A integração ensino-serviço na formação de enfermeiros e médicos: a experiência da FAMEMA
Pesquisa qualitativa com o objetivo de identificar as contribuições, limites e sugestões indicados para o aperfeiçoamento da integração ensino-serviço entre a Faculdade de Medicina de Marília e a Secretaria Municipal de Saúde de Marília, para a formação de enfermeiros e médicos. Realizada com base nas narrativas de docentes, estudantes e profissionais dos serviços, a análise pautou-se no método hermenêutico-dialético. Verificou-se que a integração ensino-serviço possibilita a inserção precoce do estudante no mundo do trabalho, a construção do conhecimento pautado na prática, a troca de informação com os profissionais dos serviços e a ampliação das ações junto à coletividade. Como limite, foi identificada a falta de reconhecimento do papel do estudante, falta de suporte da gestão e indefinição de papéis da academia e do serviço. Sugerem-se ampliação da inserção do professor colaborador nas atividades acadêmicas, melhorias na gestão da Atenção Básica e revisão do contrato de parceria, como parte da necessidade de corresponsabilização nos processos de ensino-serviço.
This study aims to get to know the life project of a group of adolescents at a Basic Health Unit in Marilia-SP. A qualitative research was carried out through semi-structured interviews and group meetings, using the educational group technique with participant observation from the focus of Paulo Freire's theory. Throughout group discussions, three questions arose: what is being an adolescent; what is being healthy and what is the adolescent's life project. These themes were analyzed from the focus of Minayo. The analysis indicated that the adolescents have a life project, in spite of the characteristic difficulties of the socioeconomic conditions they belong to, a fact they perceive. The practice of Freire's ideals enhanced dialogue between the researcher and the group, pointing out that this is one way for a true critical reflection of the identified problems, providing adolescents with a means for making others aware and fighting for their life project.
A visita domiciliária (VD) é considerada uma importante tecnologia para a compreensão e para o cuidado às necessidades de saúde da população. Decorre daí a demanda de sua prática nos processos de formação de profissionais da saúde. Este estudo se propõe a analisar a ótica dos usuários de unidades de saúde da família sobre as VDs realizadas por estudantes das séries iniciais de medicina e de enfermagem. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, que utiliza, para coleta de dados, a entrevista semiestruturada realizada com usuários que receberam visitas dos estudantes de Enfermagem e de Medicina da Faculdade de Medicina de Marília. Para análise dos dados utiliza-se o método de interpretação de sentidos baseado na perspectiva hermenêutico-dialética. Os usuários apontam como positivo o fato de que a atuação dos estudantes vai além do cuidado com um corpo biológico, evidenciando a importância das relações interpessoais no contexto da atenção à saúde. Como limitação da VD, os usuários indicam a necessidade de sua maior organização e planejamento. Depreende-se que a VD amplia a interatividade entre o serviço de saúde e o usuário e se desenvolve conforme os princípios da humanização. No entanto, deve-se atentar à importância de um contínuo aperfeiçoamento no planejamento e na implementação das visitas domiciliárias.
