ResumoA legislação brasileira determina que todas as crianças devem ter acesso à escola comum, incluindo sujeitos com transtornos do espectro do autismo (TEA). Embora um corpo substancial de pesquisas descreva os benefícios derivados da inclusão dessas pessoas, o tema ainda permanece controverso, principalmente quanto à possibilidade das escolas oferecerem respostas adequadas às necessidades de crianças com TEA. O presente artigo tem por objetivo identificar o que as produções científicas nacionais, publicadas entre 2008 e 2013, têm revelado sobre a inclusão de pessoas com TEA no Brasil. Os resultados mostram que a presença desses educandos, em escolas regulares, aumentou de forma expressiva após a popularização do paradigma da inclusão. Por outro lado, observa-se que o desconhecimento sobre a síndrome e a carência de estratégias pedagógicas específicas pode acarretar poucos efeitos na aprendizagem desta população.Palavras-chave: Transtorno do Espectro do Autismo; Inclusão; Revisão descritiva.
The effects of a parent-implemented naturalistic intervention on the communication skills of a 4-year-old boy with autism using an alternative and augmentative communication (AAC) system were investigated. The child's mother was taught to use 4 naturalistic teaching strategies that incorporated a picture communication system during 2 typical home routines. Generalisation probes to assess the caregiver's use of the intervention techniques and generalisation of the child's communication outcomes were conducted in 2 similar interactions. A multiple baseline design was used to evaluate the effects of the intervention. Data indicated an increase in the use of 2 caregiver-teaching strategies across two routines following treatment. No consistent changes were observed in the use of the other caregiver strategies across the routines. An increase in the child's frequency of initiations and responses and the use of the communication system also were observed.
ResumoO presente artigo tem como objetivos pontuar fatores que contribuem para a dissociação entre teoria e prática educacional, além de enumerar as estratégias para a sua reunificação. O texto trata do efeito devastador dessa ruptura conceitual, que se constitui em eterno dilema entre pesquisadores, professores e gestores da área educacional. Nesse cenário, por conta da ausência de um canal de comunicação entre a Ciência e as práticas pedagógicas correntes, os resultados de pesquisa registram o seguinte: a) a ocorrência de sentimentos de ameaça à credibilidade da Educação como profissão; b) a possibilidade de os cientistas inadvertidamente delinearem modelos conceituais distanciados da realidade das salas de aula; e c) o risco de os responsáveis pela formulação de políticas públicas passarem a defender práticas educacionais que se mostram ineficazes na atualidade. Assim, o artigo aborda diretrizes para a reunificação dos conceitos teoria e prática educacional, destacando-se: a) a formação profissional do professor-pesquisador; b) a participação do pesquisador no cotidiano da escola; e c) o trabalho colaborativo entre o pesquisador acadêmico e o professor da sala de aula. Por fim, são apresentados dois programas educacionais norte-americanos que, com sucesso, conseguiram associar a pesquisa acadêmica à prática escolar, tendo como suporte um modelo desenvolvimentista de trabalho.
Palavras-chaveFormação de professores -Professor-pesquisador -Teoria e prática.
RESUMO: dois objetivos são identificados no presente artigo: (a) contrastar o processo de desenvolvimento da leitura em pessoas com desenvolvimento típico e Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e (b) relatar os resultados de um estudo de revisão de pesquisas, publicadas em periódicos científicos, no período 2009-2015, sobre práticas interventivas em leitura, utilizadas no atendimento de indivíduos com TEA. Os resultados das pesquisas revelam que esses indivíduos, tipicamente, evidenciam déficits no processo de aquisição de competências em leitura. Assinale-se que os prejuízos na integração de informações, para fins de compreensão textual é prevalente, sendo apontado como um dos fatores críticos a serem tratados. Os problemas de leitura identificados nessa população podem, no entanto, ser remediados por meio de adaptações de estratégias empregadas com educandos com desenvolvimento típico. O artigo discute, por fim, a escassez de estudos nacionais que abordam essa temática e a carência de políticas educacionais que prezem pela adoção de modelos interventivos respaldados em pesquisas científicas.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Especial. Transtorno do Espectro do Autismo. Leitura. Metodologia do Ensino.ABSTRACT: Two objectives were identified in this article: (a) to contrast the reading development process in people with typical development and Autism Spectrum Disorder (ASD) and (b) to report the results of a review study focused on interventional practices published in scientific journals between 2009 and 2015. The results showed that individuals with ASD typically show deficits in reading development. Failure to integrate written information for textual understanding is prevalent and considerate a critical factor to be addressed. Reading problems identified in this population may, however, be remedied by adapting strategies commonly used with typically developing peers. The article further discusses the limited number of published national studies that address this issue and the lack of educational policies that support the use scientifically based practices.
Foram analisadas as características metodológicas de 56 artigos científicos focados no tema Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA), para educandos com espectro do autismo. Esses artigos foram produzidos no período 1980-2007; 18 versaram sobre o uso de sistemas manuais e língua de sinais; 26 empregaram sistemas pictográficos de comunicação; 9 utilizaram sistemas assistidos com acionadores de voz e 3 utilizaram sistemas híbridos, contendo mais de uma modalidade de CAA. Com base nos resultados desta análise preliminar, a proposta foi direcionada para a identificação das melhores práticas adotadas pelos programas de intervenção para esta população. Os resultados da análise das características metodológicas dos artigos revisados sustenta a predominância de delineamentos experimentais e quase-experimentais do tipo intrassujeitos, o que corrobora a escassez de pesquisas de grupo em população de autistas. Os estudos envolveram, predominantemente, número reduzido de participantes, selecionados de forma incidental. Metade das pesquisas revisadas descreve, claramente, medidas de generalização de comportamentos, para ambientes naturais ou sustentabilidade de respostas após a intervenção. Foram escassos os estudos avaliativos do grau de satisfação dos participantes no que se refere aos efeitos produzidos pela intervenção. Nesta revisão foram identificadas as melhores práticas no atendimento da população autista, tendo como fundamento a validade interna, a validade externa e a validade social das intervenções. Indicações de diretrizes válidas e confiáveis foram apontadas no sentido de favorecerem o desenvolvimento de projetos científicos sobre o tema.
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