O livro “No Enxame: perspectivas do digital”, de Byung-Chul Han, apresenta a visão ensaística do filósofo sobre as interações entre sujeitos, mediadas pelos ambientes digitais. Respeito e poder, identidade, predomínio da imagem, excesso de informação e apagamentos ontológicos são alguns dos aspectos tratados. Assim, é possível delinear convergências tanto com as propostas de mediação, quanto de midiatização na Comunicação, que envolvem também o consumo. Dentre essas destacam-se a psicopolítica, a interação humano e não humano, assim como as competências do pesquisador.
Diferentes expressões comunicacionais em mediação com o consumo cultural dos sujeitos são apresentadas pelo carnaval, em um deslocamento na cidade de São Paulo para a ocupação das ruas pelos jovens. Aqui, consideramos os memes em uma proposta ampliada entre a comunicação digital e as vivências urbanas. Assim, este artigo objetiva analisar as manifestações meméticas dos megablocos do carnaval de rua de São Paulo, presentes tanto em suas mídias sociais, quanto nas derivações colocadas em circulação pelos consumidores a partir das marcações (hashtags) com os nomes dos blocos e em suas performances durante as saídas no carnaval de 2019. Para tanto, foram estudados seis casos, que possuíam perfis próprios nas mídias sociais, por meio de análise de conteúdo e análise semiótica peirciana, orientadas à comunicação e consumo. Dentre os resultados, além da forte presença das marcas patrocinadoras dos segmentos de bebidas, alimentos e vestuário e os temas ligados à política e à crítica social, destacam-se a presença de memes marcários expressos por meio de personagens, celebridades, transgressões de gênero e nudez. Cada uma dessas categorias foi articulada com o referencial teórico para aprofundar as relações entre sujeitos consumidores e carnaval.
O futebol é um dos traços culturais do Brasil, amplamente divulgado, capaz de mobilizar diferentes temáticas em sua condição midiatizada. Este artigo objetiva explorar a constituição da identidade cultural pautada pelo futebol brasileiro midiatizado e as decorrentes expressões comunicativas de reconhecimento. Para tanto, realiza um percurso inicial a partir de múltiplos casos, envolvendo racismo, machismo e homofobia. O exame do corpus é realizado por meio de análise de conteúdo e do discurso. Como resultados destacam-se a presença de iniciativas independentes em causas, além das categorias de degradação ou ofensa e retomada histórica nas mensagens com menções de perfis pessoais. A análise de discurso evidencia como se constituem as identidades no interdiscurso nas mediações e midiatização do futebol.
O cenário de desconfiança nas instituições tradicionais como caminho para a satisfação de demandas sociais e a incursão de marcas e do público jovem em causas levaram à proposição deste artigo, em que a interação entre instituição e sujeito é realizada por meio da publicidade de causa. Para tanto foi realizada uma retomada da literatura sobre marketing e publicidade relacionadas a causas, assim como do consumo juvenil nesse contexto, articulando-se à proposta de semiose peirciana e da etnografia contemporânea como um caminho inicial para a pesquisa do potencial de significação, constituindo uma abordagem antropossemiótica. Como proposições decorrentes do percurso teórico engendrando, destacam-se a utilização da netnografia e a avaliação das dimensões da estética, ética e lógica da comercialização e dos negócios marcários, como metodologias rentáveis no contexto da publicidade de causas.
Em memória da minha mãe, Denise Cleide Lopes, que tanto orgulho tinha em dizer que seu filho fazia doutorado na USP, mas que não conseguiu vivenciar a concretização desta etapa, falecendo em decorrência da Covid-19. AGRADECIMENTOSAos meus pais, Denise Cleide Lopes (in memoriam) e Clóvis Teixeira, pela formação, educação e convívio em que puderam acompanhar uma parte deste projeto de vida, tornando possível sua conclusão por meio de incentivos durante a jornada. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo suporte financeiro disponibilizado durante o período de realização do Doutorado, o que possibilitou minha imersão na USP, publicação de livros e artigos, bem como a participação em congressos. À professora Dra. Clotilde Perez, orientadora e colega de trabalho, mostrando que é possível buscar a valorização do fenômeno, das novas teorias e das práticas de consumo, sem esquecer a comunicação e os sentidos contemporâneos, presentes na publicidade. Também foi responsável por publicações conjuntas, pelas várias oportunidades que tive nos circuitos acadêmicos, mantendo minha autonomia sobre o trabalho, acolhendo nos momentos difíceis com sua sensibilidade, além das lembranças homônimas de Curitiba.Ao professor Dr. Eneus Trindade, que além das contribuições na banca de qualificação, fez o percurso ser inspirador, desafiante, mas ainda assim humanizado. Recordação das muitas conversas sobre o campo, seu entusiasmo e trabalho intenso, eventos, publicações e as boas risadas, assim como palavras cordiais em momentos de prostração. Ao professor Dr. Sílvio Koiti Sato, pelas contribuições na banca de qualificação, mas também pela serenidade e acolhida no campo da Comunicação, incentivando propostas mais objetivas e inteligíveis, em contato com o cotidiano publicitário e seus desdobramentos.Aos demais professores do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação pela expansão dos saberes e possibilidade de trocas que seguirão na lembrança: Dra. Maria Immacolata Vasallo de Lopes com a qual compartilho a paixão pela pesquisa e que, além das aulas, concedeu-me uma inesquecível entrevista; Dr. Leandro Leonardo Batista, que me via chegar "em cima do laço" para as aulas do PAE e pelo qual admiro na condução do Lab4C e pesquisas decorrentes; Dra. Daniela Osvald Ramos com quem pude conhecer um pouco mais das pesquisas no ambiente numérico e digital; Dr. Mitsuru Higuchi Yanaze com quem tive a primeira experiência como discente na instituição; Dra. Cláudia Lago, pelos conhecimentos sobre os estudos de Bourdieu, opção inicial para o referencial teórico da tese; professora convidada, Dra. Nilda Jacks, com quem aprendi mais sobre recepção e a pesquisa em Comunicação.Ao professor Dr. Rafael Grohmann e ao mestrando Marcelo Marcelino pelas trocas de autores e conversas sobre as teorias da comunicação e suas aplicações para a publicidade.Aos professores de outros programas por onde circulei na USP e que estão presentes com suas influências ao longo deste texto:
Entrevista concedida pelo o professor titular da Università di Torino Massimo Leone.
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