A necessidade de encontrar um modelo de “bom” professor foi (e continua a ser) uma preocupação constante pelas repercussões que poderá ter na formação de professores, na qualidade de ensino e ainda na imagem social e profissional da função docente. Em termos objetivos, a representação do “bom” professor é difícil de concretizar, dada a existência de inúmeros fatores (humanos, pedagógicos, científicos, culturais, profissionais) que condicionam o “perfil” desses profissionais. Paralelamente, podemos encontrar diferentes concepções – a missionária, a militante, a laboral, a profssional, a burocrática, a romântica (FORMOSINHO, 1997) – em função de diferentes contextos – sociedade, pais, alunos, professores, currículos – que influenciam e determinam diferentes atuações num “bom” professor. O texto tenta encontrar (sintetizar) um retrato robot (perfil) do “bom” professor, apoiado em estudos efetuados em Educação/Formação de professores em geral e também na Educação Física e no Desporto.
Physical Education in Europe and Brazil: a common sense that shows a universal identity Relying on various concepts / tendencies of Physical Education in two different geographic regions-Europe and Brazil-the author tries to show that there are similar and different conceptions of looking at the act of teaching Physical Education in formal, informal and non-formal contexts. Through the sense of identical it will be done a compliment to the idea of "a common", that organizes a global identity and therefore universal. This fact seems to evidence that there is a common ontological/ metaphysical way (axis) that pierces and tells what Physical Education is. This conception is above social, curricular, linguistic, political, ideological and geographical diversities (and convictions).
O presente ensaio tem como objetivo refletir sobre o Jogo como uma das dimensões do lúdico - a par do brincar e do competir. A reflexão vai fazer o elogio ao Jogo como um fim em si mesmo, contrariando a ideia do Jogo como um meio, um instrumento ao serviço de modelos teóricos e didáticos. O Jogo é capaz de emprestar a quem joga um movimento humano significativo, fundado a partir da concepção dialógica do movimento. Neste sentido serão apresentados alguns apontamentos que tornam o Jogo como parte essencial da Educação Física (e da educação em geral) e do movimento humano significativo; dentre eles, podemos citar a subjetividade, a criatividade, o sonho, a vontade, a possibilidade, a liberdade, … como constituintes do ser humano. Palavras-chave: Jogo; Movimento humano significativo; Subjetividade; Lúdico.
Este ensaio tem como objetivo refletir sobre a Educação Física (EF) escolar como campo do conhecimento com responsabilidades de propor uma formação para o “tempo do inútil”. Ao longo do texto, procuramos demonstrar que, em tempos de crise, utilitarismos e imediatismos, reconhecer a importância de uma formação para o “tempo do inútil” representaria uma virada paradigmática para a EF, especialmente no contexto escolar.
RESUMO: Esta pesquisa teve como principal objetivo analisar como as disciplinas relacionadas ao corpo e às práticas corporais vêm sendo tematizadas nos cursos de graduação em Pedagogia das universidades públicas paulistas, em diálogo com a área da Educação Física. Ao eleger a constituição dessas disciplinas como objeto de estudo, interessou-nos principalmente sua organização a partir das experiências, dos conhecimentos e dos saberes narrados pelos(as) docentes responsáveis pelas disciplinas e com graduação em Educação Física. Os pressupostos metodológicos do paradigma indiciário foram adotados como inspiração e perspectiva de busca, compreensão e análise das fontes, levantadas por meio dos programas das disciplinas (fontes documentais) e das entrevistas (fontes narrativas). As reflexões tomaram forma em três eixos de análise: o corpo como construção social e produção cultural; as práticas corporais como conhecimento; e a dimensão dos sentidos corporais no fazer sensível. Percebemos a presença, ainda que tímida, das temáticas sobre o corpo e as práticas corporais como conhecimentos relevantes a serem tratados na formação em Pedagogia, com maior ou menor ênfase na dimensão do fazer corporal. Nesse tipo de disciplina, defendemos aquilo que ultrapassa os textos escritos, com propostas de trabalho que perpassam as práticas corporais em vivências sensíveis, tomando o corpo como lugar privilegiado da experiência e da produção de conhecimento.
