RESUMO Objetivou-se correlacionar a necessidade de resgate analgésico pós-operatório por meio das escalas analógica visual (EVA), de Glasgow, Colorado e Melbourne, por meio de um avaliador experiente (AE) e outro não experiente (ANE), em cadelas submetidas à mastectomia unilateral total. Foram utilizadas 24 cadelas, hígidas, internadas 24 horas antes do procedimento cirúrgico, para avaliação do seu comportamento, com o auxílio das escalas descritas acima no momento basal (M0). Foram pré-medicadas com acepromazina e morfina (0,02 e 0,5mg/kg) e induzidas à anestesia geral com propofol (4mg/kg), mantidas em plano anestésico com CAM de isoflurano 1%. A manutenção analgésica transoperatória foi realizada com cetamina e fentanil (10µg/kg/min e 10µg/kg/h). As demais avaliações ocorreram em uma, duas, quatro, seis, oito, 12 e 24 horas de pós-operatório, sendo os resgates realizados com morfina (0,5mg/kg), pela via intramuscular, quando fosse observada uma pontuação maior ou igual a 50, seis, dois e nove pontos, respectivamente, para as escalas descritas, quando observada pelo AE e quando ao menos duas das escalas demonstrassem esses valores. Houve aumento dos escores de dor do M1 ao M12 para o AE e para o ANE para a EVA. Na análise de Colorado, maiores pontuações de dor ocorreram em relação ao M0 entre o M2 e o M8 para o AE e do M1 ao M12 para o ANE. Na análise de Glasgow, maiores escores foram detectados entre o M1 e o M12 para o AE e do M1 ao M24 para o ANE. E para a de Melbourne, maiores valores foram observados do M1 e do M24 para o AE e o ANE. A melhor correlação entre as escalas foi de 0,775 entre Glasgow e Colorado e entre os avaliadores de 0,925 para a Glasgow. Conclui-se que a escala de Glasgow apresentou-se mais sensível para detectar resgates analgésicos em cadelas submetidas à mastectomia total unilateral, que a inexperiência do avaliador não compromete a qualidade das avaliações de dor e sugere-se reduzir a pontuação da EVA e Melbourne para aumentar a sua capacidade em detectar resgates analgésicos pós-operatórios.
A dexmedetomidina é o mais recente α2 agonista e tem demonstrado ser uma excelente opção como medicação pré-anestésica (MPA). Objetivou-se avaliar os efeitos cardiorrespiratórios e sedativos da dexmedetomidina isolada ou associada a morfina e a influência no requerimento de propofol para a indução da anestesia em cães. Utilizou-se 28 fêmeas caninas, sem raça definida, pesando em média 14,23 kg ± 4,34, as quais foram alocadas em 4 grupos de MPA, dexmedetomidina 2,5 μg/kg (GI), dexmedetomidina 5 μg/kg (GII), dexmedetomidina 2,5 μg/kg em associação com morfina 0,5 mg/kg (GIII) e dexmedetomidina 5 μg/kg associado à morfina 0,5 mg/kg (GIV). Verificou-se a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR) e pressão arterial sistólica (PAS) antes da administração da MPA (M-15) e 15 minutos após (M0), além do grau de sedação e o requerimento de propofol após a indução da anestesia. A FC no GII reduziu 45,88% entre momentos e no GIV 47,75%. A FR no GII foi 13,8% maior em M-15. A PAS reduziu 7% no GIII e 6,67% no GI e GIV. O escore total de sedação teve 8 pontos a mais no GIII e IV do que no GI. Para a indução da anestesia, necessitou-se de 4,1 ± 1,5 mg/kg de propofol no GI, 3,2 ± 0,6 mg/kg no GII, 2,8 ± 0,7 mg/kg no GIII e 2,4 ± 0,3 mg/kg no GIV. Por fim, a associação de dexmedetomidina e morfina necessitou um menor requerimento de propofol, evitando assim os efeitos deletérios relacionados à altas doses desse fármaco.
