Nesse texto, nosso objetivo foi o de demonstrar que municípios podem e devem desenvolver ações locais com vistas a garantir a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) de seus munícipes em tempo de pandemia. O processo de descentralização do pacto federativo incentivado pela Constituição Federal de 1988 e o aprendizado institucional derivado da implementação local de políticas federais de SAN ocorrido a partir de meados da década de 2000 ofereceram condições estruturantes para os municípios assumirem maior protagonismo nesta área. Identificamos mecanismos e estratégias intramunicipais e intermunicipais com potencial aplicação direta em outros municípios com perfis similares aos municípios estudados. Tais aplicações podem levar a respostas positivas a iminente crise de SAN intensificada pela COVID-19.
Resumo O objetivo central deste artigo é evidenciar as possibilidades de uso da teoria do organizar de Karl Weick como microfundamento para o institucionalismo organizacional, considerando que essa abordagem da ação se mostra mais adequada do que aquelas predominantes nos estudos institucionalistas. Partindo do pressuposto de que a ação em organizações se orienta por ordens institucionais abrangentes que não estão desconectadas da interação social e dos processos de construção de sentidos, propõe-se a integração entre o institucionalismo organizacional e a teoria do organizar como base para a análise de processos organizativos. Por meio de revisão das denominadas “ondas” da teoria neoinstitucional em organizações, aborda-se a relação entre o organizar, a construção de sentidos e as instituições. Além de apresentar uma síntese da trajetória do institucionalismo organizacional, destacam-se deslocamentos epistemológicos observados no âmbito desse corpo teórico ao longo do tempo. Por fim, apresentam-se as potenciais contribuições do uso da teoria do organizar (WEICK, 1979) como microfundamento teórico adequado para a análise institucional de estratégias e práticas empregadas para a manutenção de organizações.
RESUMO.O Brasil se destaca em nível global por ter implementado políticas com a intenção de promover a agroecologia como paradigma produtivo para a agricultura familiar. No entanto, a eficácia dessas políticas ainda carece de pesquisas e debates que permitam a sua avaliação e a compreensão dos impactos desse processo de institucionalização da agroecologia. Neste artigo, avaliamos e discutimos o apoio à criação de Núcleos de Estudo em Agroecologia (NEAs) em instituições de ensino superior em todo o Brasil. Os NEAs reúnem professores, pesquisadores e estudantes que se engajam em atividades de ensino, pesquisa e extensão em parcerias com camponeses, suas organizações e extensionistas rurais. A hipótese que norteia nossa análise é que o apoio ao estabelecimento dos NEAs permitiu uma redistribuição do poder simbólico dentro das universidades onde eles foram estabelecidos, permitindo que a agroecologia ganhasse maior legitimidade. Com base em um estudo aprofundado de quatro NEAs, os avaliamos na perspectiva de campos sociais em disputa. Nossos achados sugerem que o apoio do Estado aos grupos universitários dedicados à promoção da agroecologia permitiu a construção do que chamamos de espaços agroecológicos, que simbolicamente contestam os paradigmas dominantes nas instituições de ensino, apoiando a constituição dos territórios agroecológicos.
O Brasil se destaca em nível global por ter implementado políticas com a intenção de promover a agroecologia como paradigma produtivo para a agricultura familiar. No entanto, a eficácia dessas políticas ainda carece de pesquisas e debates que permitam a sua avaliação e a compreensão dos impactos desse processo de institucionalização da agroecologia. Neste artigo, avaliamos e discutimos o apoio à criação de Núcleos de Estudo em Agroecologia (NEAs) em instituições de ensino superior em todo o Brasil. Os NEAs reúnem professores, pesquisadores e estudantes que se engajam em atividades de ensino, pesquisa e extensão em parcerias com camponeses, suas organizações e extensionistas rurais. A hipótese que norteia nossa análise é que o apoio ao estabelecimento dos NEAs permitiu uma redistribuição do poder simbólico dentro das universidades onde eles foram estabelecidos, permitindo que a agroecologia ganhasse maior legitimidade. Com base em um estudo aprofundado de quatro NEAs, os avaliamos na perspectiva de campos sociais em disputa. Nossos achados sugerem que o apoio do Estado aos grupos universitários dedicados à promoção da agroecologia permitiu a construção do que chamamos de espaços agroecológicos, que simbolicamente contestam os paradigmas dominantes nas instituições de ensino, apoiando a constituição dos territórios agroecológicos.
Cattle ranching GHG emissions: between political and technical arguments Argumentos técnicos e políticos confrontam-se numa arena global de regulação, que influencia mudanças no setor pecuarista, por exemplo, via novas práticas empresariais e implantação de políticas públicas nacionais susTENTABiLiDADE
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