Foram estudados dez cultivares de trigo em soluções nutritivas contendo cinco diferentes níveis de alumínio tóxico. A tolerância foi medida pela capacidade de as raízes primárias continuarem a crescer em solução sem alumínio, após um período prévio de 48 horas em solução contendo uma concentração conhecida de alumínio. Os cultivares Siete Cerros e Tobari-66 foram sensíveis, respectivamente, a 1 e 3 ppm de alumínio. 'Alondra-S-46', 'Alondra-S-45' e 'IAC-17' foram sensíveis a 6 ppm; 'BH-1146', 'IAC-5', 'IAC-18', 'IAC-13' e 'Londrina' foram tolerantes a 10 ppm, porém 'BH-1146', 'IAC-18' e 'IAC-13' foram mais tolerantes que 'IAC-5' e 'Londrina'. Os cultivares BH-1146, IAC-17, Alondra-S-46, Tobari-66 e Siete Cerros foram cultivados em vasos contendo solo ácido mostrando a presença de alumínio. Metade do número de vasos recebeu uma aplicação de calcário. Os resultados desse experimento mostraram que o cultivar BH-1146 diferiu significativamente em produção de grãos por planta de 'Tobari-66', 'Alondra-S-46', 'IAC-17' e 'Siete Cerros'. Esse resultado confirmou a tolerância ao alumínio do cultivar BH-1146, observada quando se empregou solução nutritiva com a presença desse elemento.
(') Trabalho parcialmente desenvolvido na Universidade Estadual de Oregon, E.U.A. Recebido para publicação a 7 de março de 1980.(-) Com bolsa de suplementação do CNPq. RESUMOQuatro cultivares de trigo mostrando diferentes reações para a toxicidade de alumí-nio em condições de campo e apresentando grande variação em altura, foram estudados em solução nutritiva, utilizando-se diferentes concentrações de alumínio. O cultivar BH-1146, de porte alto, foi tolerante a 10 ppm de alumínio; o 'Atlas-66', também de porte alto, mostrou tolerância a 6 ppm, mas apresentou pequena tolerância a 10 ppm de alumínio. O 'Tordo', originário do cultivar Tom Thumb, uma fonte de nanismo, foi tolerante a 2 ppm, mas totalmente suscetível a 6 ppm de alumínio. O 'Siete Cerros', semi-anão e de origem mexicana, derivado do cultivar Norin-10, foi sensível a 2 ppm de alumínio. Pais, gerações F 1 e F 2 dos cruzamentos entre esses cultivares, e em alguns casos, incluindo também os retrocruzamentos para ambos os pais, foram testados em soluções nutritivas contendo diferentes concentrações de alumínio. Os resultados obtidos mostraram que, para 2 ppm de alumínio, o cultivar Tordo diferiu do 'Siete Cerros' por um par de genes dominantes para tolerância; para 3 ppm, o cultivar BH-1146 apresentou um par de genes e 'Atlas-66', dois pares de genes dominantes para tolerância quando foram cruzados com os cultivares Siete Cerros e Tordo; para 6 ppm de Al, quando os cultivares BH-1146 e Atlas-66 foram cruzados entre si, mostraram ter um par de genes dominantes para tolerância cada um; o mesmo cruzamento entre o cultivar BH-1146 e Atlas-66 estudado a 10 ppm mostrou que 'BH-1146' diferiu do 'Atlas-66', que foi suscetível a essa concentração de alumínio, por um par de genes dominantes para tolerância. Os estudos das diferentes populações híbridas mostraram que a maioria dos genótipos heterozigotos testados a 6 e 10 ppm de alumínio, os quais eram esperados ser totalmente representados por plantas tolerantes, apresentaram também plantas sensíveis nas populações estudadas, sugerindo que o par ou pares de genes responsáveis pela tolerância a essas concentrações mostrou uma quebra gradual da dominância à medida que a concentração de alumínio foi aumentada.
