RESUMO: O objetivo deste artigo é discutir acerca do ensino de línguas estrangeiras (LE) para crianças. Respaldando-nos em princípios da teoria Sócio-cultural (Vygotsky, 1978) e do Comunicativismo (Almeida Filho, 1993, voltados para o ensino de línguas (inglês) para crianças (Cameron, 2001;Brewster, Ellis & Girard, 2002; entre outros), teceremos reflexões sobre a importância da aprendizagem de línguas na infância, sobre a relevância motivação e da qualidade das interações para um ensino cujo objetivo principal recai na formação integral do aluno, como também sobre o papel da gramática, da oralidade e da língua materna no processo. Serão também feitas considerações acerca da importância da formação (contínua) do professor atuante nesse contexto e de possíveis procedimentos no ensino em pauta, quando serão apresentadas breves proposições orientadas pela noção bakhtiniana de gêneros. PALAVRAS-CHAVE: ensino-aprendizagem de línguas; crianças; formação integral; gênero.ABSTRACT: This article aims at discussing about the foreign language teaching to young learners, taking the principles of the Sociocultural Theory (Vygotksy, 1978) and of the Communicative Approach (Almeida Filho, 1993 related to Primary
RESUMO:Este artigo tem como propósito central discutir e articular visões de linguagem orientadas por perspectivas socioculturalmente situadas, dialógica e discursivamente embasadas, com vistas à apresentação de um possível conjunto de referências que viabilizem a análise de livros didáticos de inglês para o Ensino Fundamental I. Em face ao escasso número de estudos dessa ordem, à predominância de abordagens ainda demasiadamente estruturalistas no ensino de línguas e à reconhecida importância que o livro didático assume no processo educacional, tanto em língua materna quanto estrangeira, entendemos que este trabalho possa vir a contribuir positivamente para a área, que, em nossa acepção, tem como objetivo a construção de letramentos múltiplos e críticos que, por sua vez, sustentem a formação protagonista e transformadora na contemporaneidade. Palavras-chave: livro didático; ensino de língua estrangeira; letramentos múltiplos. ABSTRACT:This article aims at discussing and articulating views of language under sociocultural, dialogic and discourse perspectives, in order to present a theoretical framework as far as the analysis of textbooks of English as a foreign language for the Brazilian Ensino Fundamental I is concerned. Due to the limited number of studies in this field, to the still considerably structural approach of the English language teaching and learning in our country nowadays and to the important mediation role textbooks play in language education, we believe our work can contribute positively to the construction of critical and multiple literacies, which, in turn, can support an active and transformative educacional process in the present times.
O presente artigo discute a noção de prática translíngue, em contraposição a orientações monolíngues e monolíticas, no campo do ensino de língua estrangeira. Para tanto, são tecidas considerações sobre a noção de superdiversidade e seus impactos nos modos de expressão e construção de conhecimento na atualidade. As teorizações bakhtinianas, por meio dos conceitos de dialogismo e heteroglossia, são atreladas às bases do pensamento translíngue, trazendo à tona a ideia de espaço público para sustentar a importância de uma pedagogia voltada à responsabilidade social.
Este artigo tem como objetivo principal a discussão sobre as contribuições das teorias do círculo bakhtiniano à área de ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras (HALL et al., 2005), no que diz respeito aos primeiros anos da educação formal no Brasil, mais precisamente, ao Ensino Fundamental I. Até o presente momento as línguas estrangeiras, inclusive a língua inglesa, foco deste trabalho, não fazem parte da Matriz Curricular desse âmbito educacional. Frente à importância do inglês em uma sociedade globalizada e à despeito dos controversos impactos de sua influência nos mais variados campos, temos presenciado, de um modo geral, a crescente expansão da implantação dessa língua nas séries iniciais do ensino público, o que vem ocorrendo de forma irregular e sem apoio de parâmetros oficiais (ROCHA, 2006). Diante do exposto, a relevância deste estudo recai na apresentação de algumas diretrizes para o contexto focalizado, que visam a sustentar um ensino-aprendizagem supostamente mais efetivo, situado e significativo. Assim sendo, com base em uma abordagem plurilinguística e pluricultural frente à educação de línguas, tomam-se aqui os gêneros discursivos como organizadores do processo. Entendemos que, em um ensino de caráter dialógico e trans/intercultural (MAHER, 2007), voltado ao desenvolvimento de multiletramentos (COPE e KALANTZIS, 2000) críticos (COMBER, 2006), possa certamente ocorrer a hibridação de gêneros e de culturas. Nesse contexto, torna-se possível a criação de terceiros espaços (KOSTOGRIZ, 2005; KUMARAVADIVELU, 2008) que, por sua vez, propiciam a realização de uma aprendizagem transformadora. Nessa perspectiva, o inglês é visto como um objeto fronteiriço (STAR e GRIESEMER, 1989), no e pelo qual o plurilinguismo, a diversidade e a polifonia naturalmente se fazem presentes.
RESUMO Este artigo explora possibilidades de articulação entre os fundamentos da orientação translíngue e o pensamento decolonial. São inicialmente discutidas as principais características da sociedade contemporânea, sob a ótica de sua condição líquida e pós-disciplinar, bem como suas implicações para as relações humanas e para a educação linguística na contemporaneidade. Entre outras, as noções de translingualismo restritivo e expansivo são mobilizadas para embasar reflexões sobre o caráter político-ideológico das práticas translíngues e argumentar que, em sua vertente transformativa, a translinguagem pode assumir tonalidade pós-humana e pós-colonial e evidenciar-se como um potente recurso para a promoção de práticas (educativas) mais democratizadoras.
Este artigo se propõe a discutir o conceito de translinguagem, explorando a multiplicidade de entendimentos frente ao termo e buscando tecer ligações entre as principais características da orientação translíngue e as bases de uma educação linguística crítica e decolonial na sociedade contemporânea. Inicialmente, o histórico do referido termo é brevemente apresentado, na medida em que são também tensionados entendimentos acerca da translinguagem e de seus traços constitutivos. A fim de expandir possibilidades de conceituação, toma-se como foco o processo de construção de sentidos, ressaltando-se sua natureza historicamente situada e complexa, além de suas marcas heterodiscursivas, plurissemióticas e multissensoriais. Nesse contexto, as noções de assemblagem e repertórios, entre outras, são discutidas, a partir de uma orientação espacial e temporalmente marcada. Por fim, tomando-se a translinguagem como uma prática de resistência, em um mundo constituído por discursos opressores e diferenças abissais, são apresentados princípios de uma educação translíngue e possíveis desafios para pedagogias de cunho transformador e decolonial.
Cláudia Hilsdorf Rocha (UNICAMP), no décimo quinto artigo, “‘Escute com seu corpo’: o potencial subversivo do afeto em tempos sombrios”, aponta a micropolítica dos afetos como estratégica de resistência e subversão ao novo fascismo que irrompe brutalmente nos tempos sombrios contemporâneos.O artigo reflete sobre os tempos sombrios vividos na pandemia e propõe uma forma de enfrentá-los, a partir de uma ética solidária.
The aim of this paper is to address some keys concepts regarding critical frameworks as far as literacies and language education are concerned. In order to meet such a goal, different approaches to what can be understood as critical will be presented and discussed. The theoretical framework which support discussions will rely on a varied group of scholars, such as Norton and Toohey (2001), Morgan (2004), Freire (2005), Luke (2013, 2014), Mills (2016), Menezes de Souza (2011), Monte Mór (2015), Rocha and Maciel (2015), among others. It is expected that the discussions presented may add to the knowledge already built in the area and to the debate about critical literacy and critical linguistic education.
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