Com um título sugestivo - Percursos de um Arq-Vivo: entre arquivos e experiências na pesquisa em História da Educação – a autora reúne artigos que são resultado de sua gestão e intervenção, como historiadora e professora, no Arquivo da Faculdade de Educação da UFRGS, em Porto Alegre. Apresentados em duas partes, os textos abordam a prática arquivística e seus desdobramentos na historiografia do tempo presente e seguem, delicadamente, tratando de vários materiais/documentos ditos ordinários (cadernos, agendas, bilhetes, recortes, anotações variadas) que integram arquivos pessoais de professores e professoras que atuaram na UFRGS e que se dispuseram a deixar seus guardados e, em muitos casos, seus depoimentos orais sob os cuidados desse Arquivo agora dado a ver e aberto a consultas.
SCHOOL MEMORIALS AND TRAINING PROCEDURES TO TEACHING ABSTRACT:In this text, we analized the narrative memories of fourteen students from the Course of Pedagogy, scholarship holders of the Institutional Program of Iniciation to Teaching Scholarships -PIBID. The memorials that compose the book 'Iniciation to Teaching in Pedagogy: memories that count stories' are analyzed in the perspective to understand them as an important part in the formative process of the scholarship holders that integrate the Program, who from the present look into the past and construct memories that disclose their school passages. Rereading the memorials, we also resume each one of them and the meaning they have acquired in the formation of each scholarship holder, highlighting what they collectively represent as important aspects of their life trajectories: childhood, family, school experiences and, finally, the choice for teaching and being a teacher at PIBID.
Resumo O artigo investiga memórias do Colégio de Aplicação (CAp/Ufrgs), instituição de ensino que se constituiu como uma espécie de vanguarda pedagógica na sociedade porto-alegrense. Discute-se a implantação das classes experimentais secundárias, como uma apropriação das Classes Nouvelles francesas. Documentos orais e arquivísticos foram examinados e permitem inferir que o CAp é produto do seu tempo, representa a propagação dos discursos de renovação educacional, sobretudo os estudos de Psicologia que passaram a ocupar espaço relevante nas questões escolares e na formação de professores. As práticas educativas do CAp evidenciam a circularidade cultural entre educadores, especialmente franceses e brasileiros que, por muitos anos, estiveram ligados pelas missões e intercâmbios pedagógicos.
RESUMO Inscrita no campo da História da Educação, o estudo investiga as memórias de cinco mulheres que, na condição de estudantes, habitaram a Casa Estudantil Universitária de Porto Alegre (CEUPA), entre 1974 e 1983. Por meio da metodologia da História Oral, busca-se conhecer quem são elas, as motivações para ingresso na Casa, bem como perceber possíveis marcas do período vivido na instituição em seus processos formativos. Entende-se a CEUPA como instituição educativa, isto é, um lugar que educa os jovens que lá estão, considerando as aprendizagens desenvolvidas que podem transcender os espaços formais de educação. É possível dizer que a presença feminina nesta moradia representa a expressão de luta das mulheres, em décadas pretéritas, para conquistarem outras inserções na sociedade brasileira, através do investimento no ensino superior. Essas narrativas que resistiram ao tempo indicam memórias que comovem, evidenciam percursos que, de certo modo, romperam com modelos femininos vigentes. Entre disputas e afetos, conseguiram ocupar, ainda que timidamente, posições de liderança na Casa. Em meio a cumplicidades, construíram estratégias que lhes permitiram o exercício de autonomia e de solidariedade no espaço de convivência estudantil. A pesquisa toma por inferência o entendimento do tempo que estiveram na residência estudantil como uma experiência sensível nas biografias das moradoras, que produz ressonâncias nos seus itinerários, tendo em vista que, para muitas, foi talvez a única possibilidade de permanência no ensino superior.