O estudo baseou-se na hipótese de variabilidade genética entre genótipos de trigo (Triticum aestivum L.), a qual permitiria discriminá-los quanto à eficiência na produção de grãos e resposta na utilização do nitrogênio. Os ensaios foram realizados em 1987-91, no Centro Experimental de Campinas e na Estação Experimental de Tatuí, em condições de irrigação por aspersão. Em Campinas, em sucessão ao pousio e, em Tatuí, ao arroz e ao lablabe, em 1987-91. O delineamento estatístico empregado foi de blocos ao acaso, no esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. A parcela constituiu-se de três doses de nitrogênio (0, 60 e 120 kg/ha) e, as subparcelas, dos genótipos de trigo BH-1146, IAC-5, IAC-24, IAC-25, IAC-60, IAC-161, IAC-162 e Anahuac. Os genótipos de trigo IAC-60, IAC-161 e IAC-l62 responderam para produção de grãos à aplicação das doses de 60 e 120 kg/ha de N e o restante, somente até 60 kg/ha de N em 1991, no Centro Experimental de Campinas. O genótipo IAC-60 foi considerado mais produtivo na utilização do nitrogênio aplicado e do existente no solo, para a mesma característica. Na Estação Experimental de Tatuí, após a cultura de arroz (1987), todos os cultivares estudados responderam até 120 kg/ha de N, havendo correlação positiva e significativa entre as doses de nitrogênio e a produção de grãos, independente dos genótipos. Nas mesmas condições, após a cultura do lablabe, os genótipos estudados de trigo não responderam à aplicação das doses de nitrogênio, durante os anos de 1988-90.
Compararam-se 18 linhagens de trigo diaplóides obtidas via cultura de anteras de plantas híbridas, em geração F1, e os cultivares Al Res 102/84 e IAC-24, em quatro ensaios instalados em condições de irrigação por aspersão e de sequeiro. Analisaram-se a produção de grãos, outros componentes da produção, características agronômicas e resistência à ferrugem-da-folha. Estudou-se também a tolerância ao alumínio em soluções nutritivas, em condição de laboratório. A linhagem diaplóide 5, provinda do cruzamento IAS-63/ALDAN "S"//GLEN/3/IAC-24, de porte baixo, mostrou resistência ao acamamento e ao agente causal da ferrugem-da-folha e tolerância à toxicidade de alumínio, destacando-se, ainda, quanto à produção de grãos. A linhagem 6 identificou-se como fonte genética de maior número de grãos por espigueta, porte baixo, resistência ao acamamento e à ferrugem-da-folha, e a linhagem 8 apresentou espigas mais compridas e maior número de espiguetas por espiga. Todos os genótipos avaliados, com exceção do cultivar IAC-287 (controle sensível) exibiram elevada tolerância à toxicidade de alumínio.
Estudou-se o comportamento diferencial entre 9 genótipos de centeio, 2 de triticale, 5 de trigo comum (Triticum aestivum L.) e um de trigo duro (Triticum durum L.), empregando-se soluções nutritivas arejadas, com concentrações de alumínio (0, 3, 6, 10, 15 e 20 mgL-1), à temperatura constante de 25 ± 1oC e pH 4,0. A tolerância foi medida pela capacidade das raízes primárias continuarem a crescer em solução sem alumínio, após 48 horas em solução contendo uma concentração conhecida de alumínio. Todos os cultivares de centeio Branco, Bagé, FA (In Chansti), Soron, Padrela, Montalegre, Vila Pouco de Aguiar, Gimonde e Lamego e os cultivares de trigo BH-1146 e IAC-227 foram considerados muito tolerantes, por exibirem crescimento radicular após o tratamento em solução contendo 20mgL-1 de Al3+. Os genotipos de centeio Padrela, Montalegre e Vila Pouco de Aguiar foram os mais tolerantes, em função dos seus maiores índices de tolerância relativa. Os cultivares de triticale IAC-1 e CEP-15 e os cultivares de trigo comum IAC-5 e IAC-24 apresentaram uma tolerância intermediária, exibindo crescimento da raiz primária na presença de 15 mgL-1 de Al3+, porém não a 20. Os cultivares Anahuac (trigo comum) e Yavaros "S" (trigo duro) mostraram-se sensíveis ao Al3+ , não apresentando crescimento das raízes primárias após tratamento em soluções contendo 3 mgL-1 de Al3+.
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