INTRODUÇÃO: Climatério é a passagem entre o período reprodutivo e não reprodutivo da mulher, caracterizado pelos fogachos e sudorese que geram alterações em sua qualidade de vida, podendo interferir no sono e nas atividades rotineiras. OBJETIVO: Avaliar a qualidade do sono e nível de insônia de mulheres no climatério e comparar com mulheres de ciclo menstrual regular. MÉTODO: A coleta de dados foi realizada de janeiro a abril de 2018. Foram coletados dados pessoais, data da última menstruação, uso de medicações, se pratica atividade física, uso de bebida alcoólica ou cigarro, além de dados antropométricos. Aplicou-se 3 questionários: o Índice Menopausal de Kupperman (IMK), aplicado nas mulheres que estavam no climatério; Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI-BR) e o Índice de gravidade da insônia. RESULTADOS: A amostra foi constituída por 53 mulheres sendo 30 com ciclo menstrual regular e 23 no período do climatério. A média de idade foi de 45±9 anos, peso de 70±7 kg e altura de 158 ±4 cm. Observou-se que em relação à gravidade da sintomatologia climatérica, 61% das mulheres obtinham sintomas moderados e apresentavam qualidade do sono ruim onde apenas as mulheres no climatério foram avaliadas com presença de distúrbio do sono e 67% das mulheres que estavam no climatério obtinham insônia leve a moderada. Houve diferença significativa entre a qualidade do sono (p=0,001) e a gravidade da insônia (p=0,014) entre os grupos. CONCLUSÕES: Mulheres climatéricas possuem pior qualidade do sono e insônia leve a moderada em comparação com mulheres que menstruam regularmente.
Objetivo: caracterizar o papel social da Universidade mediante a integração ensino-serviço-comunidade em saúde no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática e de uma metassíntese realizadas mediante busca nas bases de dados LILACS, SciELO e MEDLINE. Resultados: foram identificados ao total 1224 estudos e, após a aplicação dos critérios de exclusão, 19 artigos foram analisados. Os achados apoiam que as práticas extramuros na área da saúde se mostram valorosas como aplicabilidade de práticas pedagógicas. Conclusão: o papel social da Universidade reflete nas práticas pedagógicas da integração ensino-serviço-comunidade e favorece a valorização dos usuários e do cuidado em saúde.
Objetivo: Analisar o perfil dos fisioterapeutas que atuam nas UTIs adulto da cidade de Teresina/PI. Métodos:A amostra foi composta por 53 fisioterapeutas. A coleta de dados ocorreu entre abril e junho de 2018. Foramincluídos profissionais de ambos os gêneros e excluídos aqueles que desistiram da pesquisa, nãocompletaram o questionário e as instituições que não aceitaram participar ou não responderam a solicitaçãode coparticipante em tempo razoável. Aplicou-se um questionário online disponibilizado por e-mail e poraplicativos de mensagens contendo 32 questões. Resultados: Observou-se predominância do gênerofeminino, com média de 31,7 ± 5,59 anos, pós-graduados (92,45%) com prevalência em terapia intensiva,trabalhadores do serviço privado (52,8%) e 62,3% informaram que receberam treinamento ao seremadmitidos no setor. Constatou-se que 28,3% não são exclusivos da UTI e 60,4% consideram-se muitosatisfeitos ou satisfeitos profissionalmente, observando-se maior satisfação no serviço privado. Conclusão:Os fisioterapeutas são qualificados, estão em constante aperfeiçoamento e suas atribuições ainda não estãobem definidas, a depender da equipe multidisciplinar ao qual está inserido. Observou-se uma maiorqualificação em terapia intensiva e grau de satisfação profissional no setor privado e os fisioterapeutas doserviço público parecem possuir maior autonomia e experiência no setor de UTI.
INTRODUÇÃO: O sono é uma suspensão normal e temporária do nível de consciência, fazendo parte do ciclo sono vigília, sendo regulado por um componente circadiano. Os universitários estão propensos a obter distúrbios do sono devido ao estilo de vida e fatores ambientais. OBJETIVO: Investigar a qualidade de sono, presença de sonolência diurna excessiva e fatores associados em estudantes do curso de fisioterapia de uma faculdade privada. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de campo de caráter transversal, quantitativo onde os voluntários foram avaliados através do Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) e escala de sonolência de Epworth. Foram incluídos alunos do curso de fisioterapia e excluídos aqueles não preencheram completamente os instrumentos e aqueles que tomaram medicamentos que afetam o sono. Para a análise estatística, foi utilizado um intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). RESULTADOS: Foram 80 estudantes, 71,3% eram do sexo feminino, 80% eram solteiros e do turno da manhã, 63,5% não trabalhavam, 46,3% praticavam atividade física. Quanto à qualidade de sono, observou-se média do escore do PSQI de 9,5 ± 3,6, com predomínio de má qualidade de sono nos estudantes com 82,5%. Em relação à presença de sonolência diurna excessiva (SED) nos estudantes observou-se média de escore da escala de Epworth de 11,2 ± 4,5, com 55% dos estudantes apresentando SED. Não houve diferença entre os escores de PSQI e Epworth entre os períodos do curso, turno de estudo e estudantes trabalhadores. CONCLUSÃO: Houve maior prevalência de alunos com sono ruim, onde a sonolência diurna excessiva foi destacada na maioria. A má qualidade de sono atingiu aos estudantes sem diferenciação entre períodos do curso, turno de estudo e trabalho.
