RESUMO Este ensaio buscou debater a relevância das mídias e das plataformas digitais como ferramentas para o desenvolvimento e gestão de ações de Educação Permanente em Saúde. Defende-se que as mídias sociais e as plataformas digitais são uma chave para a gestão da educação e do trabalho em saúde se (e somente se) considerados e respeitados os usos tácitos daquelas já existentes e utilizadas pela comunidade de usuários, gestores e trabalhadores. Inicialmente, discute-se o já estabelecido reconhecimento das tecnologias de informação e comunicação como elemento importante para a educação na saúde, a despeito das dificuldades de sua utilização crítica nos cenários. Em seguida, a partir da perspectiva dos estudos digitais, introduzem-se algumas noções correntes sobre redes sociais, cyber e digital, fenômenos que vão além da adoção de certos dispositivos e tecnologias como mediadores, reconhecendo-os como elemento central de diversos grupos e atividades humanas na cultura contemporânea. Por fim, sugere-se a ampliação da proposta de adoção dessas tecnologias para uma de reconhecimento das plataformas e das mídias digitais e seu uso corrente como ferramentas estratégicas para a gestão da educação e do trabalho na saúde.
A revisão integrativa da literatura objetivou levantar o estado atual do conhecimento sobre modelos econométricos de projeção da força de trabalho no Brasil e identificar o mais apropriado para aplicação no âmbito da Atenção Primária em Saúde. A busca se deu a partir de diversas fontes: bases de dados eletrônicas, revistas, anais de congressos, referência cruzada e Plataforma Lattes, por meio de descritores e palavras-chave. A amostra foi constituída de nove publicações, as quais foram lidas, resumidas e analisadas. Os resultados apontam o uso de seis métodos de estimativa de recursos humanos distintos, porém em sua maioria as metodologias propõem cálculos preditivos para o dimensionamento de pessoal com vistas à alocação/realocação imediata de profissionais. Ressalta-se a impossibilidade de definir o melhor modelo econométrico para a projeção de recursos humanos em saúde na Atenção Primária, em virtude do pequeno número de publicações nacionais relativas ao tema, nas quais não se obteve homogeneidade, embora se verifique maior preocupação com a alocação da força de trabalho em saúde, mormente no âmbito hospitalar.
RESUMO Objetivou-se identificar as dificuldades e as estratégias de enfrentamento referentes à gestão do trabalho na Estratégia Saúde da Família (ESF). Estudo exploratório, qualitativo, cujos dados foram coletados em 2011, por meio de entrevistas semiestruturadas com gestores dos municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Duque de Caxias (RJ), e submetidos à análise de conteúdo. Constituem dificuldades: infraestrutura precária e baixa remuneração. As estraté-gias para atração e fixação profissional incluem: melhorias em infraestrutura e qualificação. A consolidação da ESF nas metrópoles tem potencialidade de despertar transformações no modelo de atenção que concretizem a saúde como direito social.PALAVRAS-CHAVE Atenção Primária à Saúde; Estratégia Saúde da Família; Administração de recursos humanos em saúde; Recursos humanos em saúde; Metrópoles. ABSTRACT It aimed to identify the difficulties and confronting strategies regarding to the labor management in the Family Health Strategy (ESF). Exploratory and qualitative study, whose data were collected in 2011, through semi-structured interviews with managers of the municipalities of Rio de Janeiro (RJ) and
Resumo Este artigo descreve as características da oferta de vagas, da estrutura curricular e do perfil de competências de egressos de cursos de graduação em enfermagem, buscando identificar elementos que se aproximam com os pressupostos das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e da atuação profissional do enfermeiro na atenção básica. Aplicando-se um survey por entrevistas telefônicas assistidas por computador com 94 coordenadores de cursos, verificou-se: oferta de formação distante das necessidades nacionais; estrutura curricular centrada em disciplinas fragmentadas nos ciclos básico e profissionalizante, destoando do recomendado pelas DCN; e perfil de competências potente para o desenvolvimento de ações de promoção, prevenção, gerenciamento e técnicas de enfermagem, as quais são previstas no escopo de competências e habilidades gerais preconizadas para o exercício profissional generalista da enfermagem, segundo as DCN, e compatíveis com as principais demandas assistenciais da atenção básica.
