OBJETIVOS: Avaliar a assistência pré-natal prestada, em relação à sífilis e à infecção pelo HIV, às gestantes atendidas em uma Estratégia Saúde da Família de Ananindeua, estado do Pará, Brasil, em 2015, verificando o perfil das mesmas e a prevalência dessas doenças. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional e transversal, realizado por meio de análise dos prontuários de 41 gestantes que terminaram o pré-natal no ano de 2015. RESULTADOS: As gestantes tinham, em sua maioria, entre 20 e 29 anos de idade (56,10%), eram casadas (78,05%), sem renda própria (92,68%), possuíam o ensino fundamental completo (43,90%), história de partos anteriores (65,85%) e realizaram seis ou mais consultas no pré-natal (73,17%). A maior parte delas realizou, no mínimo, um exame de rastreio para sífilis (97,56%) e HIV (95,12%) durante o pré-natal. Das que realizaram os exames, apenas 31,71% repetiram no primeiro e terceiro trimestre gestacional os exames para sífilis e 29,27% repetiram os exames para HIV, conforme preconiza o Ministério da Saúde. Nenhum caso de sífilis foi identificado e foi encontrada prevalência de infecção pelo HIV de 2,44%. CONCLUSÃO: Fatores como baixa escolaridade, falta de trabalho remunerado e multiparidade mostraram-se relevantes. A baixa adesão aos segundos exames de sífilis e de HIV durante a gestação é preocupante, pois, além de identificar falhas no pré-natal, pode sugerir um aumento na prevalência de infecção pelo HIV na região. É imprescindível melhorar a qualidade do pré-natal no que tange a realização desses exames, visando à prevenção da transmissão vertical dessas doenças.