Estudaram-se, em dez experimentos de campo, os efeitos dos seguintes fitorreguladores de crescimento e da capação na cultura algodoeira: cloreto de clorocolina, aplicado na dose de 50 g/ha; cloreto de chlormequat, 100 g/ha e cloreto de mepiquat, 100 g/ha. A capação foi realizada manualmente, planta por planta, na mesma época da aplicação dos fitorreguladores, aos 60-70 dias da emergência das plantas. O delineamento estatístico foi de blocos ao acaso, com cinco tratamentos e seis repetições e, a variedade utilizada, a IAC 19. Para a avaliação dos resultados de produção e altura de plantas, efetuaram-se dois agrupamentos de ensaios, sendo um com maior e outro com menor desenvolvimento, ou seja: plantas em parcelas testemunhas com altura superior e inferior a 100 cm respectivamente. As demais características agronômicas e tecnológicas da fibra foram analisadas em um só grupo. Para o grupo de plantas com maior desenvolvimento, foi obtido, em média, um aumento de 16,3 e 8,4%, respectivamente, para o tratamento com capação e aplicação de fitorreguladores. O fitorregulador proporcionou, em média, redução de 12,1% na altura das plantas e a capação, em média, 20,8%. Os fitorreguladores, indistintamente, proporcionaram aumento de peso do tapulho e das sementes, enquanto, com a prática da capação, não se verificou esse efeito. A aplicação de cloreto de clorocolina resultou em menor porcentagem de fibra do que o cloreto de mepiquat.
Compararam-se 18 linhagens de trigo diaplóides obtidas via cultura de anteras de plantas híbridas, em geração F1, e os cultivares Al Res 102/84 e IAC-24, em quatro ensaios instalados em condições de irrigação por aspersão e de sequeiro. Analisaram-se a produção de grãos, outros componentes da produção, características agronômicas e resistência à ferrugem-da-folha. Estudou-se também a tolerância ao alumínio em soluções nutritivas, em condição de laboratório. A linhagem diaplóide 5, provinda do cruzamento IAS-63/ALDAN "S"//GLEN/3/IAC-24, de porte baixo, mostrou resistência ao acamamento e ao agente causal da ferrugem-da-folha e tolerância à toxicidade de alumínio, destacando-se, ainda, quanto à produção de grãos. A linhagem 6 identificou-se como fonte genética de maior número de grãos por espigueta, porte baixo, resistência ao acamamento e à ferrugem-da-folha, e a linhagem 8 apresentou espigas mais compridas e maior número de espiguetas por espiga. Todos os genótipos avaliados, com exceção do cultivar IAC-287 (controle sensível) exibiram elevada tolerância à toxicidade de alumínio.
RESUMOO gesso, nos últimos anos, vem sendo considerado como um insumo capaz de melhorar o ambiente radicular de subsolos ácidos. Contudo, ainda pairam dúvidas sobre a vantagem de usá-lo em solos que, embora ácidos, tenham sido submetidos a calagens e adubações anteriores. Também há pouca informação sobre o uso de gesso em presença de aplicações elevadas de calcário ou em plantas cultivadas tolerantes à acidez. No presente trabalho, é relatado experimento com calcário e gesso, realizado, de 1987 a 1992, na Estação Experimental de Tatuí (SP), em Latossolo Vermelho-Escuro álico textura argilosa, com o objetivo de avaliar o efeito de calcário e de gesso nas produções de cultivares de milho tolerante ou susceptível a alumínio, bem como o efeito dos corretivos na acidez do solo. O experimento foi instalado em parcelas subsubdivididas, com quatro repetições, em blocos ao acaso. Nas parcelas principais, foram aplicadas 0, 6 ou 12 t ha -1 de calcário dolomítico e, nas subparcelas, 0, 4 e 8 t ha -1 de fosfogesso; nas subsubparcelas, foram plantados dois cultivares, um sensível e outro tolerante a alumínio. Para as quatro colheitas obtidas (os dados de 1990 foram considerados perdidos), percebeu-se efeito significativo para a calagem nos dois tipos de cultivares. O gesso apresentou efeito significativo nas produções apenas para o cultivar sensível ao alumínio e, nesse caso, o efeito foi aditivo ao de calcário, proporcionando, em média, cerca da metade do aumento de produção devida à calagem. A calagem influenciou, consideravelmente, a reação da camada arável do solo, aumentando o pH, os teores de Ca 2+ e Mg 2+ e reduzindo a acidez potencial, mas pouco influiu nas camadas mais profundas, o que, provavelmente, se deveu ao fato de o solo ter recebido aplicações anteriores de calcário e de adubos com sulfato. O gesso influiu nos teores de Ca 2+ e SO 4 2-em profundidade, embora de forma pouco pronunciada em relação às quantidades aplicadas, e não alterou as características de acidez. Pode-se concluir que, mesmo tendo alterado pouco as características químicas do subsolo, o gesso favoreceu a produção de cultivar de milho sensível à acidez.Termos de indexação: Acidez subsuperficial, alumínio, cultivar de milho, gesso agrícola, tolerância à acidez.
