Caracterização química de frutos nativos do cerrado RESUMO
básico apresentam maior percentual de pobreza e, consequentemente, graves deficiências nutricionais, que poderiam ser minimizadas pela utilização de subprodutos do arroz, como o farelo. No Brasil, o número de pessoas subnutridas, de 2001 a 2003, ultrapassou 14 milhões, aproximadamente 8% da população (FAOSTAT 2006).
O arroz é o segundo cereal de maior consumo no mundo, sendo a produção mundial estimada em 661,3 milhões de toneladas, em 2008. O farelo, resultante do beneficiamento do grão, para obtenção do arroz polido ou parboilizado polido, possui quantidades significativas de carboidratos, proteínas, lipídios, fibras insolúveis, vitaminas e minerais. Este trabalho teve por objetivo avaliar algumas características físico-químicas e microbiológicas do farelo de arroz cru (FAC), do farelo cru submetido à extrusão (FAE) e do obtido após o processo de parboilização do arroz (FAP). Todas as análises foram realizadas conforme métodos recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária Brasileira e International Association of Official Analytical Chemists. O FAP apresentou maior teor de proteínas (17,17 g 100 g-1), lipídios (36,03 g 100 g-1), fibra alimentar (34,06 g 100 g-1), cálcio (99,45 mg 100 g-1), zinco (15,58 mg 100 g-1), cobre (1,45 g 100 g-1) e manganês (17,81 g 100 g-1) e menor teor de carboidratos (5,73 g 100 g-1), cinzas (7,01 g 100 g-1), potássio (507,55 mg 100 g-1) e ferro (6,83 mg 100 g-1). Em todos os farelos, foi detectada presença de Aspergillus sp., sendo que o FAE apresentou o menor número de colônias. Todos os farelos apresentaram padrões microbiológicos aceitáveis, para coliformes a 45ºC e Bacillus cereus, e ausência de Salmonela sp., conforme legislação brasileira. FAC, FAE e FAP possuem alto valor nutritivo, sendo fontes de proteínas, lipídios, fibra alimentar e minerais.
O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma recomendação para o descascamento químico do pequi e caracterizar a farinha de casca de frutos de pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.). A tecnologia desenvolvida para a obtenção da Farinha de Casca de Pequi (FCP) incluiu a remoção do epicarpo do fruto em solução de NaOH. Empregou-se a metodologia de superfície de resposta para otimização do descascamento químico utilizando-se o modelo central composto rotacional com onze ensaios, incluindo três repetições no ponto central, variando-se a concentração de NaOH e o tempo de imersão do fruto na solução e avaliando-se a perda de massa por meio de análise de variância e gráficos bi e tridimensionais. Para a FCP, determinaram-se umidade, cinzas, proteínas, lipídios, carboidratos totais, fibra alimentar e alguns minerais A combinação mais adequada para a eficiente remoção do epicarpo do pequi e menor perda de massa foi de 7,05 minutos de imersão em solução com concentração de NaOH de 5,08 g.L -1 . Verificou-se que a FCP é um alimento rico em fibra alimentar, carboidratos, cinzas, magnésio, cálcio, manganês e cobre, mas pobre em lipídios, zinco e ferro. Palavras-chave: desenvolvimento de produto; aproveitamento de resíduos; Caryocar brasiliense Camb.; fibra alimentar.
ResumoO objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade física e sensorial de pães de forma elaborados com diferentes níveis de substituição de farinha de trigo (FT) por farelo de arroz torrado (FAT). Determinouse a composição centesimal, incluindo os teores de fibra alimentar solúvel, insolúvel e total do FAT. Utilizou-se delineamento inteiramente casualisado, com cinco tratamentos (0,0%, 7,5%, 15,0%, 22,5% e 30,0% de substituição de FT por FAT) em três repetições. Foram avaliados a cor e os escores do teste de panificação de cada tratamento. No tratamento com FAT que obteve o maior escore total no teste de panificação, foram realizadas análises microbiológicas. Ocorreram escurecimento e diminuição do volume específico gradativo dos pães à medida que se adicionou maior quantidade de FAT, devido ao elevado teor de fibra alimentar total do FAT (29,2%), que aumentou a retenção de umidade no produto final. Entre os tratamentos com FAT, o pão com 7,5% de substituição de FT por FAT obteve o maior escore no teste de panificação (83,5), somente diferindo (P<0,05) do tratamento controle em relação ao volume específico e escore total, estando adequado em relação aos padrões legais de Salmonella sp, coliforme total e de bolores e leveduras, podendo ser recomendado para comercialização. Palavras-chave: Oryza sativa L., subproduto, desenvolvimento de produtos AbstractThe aim of this work was to evaluate the physical and sensory quality of form breads type formulated with different levels of substitution of wheat flour (FT) by toasted rice bran (FAT). It was determined the centesimal composition, including the soluble and insoluble dietary fiber contents. It was applied whole randomized design with five treatments (0.0%, 7.5%, 15.0%, 22.5% and 30.0% of FAT in substitution to FT) and three repetitions. The color and the breadmaking test scores were evaluated for each treatment. Microbiological analyses were done to the treatment with FAT which reached the highest total score. The higher substitution level of FT by FAT, darker and lower specific volume of breads, because of the high level of dietary fiber content of FAT (29,2%), what increased the moisture retention in the final product. Among the treatments containing FAT, the bread with 7.5% of FAT had the highest score at the breadmaking test (83.5), which differed (P<0.05) from control treatment only for specific volume and total score parameters, presenting an adequate profile for Salmonella sp, total coliforms, moldiness and yeast in relation to legislation limits, and so it can be recommended for commercialization.
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