RESUMO Objetivo: Averiguar a presença de sintomas osteomusculares e sua correlação com os fatores sociodemográficos entre funcionários de um centro universitário do sertão da Paraíba. Métodos: Pesquisa descritiva e quantitativa. O estudo foi realizado no município de Patos-PB, junto aos 85 funcionários (47% do universo de pesquisa) atuantes na instituição. Os dados foram coletados a partir de um questionário sociodemográfico e do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Além de estatísticas descritivas de frequência relativa e absoluta, tendência central e de dispersão, também se utilizou testes inferenciais de correlação bisserial por ponto, Qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher e teste t de Studant. A significância aceita foi de p <0,05. Resultados: Amostra composta por maioria masculina, casada e com carga horária de trabalho de oito horas. Foi identificada prevalência de 64,7% de sintomas osteomusculares (relatados dos últimos 12 meses), como dor, formigamento e dormência em mais de uma região do corpo nos funcionários do centro universitário. A região lombar e o pescoço foram as mais afetadas. Observou-se que os trabalhadores foram impedidos de realizar suas tarefas diárias em função de algum problema osteomuscular na região lombar, procurando consulta médica. O tempo de atuação apresentou correlação estatisticamente significativa e positiva com a presença de problemas osteomusculares, nas regiões do pescoço, punhos/mãos/dedos, quadris e coxas e tornozelos/pés, no impedimento da realização de suas atividades diárias e na busca por consultas médicas. Já a carga horária de trabalho apresentou correlação significativa com dor na região lombar. Proporcionalmente, mais pessoas do sexo masculino apresentam dores nos joelhos e mais pessoas do sexo feminino nos tornozelos e pés. Conclusão: Os achados mostraram alta prevalência de sintomatologia dolorosa no grupo e os fatores de risco e reforçam a importância de intervenções para promover a saúde e qualidade de vida desses trabalhadores.