A jaca, fruta da Artocarpus heterophyllus Lam., é formada por gomos que contêm uma semente revestida por uma polpa comestível, que constitui em média 28% da massa total do fruto, sendo o restante quase sempre descartado. Estudos de aproveitamentos alternativos com intenção de incrementar o uso industrial da jaca promovendo a sustentabilidade alimentar e agrícola são necessários, valorizando a produção e seu consumo. Dessa forma, estudou-se o enriquecimento proteico dos resíduos de jaca (casca, eixo central, pívide) através da fermentação semissólida, utilizando a Saccharomyces cerevisiae, avaliando a influência da concentração de levedura e resíduos, adotando-se um planejamento experimental. A fermentação ocorreu em estufa de circulação de ar a 35 °C, sistema de batelada, durante 72 h. A fermentação semissólida utilizando 100% de casca de jaca e 3% de concentração de levedura proporcionou maior aumento proteico. Após 72h de processo, o teor máximo de proteína bruta e de aumento proteico alcançados foram de 13 e 100%, respectivamente. O suplemento proteico obtido através da fermentação de resíduos da jaca, utilizando levedura como inóculo, pode ser utilizado como uma alternativa na alimentação de ruminantes.
A palma forrageira (Opuntia ficus indica Mill) e o sisal (Agave sisalana Perrine) são recursos utilizados como alimento para ruminantes no período de escassez de pastagens, por serem plantas adaptadas às condições adversas do semiárido brasileiro. No entanto essas plantas apresentam baixo teor proteico e por isso recomenda-se fornecer na dieta animal sempre associada a um suplemento proteico, porém o uso de concentrados comerciais para suplementação proteica na dieta dos animais aumenta os custos de produção da atividade pecuária na região. Portanto, o estudo de alternativas para aumentar o valor proteico dessas plantas torna-se uma boa estratégia para tentar minimizar tais problemas. O objetivo deste trabalho foi estudar o processo de enriquecimento proteico da palma forrageira e do sisal através da fermentação semissólida, com a utilização da Saccharomyces cerevisiae, avaliando a influência da massa de sisal e concentração de suplemento mineral no teor proteico, visando à produção de um suplemento proteico para ser usado na ração animal. A fermentação ocorreu em sistema de batelada, durante 24 horas, onde o meio foi adicionado ao biorreator, ocorrendo então à adição da levedura e de suplemento mineral comercial, seguindo-se um planejamento experimental 3 2 . Fez-se uma avaliação das variáveis estudadas e observou-se que, após 24 h de processo, o teor máximo de proteína bruta e de aumento proteico alcançados nas fermentações realizadas foi de 3% e 400%, respectivamente. As condições experimentais correspondentes a esses valores foram: concentração de suplemento mineral de 0,1% e massa de sisal de 100%. De acordo com o exposto verifica-se que o objetivo de enriquecer proteicamente forragens através da fermentação semissólida utilizando-se levedura foi alcançado. Palavras-chave:Suplemento mineral; Fermentação; Aumento Proteico.
Convective heating is a traditional method used for the drying of wet porous materials. Currently, microwave drying has been employed for this purpose, due to its excellent characteristics of uniform moisture removal and heating inside the material, higher drying rate, and low energy demand. This paper focuses on the study of the combined convective and microwave drying of porous solids with prolate spheroidal shape. An advanced mathematical modeling based on the diffusion theory (mass and energy conservation equations) written in prolate spheroidal coordinates was derived and the numerical solution using the finite-volume method is presented. Here, we evaluated the effect of the heat and mass transport coefficients and microwave power intensity on the moisture removal and heating of the solid. Results of the drying and heating kinetics and the moisture and temperature distribution inside the solid are presented and discussed. It was verified that the higher the convective heat and mass transfer coefficients and microwave power intensity, the faster the solid will dry and heat up.
