Este artigo apresenta os resultados da pesquisa A produção de sentido na recepção da publicidade e nas práticas de consumo de alimentos na cidade de São Paulo. O objetivo do estudo foi analisar os tipos de vínculos de sentidos entre as práticas de recepção publicitária e práticas de consumo de alimentos no contexto da cidade de São Paulo, tanto no âmbito doméstico, a partir de três famílias observadas, quanto da realidade do consumo alimentar em ambientes públicos, tendo como critério comum às duas instâncias em comparação, a produção de sentido que as constituem como tipologias sígnicas desses vínculos, concebida a partir de metodologia interdisciplinar semio-discursiva e antropológica. Os resultados são reveladores de vinculações das mega-tendências junto às marcas e ao sistema publicitário de produtos e serviços de alimentos.
O objetivo do artigo é entender o conceito de “causa”, sua efetividade como posicionamento de marcas e os efeitos gerados para o cidadão-consumidor. Buscou-se a teoria da causalidade em C. Peirce, em que o autor traz sua visão triádica sobre o conceito: o acaso, a causação eficiente e a causação final, também chamada de propósito. Aproximando esta concepção teórica das possibilidades de interpretantes gerados, objetivo das campanhas de causa, chegamos aos efeitos de sentido de sensibilização, engajamento e consciência. Por meio da análise de campanhas publicitárias de causa, compreendemos que a semiose genuína não é possível, mas que os efeitos de sentido se dão no nível das sensibilidades e da viabilização para o engajamento social dos consumidores.
Há bastante tempo, observa-se a intensificação da utilização da felicidade como argumento em campanhas publicitárias e posicionamentos estratégicos de diversas marcas. O fenômeno não é homogêneo, pois a representação de felicidade adquire distintas formas e aponta para sentidos diversos e assim, algumas questões emergem com força, as quais buscamos compreender por meio de pesquisa teórica e de análise semiótica de campanhas. O presente estudo visa iniciar uma discussão sobre o tema felicidade em três frentes: a construção conceitual de felicidade ao longo do desenvolvimento da sociedade de consumo; a possível diferenciação conceitual de felicidade para os distintos estratos sociais; e, por fim, a efetiva identificação e análise do conceito em campanhas publicitárias de marcas. A partir desse percurso foi possível identificar que a felicidade é um mote publicitário que rompe com os limites sociais e que, assim como o contexto em que está circunscrita, funde-se e confunde-se em seus tantos sentidos.
Em um país carente de estudos e pesquisas sobre o efeito das celebridades no consumo, o presente artigo revela as principais descobertas de uma aprofundada pesquisa sobre celebridades no Brasil, feita pela Ipsos Media CT, encomendada pelo núcleo de celebridades da Revista Contigo! da Editora Abril. O estudo foi desenvolvido para revelar um panorama real do cenário no qual as celebridades circulam influenciando o consumo, a publicidade, a economia e os comportamentos brasileiros.
O artigo atualiza a reflexão teórico-metodológica em comunicação para situar os fenômenos do consumo e sua pertinência ao campo. A condição comunicativa da mediação sígnica no consumo é o ponto de partida, respaldado na semiótica de Peirce, situando estes fenômenos nas dimensões estética, ética e lógica. Busca-se observar essas interfaces nas realidades socioculturais em que tais fenômenos ocorrem. Assim, o consumo é visto como mediação comunicacional que articularia instâncias das dinâmicas socioculturais, baseado no mapa das mediações. Tal modelo é discutido em suas intermedialidades implicadas à dinâmica interacional das mercadorias com os consumidores para a constituição de vínculos de sentidos na vida cultural.
A primeira edição de 2017 da Signos do Consumo oferece um conjunto de reflexões que transitam pela teoria peirceana às reflexões psicossociológicas, colocando em análise distintas perspectivas de marcas e publicidade comerciais e governamentais. Ao todo, são nove artigos, praticamente todos decorrentes de pesquisas que vão ao encontro da Comunicação e do Consumo de diversas regiões do país e de instituições das mais variadas. Essa seleção, uma vez mais, reforça nosso compromisso com o espaço da diversidade e da abrangência nacional das investigações na área.
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