O texto tenta fazer uma incursão na Ética em pesquisa nos contextos educativos com o objetivo de problematizar a ética no contexto da ciência, do conhecimento (pesquisa) e da educação. Para tal, tenta num primeiro momento fazer um esclarecimento dos termos – esclarecimento simples, para depois – num segundo momento - colocar questões (voltar a perguntar) sobre o sentido da praxis axiológica, investigativa e educativa. Voltar a perguntar porque não temos respostas, ou melhor, talvez encontremos respostas (implícitas e explicitas) perguntando…
ResumoA reflexão pretende salientar a relação entre o desporto, a cultura e os estilos de vida (lazer). A coexistência de diversas culturas nas sociedades modernas tem implicações nas escolhas das práticas desportivas e nos estilos de vida e de lazer. Uma das características da vida moderna é a utilização dos tempos livres e desportivos em dois grandes sentidos: a) um sentido de forma orientada (industrializada, programada… económica); b) um outro sentido de retorno a formas mais espontâneas e naturais de atividade física e desportiva realizada individualmente, e em pequenos grupos no palco -natureza. Procurámos aqui fazer uma reflexão… Palavras-Chave: Cultura, desporto, diversidade cultural, socialização, lazer, estilos de vida. AbstractThe reflection aims to highlight the relationship between sport, culture and lifestyles (leisure). The coexistence of diverse cultures in modern societies has implications in the choices of the sports practices and the styles of life and of leisure. One of the characteristics of modern life is the use of leisure and sport in two main senses: a) a sense of oriented form (industrialized, programmed ... economic); b) another sense of return to more spontaneous and natural forms of physical and sporting activity performed individually, and in small groups on the stage -nature. We have tried to reflect on Keywords: Culture, sport, cultural diversity, socialization, leisure, lifestyles.As mudanças sociais resultantes da revolução industrial nos finais do séc. XIX e depois com a melhoria técnica e tecnológica, levaram ao desabrochar de sociedades modernas caracterizadas por novos estilos de vida, em que os tempos de lazer são novamente valorizados (como acontecia na Grécia antiga -com a ideia de ócio). O tempo livre/lazer não significa apenas ausência de trabalho, é também um tempo de recuperação e de realização pessoal, grupal, cultural, onde a atividade desportiva aparece com especial relevo. No entanto numa análise atenta, vamos verificar que o tempo livre/lazer tem (hoje) dois grandes sentidos: i) um sentido de padrão, rotina -que encaixa no espírito industrial (ginásios, maquinas, horas, tempos, espaços, rotinas). Há neste sentido imensas semelhanças com o mundo do trabalho, do processo (inconsciente) de controlo -indústria cultural; ii) um outro sentido, assente no livre movimento -tempo livre inusitado, não programado, naturalmente prazeroso. Estaremos no caminho do verdadeiro lúdico.Na dialética destas duas realidades (sentidos) o tempo livre e de lazer (no qual o desporto e cultura se manifestam) é caracterizado por essa tensão entre o natural e o construído (Santos & Gama, 2008;Dumazedier, 1980). Ora, este facto, se por um lado, contribui para um desenvolvimento harmonioso e equilibrado da personalidade, por outro, pode traduzir-se como um meio de alienação e manipulação, associado a mecanismos de discriminação (Brunhs, 1998).As políticas de lazer deveriam integrar-se na política cultural (e não/apenas numa politica económica, elitista) assumindo a relação existente entre laz...
Governar a infância significa educar as crianças moldando-lhes o corpo e a alma através de uma anátomo-biopolítica que emerge nas pedagogias ocidentais modernas, baseadas na combinação entre hierarquia e padrão que normatizam e fundamentam as artes de governo para que sejam integradas à vida social. Para tal, foi necessário forjar a infância como objeto de análise por intermédio de uma nosopolítica que contorna a criança, autorizando a nosoinfância que preconiza o desenvolvimento corporal e comportamental em etapas, limites e medidas coligidas nas estratégias de governo, pois é preciso educá-las fazendo-as existir. O biopoder normalizador e disciplinador estabelece o que é ser criança, alocando a dimensão lúdica da corporeidade ao serviço da aquisição de competências e habilidades prescritas pelos adultos, a fim de que atinjam com sucesso padrões motores pré-definidos em cada estágio de desenvolvimento, suprimindo as experiências autênticas que a criança tece no diálogo corpo-mundo pela linguagem imanente, espontânea, singular e original do brincar e se movimentar em liberdade.
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