Aperfeiçoar a formação de professores de Química, por meio do desenvolvimento de projetos e ações que pudessem fortalecer o campo da prática, e conduzir o licenciando para o exercício reflexivo da relação entre teoria e prática profissional docente, utilizando, para isso, atividades diversas sobre o ensino e a aprendizagem escolar, entre outras didáticas e metodologias, imersos de forma continua, sistematizada, orientada e coordenada, foram os alvos do projeto da residência pedagógica em Química do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de Mato Grosso – Brasil, desenvolvido no período de agosto de 2018 a janeiro de 2020. Neste artigo, apresentamos e dicutimos essa experiência, com foco na transformação da noção de processo formativo, tanto para o licenciando, quanto para a instituição formadora, que se fundamentou na epistemologia da prática para transformar o conhecimento produzido através do estágio supervisionado. A realidade profissional gritou suas necessidades e estas puderam ser tratadas, discutidas, teorizadas, problematizadas a partir do programa da residência. Ao que tudo indica, o sucesso de uma formação inicial exitosa está no ambiente profissional (na escola) e não necessariamente na universidade.
Apresenta-se uma pesquisa que objetiva a avaliação do trajeto percorrido pelos residentes do Programa de Residência Pedagógica em Química da Universidade Federal de Mato Grosso, a partir de um estudo de caso. Busca-se compreender o processo formativo inclinando-se para uma análise sistematizada no desenvolvimento profissional docente em duas dimensões. Primeiro, no residente que experimenta, de forma inicial, à docência, acompanhado, longitudinalmente, por um único preceptor durante todo o estágio. Segundo, na compreensão da formação continuada dos preceptores. A partir do enfrentamento ao contexto imposto pela Pandemia se investiga, entre outros, o uso das tecnologias digitais para o ensino; estudos sobre a BNNC e seu impacto no ensino de Química; uso da experimentação; produção de materiais didáticos e o autoconceito profissional docente. Com a pesquisa em andamento, destaca-se, neste texto, a etapa da seleção dos participantes e a imersão da equipe no primeiro módulo do Programa, a partir do uso das tecnologias digitais, com todos os envolvidos experimentando os ambientes virtuais em meio aos desafios do uso, do acesso e do domínio das tecnologias para o ensino. As trocas, entre residentes e preceptores, apontam para uma nova prática docente, na qual são experimentadas metodologias de ensino mais modernas com o uso das tecnologias.
A temática que propõe um diálogo entre os campos da Ciência e da Religião vem se constituindo como uma alternativa atraente e promissora para o âmbito da formação docente, em especial, no ensino das Ciências. Isso porque, ainda que polêmico e desafiador, os estudos requerem que se considere os pressupostos de cada pessoa no ajuste de sua cosmovisão durante a formação inicial, além de se aprofundar na compreensão da História e da Filosofia da Ciência que apure a epistemologia da natureza da Ciência. Nesta pesquisa, o objetivo foi o de esboçar compreensões iniciais sobre o modelo mental da relação entre Ciência e Religião dos estudantes da primeira equipe da residência pedagógica em Química da Universidade Federal de Mato Grosso - Brasil. Com metodologia qualitativa de viés exploratório e aplicação de questionário, com a resposta de 12 (doze) participantes, destaca-se, de forma preliminar, a crença de que algo divino e sobrenatural deve existir. Todos concordam que é possível ser um cientista sério e, ainda assim, nutrir crenças religiosas e apontam, ainda, que é preciso realizar pesquisas científicas de forma ética e moralmente comprometida com estas crenças. Há uma tendência percebida entre os participantes de pensar a partir do modelo do diálogo – algo que gostariam que ocorresse – em detrimento do modelo do conflito, presente em suas reflexões de cunho acadêmico.
Apresentamos dados parciais de uma pesquisa de avaliação realizada pela coordenação do curso de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Naturais da Universidade Federal de Mato Grosso, junto aos seus egressos. Nesta etapa, foi enviado um questionário por e-mail contendo sete questões relacionadas ao curso e pós-defesa. Buscou-se informações sobre atuação profissional, a relação com a pesquisa, com a publicação, com o produto educacional desenvolvido, bem como os aprendizados na realização do curso. Neste texto, a discussão ocorreu em torno das três primeiras questões. Preliminarmente, conclui-se pela necessidade de aprofundamento epistemológico, bem como organização de espaços-tempos para o aprimoramento do produto educacional. Sua aplicação no âmbito da escola tem sido quase imediata e à continuidade da formação, pois os egressos estão seguindo para o doutorado.
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