diretor da revista eletrônica Flusser Studies, pelos textos enviados e pelo apoio e incentivo prestados desde o início de minhas pesquisas. À Editora Annablume, Eva Batlickova e Murilo Jardelino da Costa, pelo envio da tradução do livro de Rainer Guldin, Philosophieren zwischen den Sprachen, ainda em fase de elaboração. Ao Vilém Flusser Archiv, pela cessão de cópias de textos de Flusser. Ao meu amigo Sándor José Ney Rezende, que, em visita a Berlim, foi ao Vilém Flusser Archiv retirar as cópias do Vampyroteuthis infernalis, livro de Flusser inédito no Brasil. Aos meus pais, à minha irmã Angela e aos meus amigos e colegas, por todo o apoio, ajuda e inspiração.
RESUMOThe Lusiad; or, The Discovery of India, a tradução de Os lusíadas de Camões feita pelo poeta escocês William Julius Mickle, publicada na Inglaterra em 1776, fez sucesso em sua época e no século que se seguiu, sendo até hoje a mais lida e citada entre todas as traduções poéticas de Os lusíadas para o inglês. Este artigo procura demonstrar que a tradução de Mickle (e os elementos paratextuais que a acompanham) é uma reencenação da teoria medieval da translatio studii et imperii (a transferência não apenas do poder imperial, mas também do conhecimento e da cultura do leste para o oeste). Mickle adaptou a epopeia camoniana para o público britânico do final do século XVIII, rotulou-a como "A Epopeia do Comércio" e acrescentou paratextos de cunho ideológico. Manipulando o poema original tanto poética quanto ideologicamente, Mickle transformou Os lusíadas em uma narrativa a serviço do Império Britânico e contribuiu, como outros "poetas do comércio" que celebraram o crescimento da riqueza e poder da Grã-Bretanha, para forjar uma identidade poética e cultural para o Império Britânico. Palavras-chave: tradução e ideologia; manipulação; Estudos da Tradução.
ABSTRACTThe Lusiad; or, The Discovery of India, the translation of Camões's Os lusíadas by the Scottish poet William Julius Mickle, published in Oxford in 1776, was a success in its time and in the ensuing century, and is to this day the most widely read and quoted among all the poetic translations of Os lusíadas into English. This paper aims to demonstrate that Mickle's translation (and the paratextual elements added to it) is a re-enactment of the medieval theory of translatio studii et imperii (the transfer not only of imperial power, but also of knowledge and culture from East to West). Mickle adapted Camões's epic for the late eighteenth-century British audience, labelled it as "The Epic Poem of Commerce" and added ideologically charged paratexts. By manipulating the original poem both poetically and ideologically, Mickle transformed Os lusíadas into a narrative at the service of the British Empire and contributed, as other "poets of commerce" who celebrated the growth of Britain's wealth and power, to forge a poetic and cultural identity for the British Empire.
This paper describes the behavior of present participles in a corpus of Old Portuguese and it raises some hypotheses concerning their syntactic status, compared to other nonfinite forms. Although present participles in contemporary Portuguese no longer exist as verbal forms, in Old Portuguese we could find verbal occurrences of this form. In Old Portuguese, present participles could occur in typical adjectival contexts, while still maintaining verbal properties. Although there is some overlapping between present participles and gerunds, we argue that the functional structure of present participle clauses is more defective than the functional structure of gerund clauses.
Vilém Flusser considerava-se um “cidadão de Praga”. Entretanto a sua Praga, a “cidade dourada” em que tchecos, judeus e alemães conviviam em clima tenso, mas de grande riqueza intelectual, foi destruída pela invasão nazista. Forçado a exilar-se, Flusser veio para São Paulo, onde morou durante 32 anos e naturalizou-se brasileiro. Aqui desenvolveu a sua filosofia da língua e da tradução, e iniciou as pesquisas que o tornariam mundialmente conhecido como teórico dos novos meios de comunicação. Este artigo discute as ideias de Flusser sobre língua, tradução, cultura e identidade. Como imigrante e poliglota, Flusser desfrutava de uma situação privilegiada para refletir sobreas barreiras entre as nações e as línguas, e considerava a tradução como uma das únicas possibilidades de se superar essas barreiras.
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