Resumo A pandemia da Covid-19 afetou de forma significativa o modo como nos relacionamos com o mundo ao nosso redor, demandando um conjunto novo de comportamentos, conhecimentos e habilidades que nos habilitem lidar com essa situação. A psicologia, enquanto ciência e profissão, está em posição de contribuir de maneira decisiva com a sociedade para que possamos enfrentar esse desafio. Entretanto, ainda precisamos conhecer um pouco mais sobre como o psicólogo organizacional e do trabalho lida com esse tipo de situação. Desenvolvemos um estudo de casos múltiplos, analisando a experiência de três psicólogos que ocupam o cargo de gestores de recursos humanos em diferentes organizações de trabalho. Os dados foram coletados a partir do uso de diários e entrevistas qualitativas. Tomamos como base o referencial de transição de Schlossberg (1984), que se volta à compreensão de processos adaptativos em situações de mudança, a fim de analisar a forma como esses profissionais estão lidando como este momento de crise. Foi possível identificar os principais gatilhos que dão início ao processo de transição, bem como alguns dos recursos usados pelos profissionais de psicologia organizacional e do trabalho (POT) para melhor lidar com a situação. Essa abordagem permitiu perceber que, ao longo do período estudado, os profissionais enfrentaram diferentes transições e que a interação entre recursos pessoais e organizacionais é capaz de estabelecer um maior controle sobre o processo. Os achados sugerem que, em situação de crise, a busca por conhecimentos científicos é uma das principais estratégias usadas pelos psicólogos de POT, reforçando o duplo estatuto de ciência e profissão de nossa área.
Resumo O objetivo da presente pesquisa foi avaliar o poder preditivo dos fatores do desenho do trabalho sobre a percepção que pares e gestores têm em relação ao desempenho das pessoas com deficiência. A amostra foi composta por 72 funcionários (entre docentes e técnicos administrativos) de uma universidade pública federal que responderam ao Questionário Sociodemográfico, ao Work Design Questionnaire (WDQ) e ao Inventário de Percepção do Desempenho no Ambiente de Trabalho. Além disso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 20 funcionários. Verificou-se que a autonomia na planificação da tarefa, variedade de tarefas, identificação da tarefa e as demandas físicas justificam 40% das variações na percepção acerca do desempenho das pessoas com deficiência no contexto investigado. Esses resultados indicam que o desenho do trabalho tem um papel essencial na percepção do desempenho das pessoas com deficiência, visto que amplia as evidências empíricas existentes sobre as possibilidades de atuação desses indivíduos, corroborando assim para um mercado de trabalho mais inclusivo.
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