Abstract:RESUMOThe Lusiad; or, The Discovery of India, a tradução de Os lusíadas de Camões feita pelo poeta escocês William Julius Mickle, publicada na Inglaterra em 1776, fez sucesso em sua época e no século que se seguiu, sendo até hoje a mais lida e citada entre todas as traduções poéticas de Os lusíadas para o inglês. Este artigo procura demonstrar que a tradução de Mickle (e os elementos paratextuais que a acompanham) é uma reencenação da teoria medieval da translatio studii et imperii (a transferência não apenas … Show more
“…Segundo Cláudia Santana Martins (2015), a transferência do poder imperial de Roma (sede do governo romano) para Lisboa (capital de Portugal), na epopeia camoniana, está vinculada ao conceito de translatio studii e imperii, "um conceito de origem medieval, segundo o qual, em analogia com o movimento do sol, haveria uma transmissão de leste para oeste não só do controle imperial, mas também da cultura e do conhecimento" (Martins 2015, p. 14). Essa transmissão de leste para oeste refere-se à transferência gradual de um império para o outro a partir da apropriação de conhecimentos e da superação política e econômica.…”
Section: Literatura Portuguesa Do Século XVIunclassified
O objetivo deste artigo é analisar os conceitos de expansão marítima e império nas obras Os Lusíadas (1572), de Luís de Camões, e História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil (1576), de Pero Magalhães de Gândavo. Camões defende que as viagens portuguesas às Índias projetaram Portugal como um novo império, uma Nova Roma, um império baseado no modelo romano, mas superior em conquistas e na língua. Gândavo, por sua vez, defende que a descoberta do Brasil projetou Portugal como um novo império na era moderna e, com isso, um novo modelo imperial a ser imitado e implementado, Nova Lusitânia.
“…Segundo Cláudia Santana Martins (2015), a transferência do poder imperial de Roma (sede do governo romano) para Lisboa (capital de Portugal), na epopeia camoniana, está vinculada ao conceito de translatio studii e imperii, "um conceito de origem medieval, segundo o qual, em analogia com o movimento do sol, haveria uma transmissão de leste para oeste não só do controle imperial, mas também da cultura e do conhecimento" (Martins 2015, p. 14). Essa transmissão de leste para oeste refere-se à transferência gradual de um império para o outro a partir da apropriação de conhecimentos e da superação política e econômica.…”
Section: Literatura Portuguesa Do Século XVIunclassified
O objetivo deste artigo é analisar os conceitos de expansão marítima e império nas obras Os Lusíadas (1572), de Luís de Camões, e História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil (1576), de Pero Magalhães de Gândavo. Camões defende que as viagens portuguesas às Índias projetaram Portugal como um novo império, uma Nova Roma, um império baseado no modelo romano, mas superior em conquistas e na língua. Gândavo, por sua vez, defende que a descoberta do Brasil projetou Portugal como um novo império na era moderna e, com isso, um novo modelo imperial a ser imitado e implementado, Nova Lusitânia.
Resumo O presente artigo revela a existência de um códice manuscrito setecentista contendo uma tradução portuguesa do Essay sur La Poésie Épique (1727), de Voltaire (1694-1778), que ofereceu as bases para o surgimento da literatura comparada no Ocidente. O tradutor manteve-se sob anonimato, mas o uso da bibliografia material enquanto método de pesquisa, combinado à consulta de outros manuscritos e impressos setecentistas custodiados em arquivos e bibliotecas de Portugal e do Brasil, revelou que o códice, submetido à Real Mesa Censória em 1783, foi produzido por José de Santa Rita Durão, um dos autores mais importantes da segunda metade do século XVIII, e amplia o conhecimento acerca dos estudos literários em Portugal no referido período. O códice apresenta, além da tradução desconhecida, notas autorais inéditas do poeta mineiro, que agregam novas informações sobre o pensamento e a obra do autor de o Caramurú (1781).
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.