Pesquisa documental de abordagem qualitativa e natureza exploratória que objetivou analisar programas das disciplinas de enfermagem psiquiátrica e saúde mental dos cursos de graduação em Enfermagem de universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro, à luz da Reforma Psiquiátrica. Constatou-se que dois cursos ofertam disciplinas que objetivam o desenvolvimento de competências com vistas a uma formação consoante ao processo de reforma na psiquiatria e no SUS, tais como o trabalho em equipe multiprofissional e a interdisciplinaridade. Um dos cursos, embora aponte indicações de promoção do desenvolvimento de aptidões para o cuidado em saúde mental, foca a deficiência mental e não a doença mental. Conclui-se que mudanças no ensino de enfermagem psiquiátrica e saúde mental no Estado do Rio de Janeiro estão ocorrendo.
RESUMO Este artigo buscou analisar a edição mais recente do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde/GraduaSUS, resgatando os seus antecedentes, estabelecendo um comparativo com as edições anteriores e descrevendo o cenário de distribuição dos projetos aprovados. Para tanto, empreendeu-se apreciação documental dos oito editais do programa e análise estatística descritiva de dados secundários disponíveis no Sistema de Informações Gerenciais do PET-Saúde. Como diferenciais da edição GraduaSUS, cita-se o estímulo à participação mais ativa dos serviços de saúde na definição e coordenação das ações a serem implementadas pelos grupos tutoriais e o fomento ao desenvolvimento docente e da preceptoria. O panorama de distribuição dos projetos aprovados, com número de grupos e bolsistas, acompanha o cenário de concentração de instituições de ensino superior entre as regiões e os estados brasileiros. Verificou-se que o PET-Saúde/GraduaSUS agregou cursos de graduação de diferentes categorias, oportunizando e/ou ampliando a participação daquelas ainda pouco inseridas nos cenários da Atenção Básica, e mobilizou a inclusão de um número expressivo de voluntários e de parcerias entre instituições de ensino localizadas no mesmo território de atuação.
RESUMO Este estudo objetivou identificar elementos da formação médica no Brasil, analisando a proximidade deles com os pressupostos da atuação profissional na Atenção Primária à Saúde e das Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014. Trata-se de estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualiquantitativa, operacionalizado em 2015 e 2016, por entrevistas telefônicas e entrevistas in loco com coordenadores/diretores de cursos de graduação em medicina. Os resultados do survey indicam inclinação para uma formação médica generalista, com ênfase na atenção primária, mas que pouco prepara os alunos para o desenvolvimento de ações multiprofissionais. Nas entrevistas presenciais, foram relatadas fragilidades que limitam o desenvolvimento de competências para atuação na atenção primária, como a resistência e o pouco preparo dos docentes, as condições incipientes das unidades básicas, a rotatividade dos profissionais do serviço e a disputa dos cenários entre instituições de ensino públicas e privadas. Os achados indicam o caminho que está sendo desenhado após a implantação das novas diretrizes de medicina, sugerindo não apenas avanços, mas também desafios que precisam ser superados, especialmente em prol do desenvolvimento de competências para o trabalho colaborativo em equipe.
RESUMO Objetivou-se calcular o índice de rotatividade dos médicos brasileiros. Estudo descritivo, exploratório, quantitativo, realizado por meio de dados secundários, que foram analisados por estatística descritiva. Constatou-se maior índice de rotatividade nas regiões Sudeste e Sul, com médias superiores à nacional (36,7%). A menor média foi evidenciada na região Norte (24,7%). A estratificação por porte populacional aponta para maior rotatividade nos grupamentos de municípios com população entre dez mil e cem mil habitantes; e menor índice nos municípios de grande porte. A rotatividade não pode ser inteiramente compreendida sem que se analise o contexto no qual estão inseridos os profissionais. PALAVRAS-CHAVE
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