ResuMo objetivo: O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática para identificar os transtornos mais prevalentes na infância e adolescência e possíveis fatores associados. Mé-todos: Várias bases eletrônicas de dados foram pesquisadas. Foram considerados critérios de inclusão: estudos epidemiológicos de base populacional; observacionais; com instrumentos validados; publicados em inglês, espanhol ou português; e que obtiveram pontuação acima de 12 pontos conforme critérios metodológi cos do Checklist for Measuring Quality. Resultados: Os transtornos mais frequentes encontrados pelos estudos, respectivamente, foram: depressão, transtornos de ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno por uso de substâncias e transtorno de conduta. Fatores que mais se mostraram associados aos diferentes transtornos foram: fatores biológicos, fatores genéticos e fatores ambientais. Conclusão: O conhecimento desses transtornos e seus potenciais fatores de risco trazem a possibilidade de desenvolvimento de programas de intervenção focados em prevenir ou atenuar os efeitos destes. aBstRaCt objective: The objective of this study was to conduct a systematic review to identify the most prevalent disorders in childhood and adolescence and associated factors. Methods: Several electronic databases were searched. Inclusion criteria were: population-based epidemiological studies; observational; with validated instruments; published in English, Spanish or Portuguese; and who achieved a score above 12 points as the methodological criteria Checklist for Measuring Quality. Results: The most frequent disorders found by studies, respectively, were: depression, anxiety disorder, attention deficit hyperactivity disorder (ADHD), substance use disorder and conduct disorder. Factors that were associated with different disorders were biological factors, genetic factors and environmental factors. Conclusion: The knowledge of these disorders and their potential risk factors bring the possibility of developing intervention programs focused on prevent or attenuate their effects.
A ausência de apoio social e outros fatores podem tornar gestantes mais suscetíveis à ocorrência de transtornos mentais como a depressão. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre apoio social percebido e prevalência de depressão em gestantes atendidas em uma unidade básica de saúde de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Participaram dele 100 gestantes, das quais foram verificadas as características sociodemográficas, condições médicas/obstétricas, eventos estressantes e apoio social. A depressão foi avaliada pela Composite International Diagnostic Interview. A prevalência da depressão na gravidez foi 18% (IC95% 12,2-23,8), sendo os fatores associados na análise final: estar solteira, desempregada, possuir história anterior de depressão e tabagismo. Houve relação entre a falta de apoio social e a depressão na análise inicial (p<0,05). A ausência de apoio de informação e interação durante o período pré-natal, e sua associação inicial com a depressão, evidencia a fragilidade do serviço de saúde no atendimento integral às gestantes. Nossos resultados demonstram que intervenções psicossociais e políticas sociais deveriam ser implementadas para esta população.
Resumo Introdução Após a reforma da assistência psiquiátrica, a família passou a ser parte integrante do processo de avaliação dos serviços de saúde mental. Nesse contexto, uma das medidas mais utilizadas para a avaliação do serviço é a satisfação. O presente estudo teve como objetivo a avaliação de um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) e sua relação com aspectos sociodemográficos e psicossociais entre familiares de pacientes desse serviço. Métodos Estudo epidemiológico seccional que utilizou: questionário sociodemográfico, escala de eventos de vida estressantes, de qualidade de vida, de sobrecarga, de apoio social e de estratégias de enfrentamento. Resultados Foram entrevistados 102 familiares, cuja média de satisfação global com o serviço foi de 3,9 (dp=0,6). Fatores relacionados à satisfação foram: resultados do tratamento, acolhida e competência do serviço, privacidade e confidencialidade do serviço, diagnóstico de autismo do paciente, ser familiar do sexo feminino, menor sobrecarga, melhor qualidade de vida nos aspectos físico, psicológico e ambiental, maior apoio material e maior utilização de estratégias de enfrentamento focalizadas no problema. Conclusão A identificação de fatores que influenciem a satisfação dos familiares com o serviço pode ser de grande auxílio para a construção de serviços mais adequados a essas famílias e pacientes.
OBJETIVO: Descrever a associação entre depressão durante a gestação e os efeitos no recém-nascido (baixo peso ao nascer e prematuridade). MÉTODOS: Foi realizado um estudo de coorte, com 100 gestantes atendidas entre março e setembro de 2011 em uma unidade de atenção básica de saúde de Nova Iguaçu. As gestantes responderam sobre características sociodemográficas, condições médicas/obstétricas, eventos estressantes e apoio social. A depressão foi avaliada por meio do Composite International Diagnostic Interview (CIDI). Após o período do pós-parto, as mães responderam às questões sobre baixo peso e prematuridade ao nascer. RESULTADOS: A prevalência da depressão na gravidez foi de 18% (IC95%: 12,2-23,8). Fatores associados com desfecho neonatal foram depressão gestacional (OR: 6,60 IC: 1,51-28,91) e uso de álcool (OR: 8,75 IC: 1,10-69,71). CONCLUSÃO: As implicações do presente estudo para a prática enfatizam a necessidade de triagem para depressão durante a gestação.
Introdução: A avaliação dos familiares sobre a satisfação com os serviços de saúde mental para crianças e adolescentes pode ser particularmente útil, pois tais serviços são os principais provedores de cuidados, o que afeta os resultados do tratamento. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão sistemática sobre a satisfação entre familiares com os serviços de saúde mental infantojuvenil, assim como analisar os fatores associados. Métodos:Busca de artigos publicados nas bases de dados PubMed/MEDLINE, ScienceDirect, Web of Science, CAPES Periódicos, LILACS/BIREME, Scopus e PsycINFO entre 1994 e 2014. Foram considerados critérios de inclusão: estudos epidemiológicos observacionais; com instrumentos validados; publicados em inglês, espanhol ou português; e que obtiveram pontuação acima de 12 pontos conforme critérios metodológicos do Checklist for Measuring Quality. Resultados: Em todos os estudos, os familiares estavam satisfeitos com os serviços de atendimento. Os principais fatores associados foram: menor gravidade dos sintomas, maior idade do paciente, maior frequência no serviço e diagnóstico de retardo mental, qualidade no atendimento individual, presença de atendimento familiar, menor nível educacional e cor branca dos familiares. Conclusão: Programas de assistência devem ficar atentos às medidas de satisfação, destacando a necessidade da integração da assistência em saúde mental com o familiar. O conhecimento dessa temática torna-se fundamental para a implantação de melhorias nos programas assistenciais.
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