O experimento proposto neste artigo permite ao professor de Física estabelecer uma metodologia computacional para o estudo de movimentos e, particularmente, do coeficiente de restituição em colisões através do espectro sonoro emitido por impactos sucessivos de uma esfera em uma superfície plana. O método de medida sugerido, além de requerer um equipamento de fácil acesso, propicia adequada precisão, como revelam os dados obtidos, já que a aquisição é realizada através de placas de som de microcomputadores pessoais, com tempos de resolução, hoje, da ordem de 23 mis para taxas de amostragem de até 44 Khz. Utilizamos um software de análise do espectro sonoro que apresenta o sinal na forma de gráfico de freqüência versus tempo, livremente disponível na Internet e com uma ampla disponibilidade de recursos.
Estuda a Festa 13 de Maio da Comunidade Quilombola Dona Juscelina em Muricilândia (TO). Objetivou-se compreender essa tradicional manifestação cultural na construção do território simbólico que os levam a exercerem a territorialidade e como suas tradições são integradas ao território. Faz-se relevante o estudo, trazendo contribuições para as discussões que englobam as relações dos grupos étnicorraciais quilombolas com a natureza e sua apropriação para fins de modos de produção tradicional, assim como o estabelecimento de sua territorialidade ou a luta para alcançá-la, envolvendo relações de poder políticos e econômicos. A pesquisa possui caráter qualitativo, partindo de levantamentos em campo, realizamos revisão conceitual e temática e mobilizamos o método da História Oral. Compreendemos que a Festa 13 de Maio é uma territorialidade imaterial que fundamenta os direitos territoriais da comunidade quilombola em análise, que reivindicam o território concreto, é um elo entre o passado e o presente em que proporciona ao grupo a produção de fronteiras culturais que consolida a identificação como categoria social quilombola. Consideramos que a conservação e reprodução dos traços identitários dão um sentido de continuidade histórico-cultural e simbólica.
Resumo: O presente texto é um relato de experiência vivido na Comunidade Quilombola Dona Juscelina em Muricilãndia-TO, tendo como objetivo apreender os sentidos do espaço vivido referente a preparação da festa 13 de Maio no Festejo da Abolição, antecedendo com a Alvorada da Abolição e culminando na realização do Teatro da Abolição a céu aberto. Esse é um espaço-tempo onde os sujeitos constroem sua identidade quilombola, no fortalecimento das lutas territoriais desta comunidade, num lugar de discurso onde há oposições, Presenças do Outro (LANDOWSKI, 2002, 2015), sentidas no inquietante rito num espaço de discurso político, de provocações que questionam os direitos negados como reflexo da colonialidade. Esses ritos (SEGALEN, 2002) têm na música, na dança, e em objetos, assim como no teatro, elementos que marcam um território (i) material, que reivindicam espaços sociais e a saírem da invisibilidade. O uso, como os quilombolas fazem deste lugar, é o que lhe dá sentido ao lugar (TUAN, 2013). Neste caso é relevante o uso da linguagem (FONTANILLE, 2014), por estes, pois, isto é o que constitui a vida em sociedade. A Festa da Abolição como a principal festa que marca a identidade desta comunidade, possui uma historicidade (DA MATA, 1987), advinda dos ancestrais da matriarca, vivida no espaço do quilombo (RATTS, 2006), no cotidiano, na referência ao contexto dos saberes locais suprimidos pela colonialidade (MIGNOLO, 2003), em tempos de globalização. É relevante evidenciar que uma festa organizada em sua maioria por mulheres e sua representatividade na comunidade, como lideranças que vivem este momento um ato
O estudo das pré-condições da soja no cerrado mato-grossense exige que façamos a revisitação do processo de produção territorial referente à cidade, campo e às redes, elementos estes merecedores de atenção, sobretudo no que se refere à região de Rondonópolis, cujo período de referência é a década de 1970, quando se inicia o modelo econômico da soja, registrando a partir de então, sucessivos incrementos de ordem socioespacial nas organizações infraestruturais e institucionais atrelados às características desse marco histórico. Como pressuposto básico, considera-se que a partir deste período, com a divisão política do Mato Grosso, a cidade de Rondonópolis e sua região foram posicionadas em lugar de destaque, passando a ser a porta de entrada para o Mato Grosso. Em âmbito estadual, este período marcou a reestruturação territorial e urbana no Mato Grosso as quais, aqui definimos como pré-condições para a soja no novo período marcado pela modernização agrária.
RESUMO: Este trabalho, de natureza interdisciplinar, visa inicialmente delinear o que pode representar uma abordagem em semiótica do espaço ao investigar questões relativas ao modo como os sujeitos constroem sentidos para o lugar e, ao mesmo tempo, o modo como o lugar pode ser pensado como um significante. Para isso, põem em diálogo estudos da geografia e da semiótica discursiva, numa análise tanto do espaço propriamente dito – no caso específico, Araguaína (TO), considerando seus traçados e ocupação – quanto dos sentidos que emergem na fala de sujeitos ao remeterem a sua experiência na cidade. Defende que uma reflexão sobre a configuração territorial da cidade deve considerar práticas socioterritoriais compreendidas como o que denominamos “herança resistente”, estabelecida a partir da combinação de três fatores: o sítio urbano, ou a área físico/geográfica onde a cidade foi sendo implantada; as formas como a apropriação ilegal da terra marcou inicialmente o modo de ocupação territorial; e a omissão intencional ou não do Estado local na organização da cidade, conformado como uma espécie de destinador fraco ou mesmo ausente.PALAVRAS-CHAVE: espaço público; espaço privado; lugar; semiótica do espaço. ABSTRACT: This paper, of an interdisciplinary nature, initially aims at delineating what can represent a spatial semiotics approach by investigating issues related to how subjects construct meanings for the place and at the same time how the place can be thought of as a signifier. In order to do so, they put into dialogue studies of geography and discursive semiotics, in an analysis of both the spatial itself - in the specific case, Araguaína (TO), considering its tracings and occupation -, as well as the meanings that emerge in the speech of subjects when referring to their experience in the city. It argues that a reflection on the territorial configuration of the city should consider socio-territorial practices that are included in a kind of "resistant heritage", configured from the combination of three factors: the urban site, or the physical/geographical area where the city was implanted; the ways in which the illegal appropriation of land initially marked the mode of territorial occupation; and the intentional or unintentional omission of the local State in the organization of the city, conformed as a sort of weak or even absent destination.KEYWORDS: public spatial; place; spatial semiotics.
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