ResumoOs felinos biotransformam o propofol lentamente, desenvolvendo efeito cumulativo. Neste sentido, objetivou-se desenvolver um esquema de infusão contínua de propofol a taxa variada tempo dependente em gatos. Foram utilizadas 16 gatas hígidas as quais foram submetidas à ovariossalpingohisterectomia eletiva e receberam como medicação pré-anestésica (MPA) dexmedetomidina (2,5μg/kg), metadona (0,5mg/kg) e cetamina (0,5mg/kg) por via intramuscular. Após 15 minutos, os animais foram alocados em dois grupos: Taxa Fixa (GTF), que receberam propofol 4mg/kg, seguido de infusão contínua (IC) na taxa de 0,3mg/kg/min durante 60 minutos; e Taxa Variada (GTV) que receberam o mesmo protocolo de indução com as taxas de IC iniciando em 0,3mg/kg/min durante 10 minutos, 0,25mg/kg/min até 25 minutos, 0,2 mg/kg/min até 45 minutos e 0,15mg/kg/min até 60 minutos de infusão baseado no software de simulação STAMPUMP ® . Avaliaram-se as frequências cardíaca (FC) e respiratória (f), pressão arterial sistólica (PAS) e a manutenção do plano anestésico durante 60 minutos de infusão, bem como, os tempos para extubação, para decúbito esternal e de recuperação total. Observou-se plano anestésico similar em ambos os grupos, porém no GTV utilizou-se 30% menos propofol para manutenção da anestesia. Houve redução da FC e f em ambos os grupos após a indução, sendo que um animal do GTF apresentou apnéia durante todos os momentos avaliados. Houve diminuição da PAS no GTF em todos os momentos em relação ao basal, já no GTV, a PAS diminuiu apenas em um momento. Não houve diferença significativa entre os grupos em relação aos tempos para extubação (GTF 43,2±19,5min e GTV 30,7±13,2min), para deambulação (GTF 60,7±29,6min e GTV 41,6±17,2min) e para recuperação total (GTF 136±34,3min e GTV 101,5±29,6min). Conclui-se que as duas técnicas mantém planos anestésicos similares, sendo seguras para utilização em gatas, e que a taxa variada apresenta consumo de propofol 30% menor. Palavras-chave: Anestesia total intravenosa, farmacocinética, infusão contínua, felinos AbstractFelines biotransforms propofol slowly developing cumulative effect. The aim this study was to develop a scheme of continuous infusion of propofol at time dependent variable rate in cats. Sixteen healthy female cats undergoing elective ovariohysterectomy and received as premedication dexmedetomidine (2.5 µg/kg), methadone (0.5 mg/kg) and ketamine (0.5 mg/kg) administrated at intramuscular rote. After 15 minutes , the animals were allocated into two groups : Fixed Rate (GFR), which received propofol 4mg/kg, followed by continuous infusion (CI ) at the rate of 0.3 mg/kg/min for 60 minutes; and Variable Rate (GVR) receiving the same induction protocol exchange with the IC starting at 0.3 mg/ kg/min for
Background: Hemogasometric analysis is used in the interpretation of acid-base balance (ABB) and to access pulmonary ventilation. Already mixed venous oxygen saturation obtained at pulmonary artery correlates with tissue oxygenation. However, both samples can be difficult to access because of the difficulties in arterial and pulmonary catheterization. The aim of this study was to evaluate the feasibility of replacing the arterial and mixed venous bloods, the end tidal pressure of carbon dioxide (EtCO2) and central venous blood in the analysis of pulmonary ventilation, tissue oxygenation and ABB in dogs under different hemodynamic states.Material, Methods & Results: Nine dogs were used with an average weight of 19.6 ± 1.3 kg, anesthetized with isoflurane at 1.4 V% diluted on oxygen 60% (Baseline), and subsequently undergoing mechanical ventilation (MV) and the hypodinamic state (Hypo) with isoflurane at 3.5V% and mean arterial pressure (MAP) lower than 50 mmHg and hyperdynamic state (Hyper) by dobutamine infusion at 5 μg/kg/min and with MAP 30% higher than baseline. For each time allowed a 15 min of stabilization by each hemodynamic status. Simultaneously were collected samples of 0.6 mL of arterial blood by metatarsal artery, mixed and central venous blood by pulmonary artery and right atrium for hemogasometric analysis. To