Estudou-se o comportamento de 23 linhagens e cultivares de trigo duro (Triticum durum L.), introduzidos do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT), México, juntamente com um cultivar de triticale e seis de trigo (Triticum aestivum L), em soluções nutritivas contendo seis concentrações de Al3+ (0, 1, 2, 3, 4 e 6 mg/litro), à temperatura constante de 25 ± 1°C, e pH 4,0. A tolerância foi medida pela capacidade de as raízes primárias continuarem a crescer em solução sem alumínio, após 48 horas em solução contendo uma concentração conhecida de alumínio. Todos os germoplasmas de trigo duro estudados e os cultivares de trigo Siete Cerros e Anahuac foram sensíveis à concentração de 1 mg/litro de Al3+. O cultivar de trigo Alondra-S-46 mostrou-se sensível a 4mg/litro de Al3+; o de triticale Chiva e os de trigo BH-1146, IAC-24 e IAC-60 exibiram tolerância à presença de 6 mg/litro de Al3+ nas soluções. Os mesmos genótipos foram também estudados em experimentos em solo ácido (V% = 14 e H + Al = 8,9 meq/100cm³) e em solo corrigido (V% = 65 e H + AI = 2,9 meq/100cm³). As produções de trigo duro em solo ácido foram baixas, variando de 939 a 2.243 kg/ha, comparadas com as dos cultivares de trigo e triticale tolerantes ao Al3+, as quais variaram de 3.584 a 4.922 kg/ha. No experimento em solo corrigido, a melhor linhagem de trigo duro (Avetoro "S" x Anhinga "S" - Pelicano "S" x D 67.2) produziu 4.128 kg/ha, em comparação com o triticale Chiva, 4547 kg/ha, e o melhor trigo IAC-24, 4.906 kg/ha. Esses resultados confirmaram a necessidade de ser incorporada tolerância ao Al3+ nos genótipos de trigo duro visando a seu cultivo em solos ácidos.
Este trabalho apresenta os resultados das pesquisas realizadas para a avaliação da resistência à brusone (Pyricularia oryzae Cav.) dos principais materiais de sequeiro e irrigado do programa de melhoramento genético do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, e de genótipos exóticos, introduzidos de diversos países, visando à obtenção de cultivares de arroz resistentes àquela limitante doença fúngica. Os testes foram realizados em condições de campo, em canteiros padronizados para reação uniforme a P. oryzae, e a avaliação das plantas foi feita através da observação dos sintomas visuais deixados pela doença, aos quais foram atribuídas notas de 1 a 7, conforme a escala de notas adotadas no "Symposium on the rice blast disease", em 1963. Sessenta e três germoplasmas de arroz de sequeiro e trinta de cultivo irrigado foram testados quanto à resistência à brusone na folha, nas seguintes localidades paulistas: Itararé, Mococa, Pariquera-Açu, Pindamonhangaba, Pindorama e Ribeirão Preto. Foram ainda avaliados 102 genótipos exóticos de arroz visando à detecção de fontes de resistência à brusone nas mesmas localidades, além de Campinas. Somente cinco cultivares de sequeiro, GS-73-164, GS-73-165, GS-73-94, IAC-25 e GS-73-17, e dois cultivares de arroz irrigado, IAC-120 e Pinda F-3-7, embora suscetíveis, apresentaram comportamento satisfatório quanto à brusone. Dos genótipos exóticos testados, vinte e sete foram indicados como fontes de resistência à brusone no Estado de São Paulo.
de Al 3+ , quando avaliados em soluções nutritivas. Os resultados reforçam a possibilidade de selecionar os genótipos tolerantes ao alumínio, em condição de laboratório, antes que sejam avaliados em campo, em solo ácido, tornando o processo de obtenção de linhagens tolerantes mais eficiente.Palavras-chave: trigo, tolerância ao alumínio, produção de grãos, altura das plantas, linhagens diaplóides.
The knowledge of the interactions among wheat genotypes (Triticum aestivum L.) and factors that affect grain yield (lime, fertilizer, water) is important for an adequate choice of cultivars and definition of a proper fertilization. The objective of this work is to study the variability of grain yield and yield components among wheat materials in response to lime and phosphorus application. The experiments were carried out annually, from 1987 to 1995, at the Itararé Experimental Station, Instituto Agronômico, Campinas, State of São Paulo, Brazil under dryland condition. A complete randomized block design in a split-split plot arrangement with 4 replications was used. The main plots contained three rates of lime (0; 6.5, and 13 t.ha -1 ), the split plots three rates of phosphorus (0, 30, and 90 kg.ha -1 of P 2 O 5 ), and the split split plots four wheat genotypes ('IAC-5', 'IAC-24', 'IAC-60', and 'Anahuac'). The results showed that in acid and low-fertility conditions, the IAC-60 and IAC-5 genotypes surpassed the other materials in relation to grain yield, ear length, components of the grain yield and harvest index. The genotype IAC-60 was more responsive to lime and phosphorus. Grain yield, ear length, grain yield components and harvest index were more affected by P than by lime application. Grain yield correlated better with number of grains by ear than with other evaluated features. Considering grain yield, the genotype IAC-60 was more productive and more responsive, IAC-5 more productive but less responsive and IAC-24 and Anahuac less productive. The use of genotypes tolerant to soil acidity and adapted to low fertility but responsive to lime and fertilizer can make feasible wheat cultivation in lowfertility soils with less investment.
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