A Comunidade Ilha Verde, em Babaçulândia (TO), foi acusada de ocupar a Área de Proteção Ambiental (APA), às vezes tratada como Área de Preservação Permanente (APP), do reservatório da UHE de Estreito (MA). Instalado o conflito entre a comunidade e o consórcio responsável pela UHE, a comunidade utilizou as seguintes estratégias: a visibilização da produção agroecológica, as articulações institucionais e a construção da cartografia participativa. O nosso objetivo é analisar o uso da cartografia participativa durante este processo. Os procedimentos de construção da cartografia participativa foram a formação de pessoas da comunidade e da universidade sobre os usos da cartografia em conflitos ambientais, produção de dados em trabalho de campo, a validação dos mapas produzidos pelas entidades envolvidas, assim como a entrega dos mapas para seu uso na defesa jurídica da comunidade. Pela cartografia foi comprovado que a comunidade produziu alimentos sem agrotóxicos, não ocupou APP, propôs recuperação de áreas degradadas e mesmo assim foi retirada do território por ocupar indevidamente a APA do reservatório. Palavras-chave: Cartografia participativa. Conflitos Socioambientais. Articulações Institucionais.
Este trabalho espacializa a evolução das notificações dos casos de COVID-19 em Araguaína. Também descreve a percepção sobre a pandemia a partir do contexto das relações com as cidades e a malha rodoviária existente na porção norte dos vales dos rios Araguaia e Tocantins, que compreende o norte do estado do Tocantins, o sudeste do estado do Pará e sul do Maranhão. Os dados utilizados para entender a evolução das notificações de COVID-19 foram disponibilizados pelas Secretarias Estaduais de Saúde do Tocantins e Maranhão, assim como pelas prefeituras municipais paraenses devido a incompatibilidade com os números apresentados pelo estado do Pará. Esses dados foram organizados cartograficamente para auxiliar no entendimento de como o contexto espacial dos casos de COVID-19 de Araguaína podem estar conectados com comportamento regional na proliferação do vírus, bem como sua incidência por 100 mil habitantes, apontando que a conexão por meio da malha rodoviária regional e o fluxo social desse território induzem no aumento contínuo dos casos de COVID-19.Outro procedimento que auxiliou na compreensão da relação de Araguaína com este espaço foi a aplicação de questionários relacionado à percepção das pessoas dessas cidades em relação ao COVID-19, onde foi destacado que na porção norte dos vales, o medo é a imagem mental preponderante sobre a pandemia. Esses dois conjuntos de dados ajudam a conhecer as duas dimensões significativa da Pandemia no interior do país.
Durante os finais de semana nos meses de abril a outubro do ano de 2018 na Universidade Federal do Tocantins, campus Araguaína\Cimba, ocorreu as aulas de ciências biológica do cursinho preparatório PADU (Programa de Acesso Democrático a Universidade). A disciplina de ciências biológicas tem como objetivo rever e aprofundar os principais conceitos biológicos cobrado no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e preparar o estudante para que esse consiga chegar nas conclusões necessárias para responder tal questionário. De acordo com toda a complexidade que se tem em relação ao estudo de Ciências Biológicas, parte por sua complexidade e parte, por seus conceitos que fogem a realidade do aluno, as aulas de ciências biológicas pretende diminuir essas barreiras entre estudantes e está ciência. Durante as aulas foi possível observar dificuldade de compreensão de alguns conceitos que são aplicados na disciplina, conceitos quase sempre empregados na paleontologia e geologia, além desse déficit foi possível observa uma grande curiosidade em relação á fosseis e dinossauros. Com essas observações desenvolvemos uma oficina de exposição paleontologia denominada, Expor-Paleo, pertencente ao projeto intitulado Paleontologia a Caminho da Escola; assim seria ministrada aulas de reforço desses conteúdos de forma didática e atrativa com exposição fósseis e maquetes aos alunos. PALAVRAS-CHAVE: PADU. Fósseis. Evolução. Tectônica de Placas.
Estuda a Festa 13 de Maio da Comunidade Quilombola Dona Juscelina em Muricilândia (TO). Objetivou-se compreender essa tradicional manifestação cultural na construção do território simbólico que os levam a exercerem a territorialidade e como suas tradições são integradas ao território. Faz-se relevante o estudo, trazendo contribuições para as discussões que englobam as relações dos grupos étnicorraciais quilombolas com a natureza e sua apropriação para fins de modos de produção tradicional, assim como o estabelecimento de sua territorialidade ou a luta para alcançá-la, envolvendo relações de poder políticos e econômicos. A pesquisa possui caráter qualitativo, partindo de levantamentos em campo, realizamos revisão conceitual e temática e mobilizamos o método da História Oral. Compreendemos que a Festa 13 de Maio é uma territorialidade imaterial que fundamenta os direitos territoriais da comunidade quilombola em análise, que reivindicam o território concreto, é um elo entre o passado e o presente em que proporciona ao grupo a produção de fronteiras culturais que consolida a identificação como categoria social quilombola. Consideramos que a conservação e reprodução dos traços identitários dão um sentido de continuidade histórico-cultural e simbólica.