access lung function we correlated and compared the EtCO2 values obtained by gas analyzer with expired carbon dioxide pressure in the arterial blood (PaCO2), mixed venous blood (PmvCO2) and central venous blood (PcvCO2). For the interpretation of tissue oxygenation we correlated and compared the values of mixed (SmvO2) and central (ScvO2) venous oxygen saturation. For the acid-base balance we used the correlation of potencial hydrogen (pH); carbon dioxide pressure (PCO2); bicarbonate ion (HCO3-); base excess (BE); anion GAP (AG); sodium ions (Na+), chlorine ions (Cl-), potassium ions (K+) and ionized calcium (iCa) of arterial (a) mixed venous (mv) and central venous (CV) bloods. Statistical analysis was performed using ANOVA-RM followed by Dunnet test for differences between times and Tukey’s test for differences among the samples (P ≤ 0.05). Pearson correlation analysis was performed using linear regression and for comparison methods we used the Bland-Altman analysis The EtCO2 values correlated (r = 0.87) and were according to Bland-Altman analysis with PaCO2 values (mean difference of -1.6 ± 2,9 mmHg for PaCO2. There were no differences (P ≤ 0.05) from SmvO2 and ScvO2. ScvO2 correlated (r = 0.91) with SmvO2 at different hemodynamic states and with a mean difference of -0.4 ± 2.5%. Both venous bloods were correlated with the analysis of arterial blood acid-base balance and electrolytes in different hemodynamic states. However, the ionized calcium levels were 40% lower in arterial blood.Discussion: EtCO2 measurement depends of monitor technology and proper pulmonar ventilation and perfusion. In this study the limiting factor in replacing the PaCO2 hair EtCO2 was spontaneous ventilation because in this state pulmonary ventilation is compromissed. With the use of MV was possible get up similar results in the pulmonar function analysis using the EtCO2 and PaCO2. The use of central venous blood instead mixed venous blood at oxygen saturation analysis provided adequate estimate this parameter. This being easier and less invasive technique. ABB was possible with all samples with own reference values for venous and arterial samples. This is an interesting result for critical patients where the arterial sample is difficult. In electrolytes the sample was indifferent except for calcium because pH interfere in this values. It was conclude that the values of EtCO2 and central venous blood are correlated and can replace arterial and mixed venous bloods in the analysis of lung function, tissue oxygenation and acid base balance.
The objective of this study was to investigate the echocardiographic changes during anesthesia induction in dogs sedated with acepromazine (0.05mg/kg) and butorphanol (0.3mg/kg) (AB). Twenty-four male dogs, with a mean weight of 12.40kg±3.1kg, were randomly assigned to 4 groups (n=6). Fifteen minutes after administering pre-anesthetic medication, anesthesia with diazepam (0.5mg/kg) and etomidate (1mg/kg) (group DE); diazepam (0.5mg/kg) and ketamine (3mg/kg) (group CD); propofol (4mg/kg) (group P); or ketamine (1mg/kg) and propofol (3mg/kg) (group CP) was administered to the 6 dogs in each group. Systolic blood pressure (SBP) was measured and echocardiography was performed immediately prior to the application of the sedation protocol (baseline), 15 minutes after sedation (M1), and immediately after anesthesia induction (M2). No significant differences were observed in SBP and in hemodynamic variables such as cardiac index, shortening fraction, and ejection fraction, between groups at all time points (M0, M1, and M2) evaluated. The SBP was significantly reduced after anesthetic induction in the dogs of the DE and CP groups. It can be concluded that the protocols DE and CP reduce similarly to SPB in dogs medicated with CD and P to SBP remain stable after anesthetic induction. All anesthetic induction protocols maintained a stable IC in premedicated dogs. None of the protocols evaluated promoted significant echocardiographic changes. Furthermore, the ketamine and diazepam combination had a negative impact on myocardial relaxation.
