Este estudo teve como objetivo compreender o fenômeno da entrega de um filho para a adoção, a partir das mães que renunciaram à maternagem. Através de entrevistas com três mães doadoras, constatou-se que fatores socioeconômicos, familiares e emocionais estavam presentes na decisão da entrega do filho. Identificou-se que a entrega foi acompanhada por sofrimento e pelo sentimento de impossibilidade de cuidado à criança. Além disso, pode-se verificar que as ações realizadas por profissionais da saúde e conselheiros tutelares diante da decisão da mãe entregar o filho à adoção nem sempre estavam adequadas conforme o preconizado na Lei nº 12.010, havendo violação dos direitos. Destaca-se a necessária aplicabilidade das políticas públicas que visam à assistência jurídica e psicológica às mães que entregam o filho para adoção.
Resumo O presente estudo teve como objetivo apresentar uma revisão sistemática da literatura acerca da temática da monoparentalidade em produções nacionais. Para tanto, realizou-se a busca de estudos publicados entre 1980 e junho de 2017 nas bases de dados on-line IndexPsi, Lilacs, Scielo e PePSIC, utilizando como descritores os termos “monoparental”, “monoparentalidade”, “uniparental”, “mãe ou pai solteira(o)” e “guarda unilateral”. Dessa busca, considerando critérios de inclusão e exclusão, obteve-se 22 artigos empíricos, os quais foram utilizados na produção deste estudo. Os resultados foram submetidos à análise de conteúdo e à análise de frequência simples, sendo apresentados através de cinco categorias: a) ano de publicação; b) periódicos de veiculação dos artigos; c) método de pesquisa; d) região da universidade de origem da produção científica; e e) principais resultados. Acredita-se que o estudo contribuiu com a produção de conhecimento científico na área da psicologia, uma vez que explanou as diferentes perspectivas através das quais o fenômeno da monoparentalidade está sendo compreendido pelos pesquisadores até o presente momento. Tal compreensão é útil tanto para o meio científico, pois direciona novas investigações, fundamentando-se no conhecimento já disponível acerca deste campo, como também para o meio profissional, servindo como suporte aos profissionais que atuam com famílias.
Este estudo tem como propósito apresentar uma revisão integrativa de pesquisas empíricas e nacionais acerca das relações que envolvem o pai e os filhos de 0 a 12 anos, publicados entre 2000 e 2019 em revistas brasileiras. Utilizou-se como descritores “paternidade”, “relação pai-criança” e “criança”, em buscas realizadas nas bases SciELO, PePSIC e IndexPsi. Foram analisados 48 artigos. Os resultados foram submetidos à Análise de Conteúdo e à análise de frequência simples, apresentados a partir das seguintes categorias: (1) Ano de publicação, (2) Método de Pesquisa, (3) Principais resultados. Destaca-se a relevância desse estudo para o progresso do conhecimento científico referente ao tema, ao atentar para complexidade dos fatores que perpassam a relação entre o pai e as crianças. Além disso, o estudo pode contribuir para a visibilidade da função paterna no sistema familiar, bem como para consolidação de políticas públicas que reconheçam a importância paterna para o desenvolvimento dos filhos.
Resumo Em meio a um cenário de mudanças e de maior pluralidade nas estruturas familiares brasileiras, se destaca a ascensão da família monoparental. Nos núcleos em que o pai é o responsável pela família, é necessário que o homem reorganize sua rotina e rede de apoio para oferecer cuidado, proteção e afeto aos filhos. O objetivo deste estudo é compreender de que modo os ambientes ecológicos influenciam o desenvolvimento da paternidade em famílias monoparentais masculinas. Para tanto, apresentamos o conjunto de sistemas e/ou pessoas significativas que compõem ligações sociais e afetivas de relacionamentos percebidos e recebidos pelos pais, por meio do método qualitativo e exploratório, com delineamento de estudo de casos. Participaram do estudo quatro pais (homens), com ao menos um filho de até 11 anos de idade sob sua guarda, formal ou informal, por um período mínimo de cinco meses. Como resultado, observou-se que a interação pais-filhos é multideterminada, inter-relacionada com características do contexto social, dos ambientes nos quais o pai está inserido e do pai em si. A família de origem, comunidade e babás foram referidas como apoio em situações de dificuldades encontradas pelos pais e seus filhos. A instituição escolar, principalmente em contextos de maior vulnerabilidade, mostrou-se relevante na garantia de condições que favoreciam o desenvolvimento das crianças. Os resultados do estudo demonstram a importância do incremento de programas de apoio à participação paterna na vida familiar e da consolidação da responsabilidade masculina em relação aos filhos.
Os (re)arranjos familiares são necessários no contexto pós-divórcio, a fim de preservar os vínculos entre pai, mãe e filhos(as). Este estudo de abordagem qualitativa e enfoque empírico teve por objetivo caracterizar o envolvimento do pai com os filhos(as) após o término da conjugalidade de acordo com a modalidade de guarda, na perspectiva de pais e mães divorciados(as). Participaram 12 pessoas divorciadas, em dois grupos focais, sendo um composto com seis mulheres/mães e o outro com seis homens/pais, com crianças pequenas. Os dados foram analisados através da análise categorial temática, utilizando-se do software Atlas.ti 5.0 para organização dos dados. Os resultados foram organizados em três categorias temáticas: envolvimento paterno: os desdobramentos de pais com guarda compartilhada; o envolvimento paterno de pais “visitantes”: as implicações da guarda unilateral materna e; percepções sobre modalidades de convivência e pensão alimentícia. Este estudo pretende contribuir com o avanço das pesquisas sobre o envolvimento paterno no contexto do divórcio e demarca a importância da guarda compartilhada, como um fator de proteção para o engajamento do pai com os(as) filhos(as), devendo ser incentivada sempre que for possível. Considerando que a guarda compartilhada pode ser determinada em juízo, mesmo nos casos em que há conflitos entre os ex-cônjuges, revela-se a importância do apoio psicológico à pais e mães no período de transição para o divórcio, visando ajudá-los a lidar com aspectos emocionais e relacionais.Palavras-chave: relações pai-filhos; divórcio; envolvimento paterno; guarda compartilhada; paternidade.
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