A determinação do teor de água em forragens frescas e silagens é um dos procedimentos mais utilizados em pesquisas sobre forragens utilizadas para alimentação animal. As dificuldades encontradas neste tipo de análise, geralmente, estão relacionadas à separação incompleta da água do produto, decomposição do produto e perda de substâncias voláteis. Este trabalho teve por objetivo comparar os métodos de determinação do teor de água utilizando o forno de micro-ondas e o método padrão em estufa em quatro cactáceas: palma forrageira (Opuntia ficus-indica Mill), mandacaru (Cereus jamacaru), facheiro (Pilosocereus pachycladus) e xiquexique (Pilosocereus gounellei). Após coletadas, as amostras foram tratadas (trituradas e cortadas em pedaços) e submetidas a dois métodos de determinação do teor de água. A determinação do teor de água utilizando o forno de micro-ondas apresenta-se como uma alternativa viável ao método convencional de secagem por estufa, sendo as principais vantagens à redução no consumo de energia e a significativa redução no tempo de secagem, que é de 24 horas no procedimento utilizando a estufa e 18 minutos quando a secagem é feita por micro-ondas.
RESUMO O maxixe-bravo (Cucumis dipsaceus Ehrenb), pertence à família das Cucurbitaceas, é originário da África e, no Brasil adaptou-se às regiões semiáridas. Os frutos desta espécie apresentam um teor nutricional apreciável, e é usado apenas na alimentação de animais. Com o intuito de colaborar para a sustentabilidade desta região, objetivou-se com esse trabalho estudar o processo de enriquecimento proteico do maxixe-bravo com micro-organismos (leveduras) por fermentação semissólida, visando à produção de suplemento proteico para ração animal. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Bioquímica e Biotecnologia de Alimentos (UFCG/CES). Utilizou-se biorreatores de plástico, nos quais foram colocados 300 g de maxixe-bravo triturados, e adicionado diferentes quantidades de leveduras em cada um, correspondendo à: 0, 1, 3, 5 e 15 % da massa inicial de substrato. As fermentações ocorreram em estufa de circulação de ar a 35 °C, sistema de batelada, sendo retirado amostras para determinação de teor de água, resíduo mineral fixo, acidez titulável, sólidos solúveis totais, pH, proteína bruta e calculado o respectivo aumento proteico alcançado, nos tempos de 24, 48 e 72 horas de processo. O processo fermentativo com concentração de 3 % de levedura proporcionou o maior aumento proteico. Com 48 h de fermentação, o teor de proteína bruta e o aumento proteico alcançado foram de 8,73 e 226,97 %, respectivamente.
Modelagem matemática da secagem de resíduo de acerola em forno de microondasMathematical modeling of acerola residence in microwave
RESUMO A geração de um volume expressivo de cascas, eixo central, pívide e sementes de jaca, correspondem a mais de 70% da matéria-prima e, são quase sempre descartados, acarretando prejuízos econômicos e ambientais. Dessa forma, é necessário incentivar o aproveitamento de resíduos vegetais que poderão entrar na alimentação de forma integral, rico em nutrientes, de baixo custo e de preparo rápido, que ofereça sabor regionalizado e acessível à população. A possibilidade de transformação desses resíduos em produtos farináceos para elaboração de novos produtos contribui, assim, para a diminuição do impacto gerado ao meio ambiente, agregando valor econômico ao produto desenvolvido. Portanto, devido à importância e a alta disponibilidade dessa fruta na região Nordeste, o objetivo do trabalho foi determinar a composição física, química e tecnológica de produtos farináceos de casca de jaca obtidos por secagem convectiva e micro-ondas, visando sua possível utilização na alimentação humana. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Bioquímica e Biotecnologia de Alimentos (CES/UFCG). As matérias-primas utilizadas foram os produtos farináceos do resíduo casca de jaca obtidas por estufa de circulação de ar a 60 °C e forno de microondas (FMO). Realizou-se análises quanto ao: teor de água (TA), atividade de água (aw), pH, resíduo mineral fixo (RMF), sólidos solúveis totais (SST), proteína bruta (PB), cor e croma. Os produtos farináceos obtidos por estufa e FMO obtiveram para o TA valores médio
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