ResumoNo presente estudo, as autoras descrevem a experiência de ensino aprendizagem da segunda série do Curso de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Marília, o qual é estruturado de forma interdisciplinar e implementado de acordo com a metodologia problematizadora desde 1998, onde se busca articular os conteúdos, teoria/prática e ensino/ serviço, num processo de reconstrução contínua, retroalimentado pela avaliação, o que é considerado como um avanço, mas também colocam-se alguns desafios. IntroduçãoNas últimas décadas, o mundo todo vem sofrendo profundas mudanças nos aspectos econômico, político, social e cultural, as quais ampliaram as desigualdades econômicas com conseqüências sociais visíveis.Diante desse contexto, na área da saúde, busca-se a efetivação dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) visando o acesso universal, a qualidade e humanização na atenção à saúde com controle social. Tal necessidade demanda uma reorganização na formação e capacitação de recursos humanos para atuar de forma que atenda às reais necessidades da população.A 11ª Conferência Nacional de Saúde aponta para o papel das universidades na formação, requalificação e qualificação profissional, propondo, entre outras necessidades, a revisão das estruturas curriculares pautada na política, legislação e trabalho no SUS, de forma articulada com os seguimentos de controle social possibilitando a reorganização da prática, rotina e modelos de atenção à saúde (1) .Para a enfermagem brasileira, a transição no sistema de saúde abre novas oportunidades para o surgimento de um profissional com mais autonomia e maior poder técnico, administrativo e político na gestão de sistemas municipais de saúde e necessita apropriar-se de novas tecnologias (2) .As Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação em Enfermagem, aprovado pela Portaria n. 1518 de 14.06.2000 (3) , prevêm que a construção do Projeto Político Pedagógico contribua para formação de profissionais com conhecimento de novas ferramentas que possibilitem a atuação com a vida e com a sociedade, subentendendo ruptura com o modelo de divisão social, modelos tecnicistas de ensino e a aquisição de habilidades voltadas para a realização de procedimentos especializados (4) .Lima e Ribeiro (4) apontam o desafio na construção de novos modelos pedagógicos para a formação de profissionais no campo da saúde, frente às necessidades da sociedade atual, que consiste em fazer acontecer na escola o que esperamos suceder fora dela, nos espaços de promoção e de provisão de cuidados à saúde.Em resposta a uma política nacional e institucional, os docentes do Curso de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA) deram início, em 1993, a um processo de revisão do currículo e da proposta pedagógica adotada. Objetivava-se com isso implementar um modelo de educação para os profissionais de saúde alicerçado nos sistemas locais, com a finalidade de construir um modelo formador de recursos humanos em saúde que atendesse aos perfis epidemiológicos, em parceria com os serviços e com a participaç...
Introdução: É inquestionável a importância do aleitamento materno. Seus benefícios abrangem o lactente, a nutriz, a família e a sociedade. A Organização Mundial de Saúde preconiza o aleitamento exclusivo até os seis meses de idade, o qual pode ser comprometido por alguns motivos, dentre eles o uso de medicamentos. Objetivo: Caracterizar os medicamentos utilizados por nutrizes, no que se refere a: categorias de risco; locais e responsáveis pela prescrição médica e orientações recebidas. Método: estudo transversal, retrospectivo, quantitativo. Os dados foram coletados na Estratégia de Saúde da Família (ESF) com 161 nutrizes nos anos de 2012 e 2013, por meio de questionário estruturado, contendo informações sobre o uso de medicamentos durante a lactação. Os dados foram apresentados em frequências absolutas e relativas, e comparados às variáveis selecionadas no estudo para verificação da existência de associação, utilizando-se o Teste do Qui-quadrado. Resultados: 55,9% das entrevistadas referiram uso de medicamentos, predominando os que atuam no Sistema hormonal, seguidos dos de uso sistêmico e cardivascular. O clínico geral foi o que mais prescreveu, seguido do ginecologista, na ESF. 64,4% das entrevistadas receberam algum tipo de orientação. A análise estatística demonstrou associação positiva entre categoria de risco e as variáveis especialidade médica (p=0,03) e local de atendimento (p=0,001). Conclusão: A classe de medicamento mais utilizada foi a dos anticoncepcionais. Todo medicamento classificado como contra indicado foi prescrito, na Atenção Primária, pelo clínico geral. Sendo assim, destaca-se a necessidade de profissionais qualificados em toda rede de atenção à saúde.
Esta pesquisa, fundamentada na Teoria das Representações Sociais, objetivou caracterizar a representação social das mães sobre o significado do aleitamento materno e sobre os motivos de sua interrupção. Participaram 40 mães que estavam que já tinham amamentado, usuárias do serviço público de saúde em 2014. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas, e analisados pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Da pergunta sobre o significado do aleitamento materno, resultaram quatro ideias centrais: previne doenças; promove saúde e crescimento da criança; desenvolve vínculo e amor e provoca desconfortos. As cinco ideias centrais sobre os motivos que as levaram a interromper a amamentação foram: culpa do bebê; leite secou; leite fraco; problemas nas mamas e retorno ao trabalho. Os resultados apontaram o significado da amamentação e os motivos da interrupção do aleitamento materno para as nutrizes e evidenciaram a importância da orientação e acompanhamento desde o pré-natal até a lactação na Rede de Atenção à Saúde.
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