Este trabalho configura-se como registro e diálogo com uma das maiores lideranças políticas na luta pelo território quilombola do Brasil. Para tanto, recorre às reflexões propostas por Fátima Barros, em um evento acadêmico, cujos saberes de luta política e acadêmicos convergem para uma compreensão dos elementos raciais, de classe, de gênero, entre outros, que consolidam a desigualdade social e limitam o acesso aos direitos civis. Como movimento de documentação, aprendizagem e coparticipação, este texto polifônico materializa-se a partir dos esforços e do diálogo das Coletivas Raimundas. Ouvir e aprender com as lideranças mulheres é entender como essas vozes, muitas vezes fora da lógica de legitimação acadêmica, constituem-se como ponto fundamental para a luta e teorização decolonial.
Resumo: Com a dificuldade de acesso a políticas públicas por parte do quilombo Grotão, além da constante luta pelo território, a CPT Araguaia/Tocantins tem apoiado a comunidade. Dentre as ações que tem ganhado destaque ultimamente é a articulação com entidades que articulam as tecnologias com a inclusão social. No ano de 2019, com o 1 Possui bacharelado em Geografia (UFG), Mestre em Geotecnia (UFG), Doutorado em Geografia (UFG), Professor do curso de licenciatura em Geografia da UFT/Araguaína, coordena o laboratório de Geotecnologias, atua como professor do Programa de Pós-graduação em Estudos de Cultura e Território-PPGCult-e integra o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Saberes e Práticas Agroecológicas-NEUZA.
ResumoO presente trabalho tem como principal objetivo estabelecer diálogos sobre temáticas tais como a historiografia do movimento feminista, a inserção da mulher no contexto acadêmico, bem como os desafios do ser-mulher/ser-cientista, visando uma aproximação entre os temas. As circunstâncias referentes à mulher no meio científico são atravessadas por relações de poder pautadas no gênero, conceito este que se torna de extrema importância na superação do determinismo biológico visto como premissa para o condicionamento da mulher ao mundo privado e ao lugar de submissão e aceitação dessa condição 'natural'. O gênero nos leva ao entendimento que a construção do ser-mulher é fundamentalmente social, dessa forma, ao discutirmos sobre a presença tardia das mulheres no espaço acadêmico, na função de cientistas e produtoras de conhecimento, estamos dialogando sobre uma sociedade patriarcal que sempre delimitou as trajetórias femininas em detrimento da masculina. As desigualdades de gênero na ciência, ainda que hostis às mulheres cientistas, não foram capazes de impedir que expoentes femininas marcadas por questões não somente de gênero, mas também de raça, classe, etnia, persistissem e ocupassem esse espaço historicamente negado.
Resumo: O presente texto é um relato de experiência vivido na Comunidade Quilombola Dona Juscelina em Muricilãndia-TO, tendo como objetivo apreender os sentidos do espaço vivido referente a preparação da festa 13 de Maio no Festejo da Abolição, antecedendo com a Alvorada da Abolição e culminando na realização do Teatro da Abolição a céu aberto. Esse é um espaço-tempo onde os sujeitos constroem sua identidade quilombola, no fortalecimento das lutas territoriais desta comunidade, num lugar de discurso onde há oposições, Presenças do Outro (LANDOWSKI, 2002, 2015), sentidas no inquietante rito num espaço de discurso político, de provocações que questionam os direitos negados como reflexo da colonialidade. Esses ritos (SEGALEN, 2002) têm na música, na dança, e em objetos, assim como no teatro, elementos que marcam um território (i) material, que reivindicam espaços sociais e a saírem da invisibilidade. O uso, como os quilombolas fazem deste lugar, é o que lhe dá sentido ao lugar (TUAN, 2013). Neste caso é relevante o uso da linguagem (FONTANILLE, 2014), por estes, pois, isto é o que constitui a vida em sociedade. A Festa da Abolição como a principal festa que marca a identidade desta comunidade, possui uma historicidade (DA MATA, 1987), advinda dos ancestrais da matriarca, vivida no espaço do quilombo (RATTS, 2006), no cotidiano, na referência ao contexto dos saberes locais suprimidos pela colonialidade (MIGNOLO, 2003), em tempos de globalização. É relevante evidenciar que uma festa organizada em sua maioria por mulheres e sua representatividade na comunidade, como lideranças que vivem este momento um ato
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