ResumoNesta pesquisa buscamos refl etir sobre as relações que os skatistas constroem em determinados espaços da região da Grande Florianópolis-SC, em específi co na pista de skate do bairro Trindade -a Trinda -, e no CT SKT -Projeto SKT -projeto que oferece aulas de skate. Foi investigada a apropriação do espaço, as relações de sociabilidade entre os indivíduos, a formação do habitus e a construção do campo skatista na cidade. Como possibilidade de aprofundamento e contribuição para com a área dos estudos em Educação, discutimos a noção de relação com o saber, e seus desdobramentos diante dos saberes do skatismo. Concluímos indicando a capacidade oferecida pelo estudo desta noção, em desenvolver tensionamentos no campo cientifi co, em especial, nas Ciências Sociais e da Educação.
Palavras-chave:Skate.
O trabalho investiga sentidos atribuídos ao futebol, considerando experiências extraescolares e mediações pedagógicas estabelecidas com alunos dos anos iniciais. Os dados indicam que as relações que as crianças estabelecem com o saber e com o aprender engendra elementos anteriores e exteriores às experiências vivenciadas na escola, associadas a família, renda, consumo, mídia, gênero, exclusão, habilidade, prazer, fama, rendimento, saúde, dor, medo, tempo livre e reconhecimento da Educação Física como disciplina escolar. Estes elementos, basilares na relação que as crianças estabelecem com o saber, sugerem a necessidade de colocar suas declarações no centro do planejamento, mediando a produção de novos sentidos para o futebol, na escola e fora dela.
O presente trabalho, de natureza teórica, analisa fragmentos dos escritos de Theodor W. Adorno (1903-1969) e Jean-Paul Sartre (1905-1980) e destaca reflexões para a pesquisa sociológica no campo da Educação, considerando a inflexão que ambos propõem em “direção ao sujeito”. De modo mais específico, realizamos uma leitura de como cada autor refletiu sobre sua própria infância e educação, buscando articular a reflexão autobiográfica que cada um realiza, de diferentes formas, ao núcleo duro de suas concepções teóricas. Ao observarmos como cada autor, na condição de adulto, rememora de forma sistematizada (na filosofia ou na literatura) sua própria infância, refletindo, entre outros aspectos, sobre a condição social de suas famílias e da classe burguesa, a relação com os adultos e com os artefatos (culturais e tecnológicos) de sua época, incluindo a escolarização, podemos também perceber elementos de suas concepções teóricas sobre a subjetividade e de suas análises sobre as vicissitudes do sujeito no contemporâneo. Enquanto que, para Sartre, a infância emerge no âmbito de uma concepção restauradora da narrativa como mediadora da experiência, em um processo, sempre ainda aberto, de transformação da existência, para Adorno, a rememoração sobre sua infância se articula às temáticas da pátria (não como território, mas como humanidade) e da utopia e se coloca como possibilidade de releitura das singularidades das experiências infantis como forma de confrontação e atualização das promessas contidas no passado.
Resumo O presente trabalho versa sobre a presença do saber medicalizante nas escolas públicas municipais de Florianópolis (SC). Ao problematizar a medicalização da educação formal, nos perguntamos sobre as consequências para o (in)sucesso escolar da(o) aluna(o) e a sua função ideológica que tende a ocultar a escola como reprodutora das desigualdades sociais. Demarcada no campo da sociologia da educação, esta pesquisa assume uma perspectiva quanti-quali, partindo do estudo da produção acadêmica relacionada ao fenômeno e das políticas educacionais e de saúde sobre práticas (não) medicalizantes para, em seguida, proceder ao “[...] estudo concreto dos contextos singulares de acção [...]” (SARMENTO, 2011, p. 4), com utilização de procedimentos de base empírica. Neste ensaio pretende-se refletir sobre a problematização do conceito de medicalização como instrumental para a pesquisa, a partir da concepção teórico-metodológica sartreana no campo da sociologia da educação. Por fim, analisamos aspectos da pesquisa sociológica sobre o tema da medicalização, constatando crescente interesse no campo escolar, bem como uma demarcação da abordagem sócio-histórica e relacionada a antipsiquiatria.
ResumoEste trabalho teve como objeto de estudo o investimento pedagógico do professor. Investigamos a trajetória e as práticas de uma professora que trabalha há treze anos na educação básica. Utilizamos a abordagem biográfica e etnográfica, com recurso à entrevista semiestruturada e observações de 24 aulas ministradas pela professora. As categorias sartreanas de projeto e desejo de ser e, também, o conceito de móbile que, segundo a escola soviética, dão sentido à atividade do sujeito, foram utilizados na análise dos dados referentes à sua trajetória e investimento pedagógico. Identificamos as mediações fundamentais na realização do seu projeto e as razões que a incitam a agir, num quadro permanente de adversidades e realizações.
Palavras-chave:Existencialismo. Educação Física. Docente.
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