Resumo O artigo investiga memórias do Colégio de Aplicação (CAp/Ufrgs), instituição de ensino que se constituiu como uma espécie de vanguarda pedagógica na sociedade porto-alegrense. Discute-se a implantação das classes experimentais secundárias, como uma apropriação das Classes Nouvelles francesas. Documentos orais e arquivísticos foram examinados e permitem inferir que o CAp é produto do seu tempo, representa a propagação dos discursos de renovação educacional, sobretudo os estudos de Psicologia que passaram a ocupar espaço relevante nas questões escolares e na formação de professores. As práticas educativas do CAp evidenciam a circularidade cultural entre educadores, especialmente franceses e brasileiros que, por muitos anos, estiveram ligados pelas missões e intercâmbios pedagógicos.
Resumo: O presente texto propõe-se a tematizar memórias referentes à Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instituição de ensino que, há mais de quatro décadas, é responsável pela formação de professores. A pesquisa se inscreve no campo da História da Educação, em suas interfaces com a História das Instituições Educativas. Privilegiaram-se narrativas de memória oral como documentos e, para além, notícias veiculadas pela imprensa de grande circulação, atas de reuniões, projetos de extensão que, articulados, compõem o corpus empírico desta investigação. Problematizou-se a década de 1980, analisando o processo de guinada empreendido na Faculdade, em suas interfaces com o contexto político vivido no país.
ResumoA pesquisa busca aproximações das memórias de uma instituição de ensino superior, a Faculdade de Educação/UFRGS. Procura compreender como, no presente, os sujeitos professores rememoram o tempo vivido naquela instituição, investigando as marcas que ela deixou. Interessam os significados atribuídos pelos narradores às suas vivências na Faculdade e os modos como compõem suas reminiscências. O estudo insere-se no campo de investigações da História da Educação, sendo esta uma componente da história das práticas culturais e do cotidiano social, e identifica-se com os pressupostos teóricos da História Cultural. A metodologia fundamenta-se na História Oral, trabalhando-se as narrativas de memória como documento. Ao longo das entrevistas com professores, os quarenta anos da Faculdade de Educação foram rememorados de três temas principais que emergiram nas narrativas: as greves das décadas de 1980 e 1990, a importância da Faculdade como espaço de constituição da identidade docente e, entre os mais antigos servidores, as lembranças da época da ditadura militar vividas no cenário da Universidade, temática que aqui nos propomos a analisar. Portanto, neste estudo, refletimos acerca das implicações da ditadura militar na constituição e no cotidiano da Faculdade da Educação, nos anos 1970 e início dos anos 1980, investigando os processos identitários da Faculdade de Educação que se constitui enquanto importante espaço de formação docente no Rio Grande do Sul. Tomamos como fontes da pesquisa entrevistas realizadas com docentes da FACED, entrevistas publicadas em periódicos e um documentário produzido por ocasião dos trinta e cinco anos da Faculdade de Educação.Palavras-chave: Memórias docentes. História da educação. História das instituições educativas.
Este trabalho é produto da pesquisa Escritos de alunos: memórias de culturas juvenis (1940-1960), que toma como objeto de investigação os periódicos produzidos por alunos de diferentes instituições escolares de Porto Alegre/RS. O estudo vincula-se aos pressupostos teóricos da História Cultural e inscreve-se no campo da História da Educação em suas interfaces com a Imprensa Escolar e a História das Instituições Educacionais. O foco da análise foi perceber as marcas deixadas pelos jovens no periódico Colunas, anuário produzido pelo Instituto Porto Alegre/IPA, procurando distinguir indícios de saberes e práticas escolares que evidenciam as identidades daqueles sujeitos. A estratégia metodológica utilizada foi o exame da materialidade e dos discursos difundidos em textos e imagens ao longo de doze edições. Percebe-se que, embora o IPA estimulasse um certo protagonismo estudantil na edição do Colunas, mimetizavam o formato estético e discursivo dos yearbook’s norte-americanos. O caráter institucional do periódico não impediu que as vozes dos alunos ecoassem nas páginas do anuário. Em meio à profusão de fotografias e notícias do colégio, eles se fazem notar, especialmente nos textos biográficos dos colegas, nas montagens fotográficas e nas charges. Essas são marcas dos discentes, talvez pouco perceptíveis em um primeiro olhar, mas que se revelam na observação atenta desta fonte importante para a História da Educação.
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