Introdução: A evolução clínica do COVID-19 apresenta manifestações clínicas que variam desde nenhum sintoma a pneumonia grave, lesões cardíacas ou cerebrais. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico e clínico dos pacientes com COVID-19 internados na UTI de um Hospital Público de Teresina-PI. Métodos: Possui delineamento descritivo e retrospectivo realizado pela análise de prontuários onde foram incluídos pacientes com COVID-19 que foram admitidos na UTI entre abril e outubro de 2020, tendo recebido alta hospitalar ou evoluído com óbito, acima de 18 anos, de ambos os sexos e excluídos aqueles que estiverem com dados incompletos. Resultados: Foram incluídos 240 pacientes e a maioria eram idosos (63,9 ± 15,9 anos), sexo masculino (55%), casados (55,8%) e do interior do Piauí (46,7%) que apresentam comorbidades, como a HAS (55,6%) e DM (33,9%). Conclusão: Trata-se de uma patologia grave que cursa com longos períodos de internação, sendo muitas vezes necessário evoluir com intubação e VMI, além de intervenções não convencionais, como a pronação.
OBJETIVO: descrever a metodologia utilizada no estudo, a amostra e a prevalência dos sintomas da fase aguda da infecção de acordo com variáveis socioeconômicas. MÉTODOS: estudo transversal realizado em Rio Grande com indivíduos infectados pela covid-19 no período de dezembro de 2020 a março de 2021. Foram investigados 19 sintomas presentes durante a fase aguda da infecção e analisados, em separado e em categorias de “0-4”, “5-9” e “10 ou mais”, de acordo com sexo, idade e classe econômica. RESULTADOS: 2.919 pessoas fizeram parte da amostra. Os sintomas mais prevalentes foram fadiga (73,7%), dor de cabeça (67,2%), perda de paladar (65,9%), perda de olfato (63,9%) e dores musculares (62,3%). Com relação a ocorrência de sintomas estratificado por sexo, todos os sintomas, exceto tosse produtiva, foram estatisticamente maiores no sexo feminino. Referente à idade, verificou-se que dor de cabeça, dor/desconforto para respirar, perda de paladar, perda de olfato, fadiga, dor de garganta, congestão nasal, diarreia, dores articulares e dores musculares foram estatisticamente maiores entre os adultos (18-59 anos). Quanto a classe econômica, a prevalência dos sintomas falta de ar, dor/desconforto para respirar, alteração de sensibilidade e dores articulares apresentaram aumento linear conforme a redução da classe econômica. CONCLUSÃO: os resultados deste estudo permitiram identificar os sintomas mais frequentes na fase aguda da covid-19 e sua distribuição nos grupos, fornecendo dados para implementação de políticas públicas pelos gestores e respaldo para os profissionais de saúde na assistência a essa população.
| Background: Having more than job and physical exhaustion derived from the job demands considerably overload workers and impair their quality of life (QoL). These factors might interfere with the health of this population of workers reflecting as work-related musculoskeletal disorders. Aim: To investigate the correlation between musculoskeletal symptoms and QoL among workers at the intensive care unit of a public hospital in Teresina, Piauí, Brazil. Methods: Cross-sectional quantitative, observational and analytical study performed with 30 workers at a public hospital ICU. WHOQOL-BREF, the Nordic Musculoskeletal Questionnaire and a sample profile instrument were administered by the investigators during the working hours. Results: 86.7% of the sample reported pain in at least one body side, particularly in the knees in the past 7 seven days (23.3%) and in the lower back in the past 12 months (50%). The participants’ QoL was reasonable. We found significant moderate correlation between pain and WHOQOL domains physical health (p=0.10) and social relationships (p=0.011) but no correlation with the participants general characteristics. Conclusion: Occurrence of musculoskeletal symptoms might interfere with the QoL, social life and performance at work of ICU workers.
Introdução: A ventilação mecânica (VM) requer cuidados especiais, pois em situações inadequadas torna-se deletéria. Objetivo: Verificar se os sistemas ativos de aquecimento e umidificação da Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Público estão sendo realizados de forma adequada e se eles possuem relação com as secreções. Métodos: Foram incluídos 30 pacientes que estavam em VM, com umidificadores ativos, sem restrições de idade e sexo. Observou-se os parâmetros da VM, características das secreções, nível de aquecimento e de água nos copos de umidificação, além da presença de água nos circuitos. Resultados: em 65,8% das vezes, o aquecimento estava abaixo do esperado; em 87,5% das ocasiões, a quantidade de água nos copos umidificadores foram inadequadas; em 53,3%, havia água nos circuitos. As secreções apresentaram relação com a umidificação (r=0,014) e a frequência respiratória com as secreções (p0,05). Conclusão: O aquecimento do ar inspirado e os sistemas ativos de umidificação não estão sendo realizados de forma adequada e eles possuem relação com a viscosidade das secreções.
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