RESUMOAvaliou-se a eficácia e a segurança anestésica em ovinos mantidos sob anestesia geral inalatória com isofluorano ou anestesia total intravenosa com propofol, ambas associadas à anestesia subaracnoidea. Quatorze ovinos foram pré-medicados com 0,3mg.kg -1 de morfina IM, e cinco minutos após, receberam 20mcg.kg -1 de detomidina IV. Posteriormente, foram alocados aleatoriamente em dois grupos: GISO (n=7), os quais foram induzidos à anestesia geral com 0,5mg.kg -1 de diazepam e 5mg.kg -1 de cetamina IV, e mantidos em anestesia geral inalatória com isoflurano diluído em oxigênio a 100%; e GPRO (n=7), induzidos com 4mg.kg -1 de propofol IV seguido inicialmente de infusão contínua na taxa de 0,3mg.kg . Para realização da osteotomia bilateral, todos os animais receberam 0,5mg.kg -1 de ropivacaína 0,75% associado a 0,1mg.kg -1 de morfina pela via subaracnoidea. Houve redução de 40% nos valores médios de frequência cardíaca após sedação em ambos os grupos, permanecendo em média 23% reduzida até o final da avaliação. A pressão arterial média aumentou 16%, após a indução anestésica no GISO, mas se reduziu até o final do procedimento, assim como no GPRO. A EtISO média foi de 0,57V% e a taxa média de infusão do propofol foi de 0,24mg.kg surgery, anesthesia and extubation was 66± 9.8, 92±7.0 and 13.8±1.5 minutes in GISO and 56±2.4, 82.9±4.6 and 5.4±1.5 minutes in GPRO. The maintenance of anesthesia with propofol or isoflurane produced similar anesthesia with minimal cardiovascular and blood gas effects, which are well tolerated in healthy sheep.
RESUMO: O tramadol é um fármaco opioide amplamente utilizado em medicina veterinária, porém seu uso e eficácia analgésica pós-cirúrgica não foi investigado em aves. Objetivou-se avaliar a eficácia do tramadol ou butorfanol em galos submetidos à ostessíntese de úmero. Foram utilizados 12 galos (Gallus gallus domesticus), os quais foram alocados aleatoriamente em dois grupos: grupo tramadol (GT) que recebeu como medicação pré anestésica (MPA) 5mg.Kg-1 de tramadol e o grupo butorfanol (GB) que recebeu como MPA 1mg.kg-1 de butorfanol, ambos pela via intramuscular. Em seguida a indução ocorreu com a administração do agente anestésico inalatório, isoflurano 3V% e a manutenção anestésica com o mesmo agente 1,3 V%. Avaliaram-se a pressão arterial sistólica (PAS), frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (f) e temperatura corporal (TC). As avaliações foram realizadas: antes da MPA (M0); 15 minutos após MPA (M1); após indução anestésica (M2) e em diferentes momentos cirúrgicos (M3, M4, M5 e M6). A analgesia pós-operatória foi avaliada através da escala adaptada de dor em aves por dois avaliadores cegos aos tratamentos nos momentos: basal, e 1, 2, 4, 6, 8, 10, 12 e 24 horas pós-operatórias; sendo o resgate analgésico realizado quando uma pontuação maior ou igual a seis pontos de um total de 24 fosse observada. Observou-se redução da FC, f e da TC entre os momentos M2 e M6 em relação ao momento basal em ambos os grupos, sendo que no GB períodos de apneia foram observados entre M2 e M6, e entre grupos valores maiores na f no GT foram observados no momento M5 em relação ao GB. Houve diminuição da PAS apenas no momento M3 em relação ao momento basal no grupo GT. No pós-operatório apenas um animal do GT necessitou resgate analgésico observando-se pontuação maior no GT entre M1 e M8 e no GB entre M1 e M12 em relação ao momento basal, e entre grupos apenas T12 foi maior em GB quando comparado ao GT. Através da utilização da escala de dor em pombos submetidos à osteossíntese em membro pélvico e adaptada para avaliação álgica em galos, conclui-se que o tramadol e o butorfanol podem ser utilizados como analgésicos eficientes para o controle de dor pós-operatória em galos.
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