O presente estudo investiga narrativas de memórias orais de estudantes acerca de espaços e prédios escolares por eles habitados, no período de 1920 a 1980. Tem-se como principal objetivo a produção de uma espécie de cartografia das sensações sobre os espaços vividos durante a escolarização, identificadas na documentação. A pesquisa privilegiou o exame do conteúdo discursivo das oito entrevistas realizadas, tendo como metodologia a História Oral. A partir das análises das recorrências e dissonâncias nas narrativas, construíram-se duas categorias de análise: “O Antigo e o Novo: relações entre os estudantes e os prédios das escolas”; “Entre a vigilância e a diversão: o espaço escolar como elemento curricular”; Para a pesquisa, os espaços da escolarização adquirem um lugar de destaque na hora de rememorar. E estas lembranças, carregadas de ressignificação, trazem evidências para compreender a arquitetura escolar como agente na construção de sensibilidades estudantis.
R e s u m o : O estudo investiga memórias sobre uma Casa de Estudante, localizada em Porto Alegre, concebendo-a como instituição educativa. Por meio da História Oral, produziram-se entrevistas com antigos moradores, que, em seus itinerários, buscaram formação universitária e vivenciaram a partilha de um espaço comum: a residência estudantil. Procurou-se alcançar dimensões simbólicas que permitissem interpretar significados conferidos a esta experiência de habitação coletiva, analisando especialmente três aspectos: a autogestão; o espaço social ocupado pela Casa; o lugar desta nas narrativas de si. Conclui-se que as Casas de Estudante são organismos vivos, produtoras e transmissoras de culturas, que inscrevem seus moradores num espaço social, ultrapassando assim os limites de uma experiência passageira P a l a v r a s -c h a v e : moradia estudantil, história das instituições educativas, história da educação, história oral. A b s t r a c t :The study investigates memories of a Student House, located in Porto Alegre, understanding this place as an educational institution. By means of Oral History, interviews with former residents were produced; these interviewees, in their itineraries, aimed for university education and lived deeply the experience of sharing a common space: a student residence. This investigation sought to reach symbolic dimensions that would enable the interpretation of meanings atributed to this experience of shared living, specifically analyzing three aspects: self management; the social space related to the House; and the status of these self narratives. It concludes that Student Houses are living organisms, as well as producers and disseminators of cultures, situating its residents in a social space, and thus going beyond the limits of a transitory experience. K e y w o r d s : student residence, history of educational institutions, history of education, oral history. R e s u m e n : El estudio investiga memorias sobre la Casa de Estudiante, localizada en Porto Alegre, concebida como una institución educativa. Por medio de la Historia Oral, se hicieron entrevistas con antiguos residentes, que en su trayectoria, buscaron formación universitaria y vivenciaron la división de un espacio común: la vivienda estudiantil. Se buscó alcanzar dimensiones simbólicas que permitan interpretar significados conferidos a esta experiencia de habitación colectiva, analizando especialmente tres aspectos: la autogestión; el espacio social ocupado por la Casa; el lugar de la vivienda en las narrativas de sí mismo. Se concluyó que las Casas de Estudiantes son organismos vivos, productoras y transmisoras de culturas que ponen sus residentes en un espacio social, ultrapasando los límites de una experiencia pasajera. P a l a b r a s c l a v e : vivienda estudiantil, historia de las instituciones educativas, historia de la educación, historia oral.A moradia estudantil como espaço de formação: memórias sobre a Casa do Estudante Universitário Aparício Cora de Almeida (1963Almeida ( -1981 p. 2 de 25 Rev. Bras. Hist. Educ.,...
O trabalho com esse material ao longo de minha trajetória e o encantamento pelos seguros indícios de vida ali presentes e nunca abandonados acabaram por fazer de mim uma historiadora dessas coisas ditas ordinárias" (CUNHA, 2019, p. 12). É assim que Maria Teresa Santos Cunha anuncia os propósitos do livro de sua autoria e declara suas afinidades historiográficas.
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