A (nova) relação pai-filhos: uma revisão integrativa da literatura nacional entre 2000 e 2019

Abstract

Este estudo tem como propósito apresentar uma revisão integrativa de pesquisas empíricas e nacionais acerca das relações que envolvem o pai e os filhos de 0 a 12 anos, publicados entre 2000 e 2019 em revistas brasileiras. Utilizou-se como descritores “paternidade”, “relação pai-criança” e “criança”, em buscas realizadas nas bases SciELO, PePSIC e IndexPsi. Foram analisados 48 artigos. Os resultados foram submetidos à Análise de Conteúdo e à análise de frequência simples, apresentados a partir das seguintes categorias: (1) Ano de publicação, (2) Método de Pesquisa, (3) Principais resultados. Destaca-se a relevância desse estudo para o progresso do conhecimento científico referente ao tema, ao atentar para complexidade dos fatores que perpassam a relação entre o pai e as crianças. Além disso, o estudo pode contribuir para a visibilidade da função paterna no sistema familiar, bem como para consolidação de políticas públicas que reconheçam a importância paterna para o desenvolvimento dos filhos.

Paternidade e cuidados ao recém-nascido: Experiências paternas no alojamento conjunto

“…Essa relação de cuidado com enfoque na proteção, é muito percebida ao longo dos anos nas vivências dos "novos pais", a partir do entendimento de que uma boa relação com os filhos deve se estabelecer desde o começo de sua vida, para ter um melhor impacto no futuro. Dessa forma, tentam essa aproximação de diversas maneiras e a provisão de proteção é uma delas (Campeol & Crepaldi, 2018;Bustamante, 2019).…”

“…Entretanto, P12 ainda coloca o pai numa posição de menos responsabilidade que a mãe, reproduzindo o padrão sócio histórico estabelecido, que atribui à mulher a maior parte das ações de cuidados voltados aos filhos e as atividades domésticas. Não há como negar que apesar das diversas mudanças das conformações familiares e uma diferença na seriedade em que os pais estão levando a paternidade, é possível encontrar discursos como esse em que imputam menor responsabilidade ao pai, tendo influência sobre o discurso também o meio ao qual ele está inserido (Campeol & Crepaldi, 2018;Ferreira et al, 2019).…”