituição de valva aórtica. A ITVA evidenciou superioridade quanto a segurança em comparação a cirurgia de peito aberto, essencialmente, nos pacientes com idade avançada e com comorbidades associadas. Todavia, o procedimento em questão é comumente relacionado com o desenvolvimento de anormalidades na condução cardíaca. Dessa forma, a atual pesquisa apresenta como questionamento: quais são as principais anormalidades na condução cardíaca pós procedimento de implante de válvula aórtica transcateter e o seus respectivos manejos terapêuticos associados? Esta pesquisa trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa de caráter qualitativo. Assim, foram selecionados 20 artigos, os quais foram analisados de forma criteriosa, para compor esta revisão. Referente aos resultados, o presente estudo evidenciou grande incidência de bloqueio atrioventricular de alto grau e bloqueio de ramo esquerdo e bloqueio de ramo direito pós ITVA. Referente ao manejo clínico, medidas profiláticas como a detecção precoce de distúrbios arrítmicos prévios e monitoramento pelo eletrocardiograma demonstraram ser úteis e essenciais. Outrossim, a realização da tomografia computadorizada com multidetectores da raiz da aorta permitiu a minimização do superdimensionamento da prótese valvar e, consequentemente, a redução da ocorrência das desordens elétricas de origem cardíaca. Além disso, conforme o aspecto da alteração da via de condução cardíaca, o paciente pode apresentar indicação para implantação de marca-passo permanente pós ITVA. Dessa forma, conclui-se que é de suma importância a avaliação do paciente pré procedimento de ITVA, analisando essencialmente os fatores risco associados ao desenvolvimento de anormalidades na via de condução cardíaca a fim de potencializar o cuidado terapêutico e seus benefícios e, por fim, evitando complicações e desfechos desfavoráveis aos pacientes.
O conceito de hemorragia pós-parto (HPP) envolve a perda de 1.000 ml ou mais de conteúdo sanguíneo, durante um período de no máximo 24 horas após o término do trabalho de parto. No cenário obstétrico, o sangramento abordado é apontado como uma das principais causas de óbito e morbidade materna. Desse modo, a HPP apresenta-se como um problema de saúde mundial, sendo essencial o questionamento: quais são as principais medidas terapêuticas e profiláticas frente a um quadro de hemorragia pós-parto? Esta pesquisa trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa de caráter qualitativo. Para compor o estudo foram selecionados 16 artigos, após análise criteriosa. Em relação ao resultado, a atual pesquisa evidenciou que as medidas terapêuticas nos estágios iniciais da HPP são farmacológicas. A persistência do sangramento após a conduta medicamentosa requer adição de medidas não cirúrgicas, como a massagem uterina bimanual. Na falha dos tratamentos citados, o tratamento cirúrgico é considerado imediatamente. Ademais, a transfusão maciça também é uma opção terapêutica em condições críticas de ressuscitação em resposta ao sangramento pós-parto. Referente as medidas preventivas para a HPP, a ocitocina em dose profilática é recomendada se suspeita clínica. Outrossim, a capacitação dos profissionais da saúde e a preparação das instituições que assistem gestantes em trabalho de parto são cruciais para a prevenção e cuidado frente ao cenário exposto. Portanto, conclui-se que é fundamental a avaliação dos fatores de risco associados a HPP, executando medidas preventivas e terapêuticas adequadas a fim de evitar desfechos maternos desfavoráveis.
Os transtornos psiquiátricos são uma variedade de doenças que afetam o comportamento, humor e raciocínio de determinado grupo de indivíduos. Por causa desse problema, observam-se nos pacientes psiquiátricos menor Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) e comprometimento reduzido nas atividades do cotidiano. Além disso, tais afecções afetam outros sistemas do corpo humano, destacando-se o sistema cardiovascular, no qual tais patologias podem interferir no curso das doenças que acometem o coração e os vasos sanguíneos. Nesse contexto, elaborou-se a questão norteadora do estudo: qual a relação entre os transtornos psiquiátricos e as doenças cardiovasculares? Esta pesquisa tem como objetivo principal identificar o modo como se relacionam os distúrbios psiquiátricos e as afecções cardiovasculares. Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura do tipo integrativa, abordagem exploratória e caráter qualitativo. Assim, para a composição desta revisão, 20 artigos foram selecionados e posteriormente avaliados de maneira criteriosa. Os principais resultados indicaram que os acometimentos de saúde mental acarretam ao paciente maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Também foi evidenciado que as situações de estresse e depressão alteram o desenvolvimento natural de doenças cardíacas de maneira patológica e por consequência, observa-se diminuição da qualidade de vida de pacientes com doenças no coração e vasos. Vale ainda ressaltar que a má resposta aos métodos terapêuticos, a mortalidade elevada e o aumento das taxas de internação são acontecimentos característicos dos pacientes concomitantemente acometidos de doenças cardíacas e psiquiátricas. Assim, equipes especializadas são formadas para atender esses pacientes, dada a maior gravidade da doença cardíaca quando associada ao distúrbio psiquiátrico. Por fim, fatores comportamentais de vulnerabilidade, neuropsicológicos e estressores prejudicam os cardiopatas, o que mostra a suma importância da adesão e do correto tratamento desses pacientes, que contempla as medicações, equipes multidisciplinares e mudança de estilo de vida, a fim de potencializar o cuidado terapêutico e seus benefícios associados.
Desde 2006, com o início da comercialização dos cigarros eletrônicos, foi observado um aumento exponencial de seu consumo. Essa inovação no mercado foi apontada inicialmente como uma substituição vantajosa dos cigarros convencionais pelos Dispositivos Eletrônicos de Fumar (DEFs), em virtude da ausência do processo de combustão para produção de fumaça no vaping. No entanto, o crescente uso desses dispositivos evidenciou, em 2019, nos Estados Unidos da América o aumento de doenças que acometem o sistema respiratório. Diante do exposto, a questão central para o presente estudo foi definida como: quais são as repercussões do uso de cigarros eletrônicos no sistema respiratório? Esta pesquisa tem como objetivo principal descrever os principais achados da relação entre o uso de CE e o trato respiratório. A metodologia utilizada tratou-se de uma Revisão Integrativa de Literatura. Neste contexto, realizou-se um estudo bibliográfico nas bases de dados PubMed, MEDLINE e LILACS, na qual foram selecionados 20 estudos que passaram por um processo criterioso de triagem. No tocante aos resultados dos estudos avaliados, foi analisado pacientes com lesão pulmonar associada ao uso de CE. Esses indivíduos apresentaram maior necessidade de oxigênio, opacidade bilateral do espaço aéreo na imagem de tórax, além disso foram relatados sintomas gastrointestinais. Outro fator avaliado foi a composição desses dispositivos, sendo o tetrahidrocanabinol (THC) apontado como potencial risco para o desenvolvimento de lesão pulmonar. Ademais, os achados nocivos incluem a presença de estresse oxidativo, efeito pró-inflamatório no epitélio pulmonar, imagens de tomografia computadorizada similares ao quadro de pneumonia por hipersensibilidade, disfunção endotelial e entre outros. Destarte, o consumo de CE evidenciou repercussões nocivas ao sistema respiratório, além de elucidar implicações importantes nos demais sistemas, sobretudo, gastrointestinais e cardiovascular. Todavia, o ambiente científico ainda requer novos estudos para a confirmação, o esclarecimento da fisiopatologia e um maior entendimento das consequências do uso de CE a longo prazo.
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