ResumoComo explicar o comportamento aparentemente paradoxal da Política Externa Brasileira para o regionalismo sul-americano? A literatura acadêmica especializada afirma existir um distanciamento do Brasil em relação a cooperação e integração regional na América do Sul. Esse distanciamento, porém, não desmantelou o regionalismo estabelecido em período anterior (Mercosul) e não impediu o estabelecimento da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). A partir da formulação do conceito de Cooperação para Autonomia, o presente trabalho propõe uma resposta ao puzzle. O estudo utiliza a metodologia de Estudo de Caso combinada com modelos de Análise de Política Externa. A hipótese deste trabalho é que o baixo nível de engajamento do governo Lula em relação ao desenvolvimento institucional e à atribuição de responsabilidades à Unasul pode ser explicado pelo desejo de, por um lado, distanciar a PEB para arenas e temas globais e, por outro lado, ancorar tal distanciamento em uma lógica estatocêntrica. A essa estratégia, todavia, soma-se o interesse de assegurar os ganhos econômicos e comerciais brasileiros na região e de manter a estabilidade no campo da segurança no subcontinente. Como resultado, o Brasil adota um perfil reduzido na região, diminuindo os seus custos com a América do Sul, ao mesmo tempo em que busca preservar sua autonomia. Para verificação desta hipótese, o artigo analisa iniciativas de cooperação regional do Brasil nos campos do comércio (Mercosul Ampliado), infraestrutural (IIRSA) e de defesa (CDS). A pesquisa conclui que o perfil apresentado pela PEB junto à Unasul expressa a adequação nos moldes de pequenos ajustes nas relações com as nações vizinhas. Distinto da aparente ruptura na Política Externa, tal estratégia preserva os ganhos prévios do regionalismo sem, contudo, obstar uma maior inserção internacional e a busca por metas extrarregionais de Política Externa. PALAVRAS-CHAVE: Unasul; política externa brasileira; autonomia; distanciamento; América do Sul.Recebido em 25 de Setembro de 2015. Aceito em 14 de Dezembro de 2015.
The aim of this paper is to analyze the military determinants of China's strategic posture at the beginning of the 21st century, especially after the wide-ranging military reform introduced by Xi Jinping in 2015. China has faced major challenges in combining military modernization and Peaceful Development in a strategic environment marked by the balance of power logic. In this context, this paper points out the importance of military modernization for China’s grand strategy, even if it means the risk of growing tensions with regional and global military powers.
How do Brazil’s defence documents incorporate natural resources and critical infrastructure as political and strategic components of the national energy security framework? After presenting the contemporary international landscape on the subject, which is marked by rising powers and geopolitics, the paper explains the theory and the conceptual foundations that support the claim of a securitization movement on natural resources and critical infrastructure that relates to energy security in response to the absence of existential threats to Brazil. Following this effort, the text reflects upon and analyses how the matter has developed from 2005 to 2016 in Brazilian defence policies and in national defence strategies. By applying securitization theory to the case study, the final remarks imply the need for a reflection on the importance of incorporating the geopolitics of natural resources and critical infrastructure related to energy security in defence thinking.
• Este é um artigo publicado em acesso aberto e distribuído sob os termos da AbstractHow can defense cooperation with process-tracing methodology be explained? To answer this question, this paper tests the ability of process-tracing explanations in the case of the Brazilian proposal for the creation of the Union of South American Nation's (UNASUR) South American Defense Council (CDS). Combining process-tracing methodology with a case study research design, this paper analyzes which causal pathways, mechanisms, timing of events, and policies best explain Brazilian behavior.
O presente artigo apresenta uma análise geopolítica sobre a dimensão militar da segurança energética de China e Índia. O estudo em tela terá como objeto os projetos de cooperação e integração energética que Pequim e Nova Deli articulam em seu entorno regional com países fornecedores. Em seguida, serão analisadas as ameaças que se apresentam aos casos selecionados quanto à proteção da infraestrutura do setor energético e o transporte de combustíveis por meio de rotas marítimas e estreitos. Conclui-se que os desafios geopolíticos ligados à segurança energética, ao invés de impor a competição como determinação geográfica, apresenta um horizonte no qual a cooperação sino-indiana emerge como necessária para a segurança de ambas as potências asiáticas.
As três tendências da guerra cibernética: novo domínio, arma combinada e arma estratégica As três tendências da guerra cibernética: novo domínio, arma combinada e arma estratégicaThe three trends of cyberwarfare: new domain, combined arms and strategic weapon DOI: 10.21530/ci.v12n3.2017.620 Augusto W. M. Teixeira Júnior 1 Gills Vilar-Lopes 2 Marco Túlio Delgobbo Freitas 3 ResumoO presente trabalho analisa como a guerra cibernética impacta a conduta da guerra hodierna. Partindo da teoria da guerra de Clausewitz e dos debates sobre revolução dos assuntos militares e poder aéreo, postulam-se três tendências com distintos níveis de modificação das formas de beligerância advindos do ciberespaço. A primeira delas se refere à criação de um novo domínio, o cibernético. A segunda vislumbra a incorporação do ciberespaço à guerra enquanto arma combinada, ou seja, incorporando-a aos instrumentos de força convencionais para a produção de efeitos cinéticos. A terceira tendência estipula o uso da guerra cibernética como uma arma estratégica, em moldes pareios aos da estratégia de dissuasão nuclear. Em termos metodológicos, a pesquisa se baseia, em primeiro plano, na revisão bibliográfica da literatura de segurança internacional e guerra cibernética e, secundariamente, na análise histórica dos seguintes acontecimentos recentes: Rússia-Estônia (2007), Rússia-Geórgia (2008), Stuxnet (2010) e Rússia-Ucrânia (2014). Objetiva-se assim construir um quadro de análise para melhor compreender como o fenômeno da guerra cibernética afeta a conduta da guerra do século XXI. Rev. Carta Inter., Belo Horizonte, v. 12, n. 3, 2017, p. 30-53 31 Palavras
Esta investigação analisa a história da evolução doutrinária do Exército dos Estados Unidos, no período que vai de 1959 a 2017. O artigo examina a dinâmica da mudança do paradigma dos conflitos e suas implicações para a transformação da Força Terrestre dos EUA. Com relação aos procedimentos metodológicos, a pesquisa apoiou-se no uso de documentos como o FM 3-24 Counterinsurgency (2006), da National Security Strategy (2017) e no Joint Operational Access Concept (2012). A partir de uma perspectiva histórica ampla e com base na literatura especializada, o escrutínio dos documentos contribuiu para a compreensão da evolução doutrinária do caso em estudo, no período que vai da Guerra do Vietnã à Guerra contra o Terror. De forma a aportar subsídios para a história do tempo presente, apresentamos como os processos avaliados apontam para a contemporaneidade da doutrina do U.S. Army. O estudo foi pautado nos argumentos teóricos da História Militar para os estudos da Guerra, a partir de múltiplas formas dimensionais, embasando-se em campos culturais, tecnológicos, sociais e também políticos.
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