This a cross-sectional study made in Fortaleza, Ceará, 2009, which included 458 teenagers and analyzed their exposure to violence, describing their access to weapons, alcohol abuse, illegal drug use and their self-esteem by investigating their socio-economic, school and family characteristics and exposure to the phenomenon. A questionnaire and/or structured interviews were used for data collection, and analysis involved Pearson's chi-square test, with 95% reliability. Of the 458 participants, 17.7% were considered to be exposed to criminal violence. Significant variables for exposure to violence included: place of birth (p = 0.020), years of schooling (p = 0,009), school absenteeism (p < 0.001), the father as the head of the family (p = 0.026), alcohol-addicted parents (p < 0.001), good/very good family relationships (p = 0.009), and parents' dissatisfaction with their children's friends (p < 0.001). Thus, it is necessary that public policies focus on a support network for care of adolescents and that urban centers organize themselves socially and politically in the quest for understanding the effects of exposure to violence among adolescents in low-income communities.
IntroduçãoA Constituição Brasileira de 1988 incorporou ao seu texto o conceito ampliado de saúde construído pelo Movimento de Reforma Sanitária Brasileira, que tinha como fundamento a teoria da determinação social do processo saúde/doença. Isso exigiria mudanças na organização da produção dos serviços de saúde e na formação dos trabalhadores do SUS, com vistas à universalidade, equidade e integralidade da atenção.Nesse contexto, a Educação em Saúde torna-se uma ação fundamental para garantir novas práticas sanitárias. Para tanto, é preciso superar a Educação em Saúde historicamente hegemônica, que tem sido instrumento de dominação do saber da elite e de responsabilização dos indivíduos pela redução dos riscos à saúde 1 . Buscando romper com a tradição autoritária e normalizadora da relação entre os serviços de saúde e a população, destaca-se o movimento da Educação Popular em Saúde (EPS) 2 Um dos maiores desafios desse movimento é sua incorporação nos cursos de graduação na área de saúde, na formação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), na educação permanente dos trabalhadores do SUS e nos cursos de pós-graduação 3 . Para contribuir com o debate da formação em EPS, o presente artigo objetiva sistematizar e avaliar a experiência da disciplina Educação Popular em Saúde de um curso de graduação em Enfermagem, que testou inserir Agentes Comunitários de Saúde como discentes, tendo como premissas o entendimento de que o espaço da formação em Saúde é um lugar propício ao desenvolvimento de estratégias de qualificação dos trabalhadores do SUS e, ao mesmo tempo, a percepção desses atores como facilitadores do processo de ensino-aprendizagem. O mérito da experiência está em fazer dos serviços de saúde espaços de reflexão dos aprendizes de cursos de graduação e fazer da sala de aula universitária espaço de qualificação dos ACS. A formação em saúde/enfermagem para o SUSA história da formação em Saúde no Brasil é marcada pela desarticulação entre o ensino e as necessidades sociais de saúde. A problemática em torno da capacidade do sistema de saúde nacional em responder às necessidades de saúde entrelaça-se ao desafio do sistema educacional em formar profissionais capazes de intervir nessa direção.Maria Carmélia Sales do Amaral (a)
Objetivo analisar dificuldades e potencialidades da articulação entre universidade, Sistema Único de Saúde (SUS) e movimentos sociais para fomentar a incorporação de abordagem integrada entre Saúde do Trabalhador e Saúde Ambiental nessas instâncias. Métodos pesquisa-ação realizada em território rural do Nordeste brasileiro, com grupo de atores ligados ao SUS, à universidade e a movimentos sociais. Desenvolveram-se estudos em campo, entrevistas semiestruturadas, oficinas e seminários. Resultados a articulação proposta mostrou-se relevante e potencializada pela oportunidade de diálogo interdisciplinar e intersetorial e de troca de experiências que contribuíram para: a identificação das relações entre produção-trabalho-ambiente-saúde e das necessidades de saúde que envolvem trabalho e ambiente em território rural; a construção coletiva de um plano de ação para intervir sobre a realidade estudada; a ressignificação do trabalho acadêmico e em saúde; e a desconstrução de mitos da ideologia do desenvolvimento junto aos atores sociais envolvidos. Identificaram-se como atores relevantes professores que desenvolvem pensamento crítico, movimentos sociais autônomos e agentes comunitários de saúde. Conclusão a articulação entre universidade, SUS e movimentos sociais mostrou ser um caminho potencial para o fortalecimento da práxis da Saúde do Trabalhador e Ambiental.
A agricultura irrigada utiliza cerca de 70% da água consumida no Brasil, podendo comprometer a garantia prioritária para o abastecimento humano, especialmente no semiárido. O Governo Federal planeja acentuá-la através da nova Política Nacional de Irrigação. A proposta do Estado é estimular a modernização da agricultura e a competitividade do agronegócio ampliando em 393.000 hectares as áreas de perímetros irrigados. Com o objetivo de investigar tal política, este artigo analisa as fases de desapropriação, instalação e operação de cinco estudos de caso de perímetros irrigados no Ceará e no Rio Grande do Norte. A pesquisa utilizou-se de estudos bibliográficos, documentais e materiais produzidos por movimentos sociais. A política de irrigação, nesse sentido, tem conformado conflitos ambientais e violado os direitos dos povos do campo a terra, ao território, à água, ao ambiente, à saúde, ao trabalho e à participação política, quando estes deveriam ser concretizados pelas políticas públicas.
The transformations in the Brazilian agricultural scenario have reconfigured lifestyles in the countryside, with repercussions on the health of the rural population. The scope of this paper is to analyze health needs of farmers, identified by a collective of university actors, the Unified Health System and social movements. It is action-research, with a group comprised of community health workers, workers in a Reference Center in Occupational Health, a university professor and representatives of social movements. Semi-structured interviews and field visits were conducted, as well as workshops and seminars. The thematic categorization revealed five health need groupings: the need for revision of the agrarian development model; the need for good living conditions; the need for social mobilization; the need to avoid the use of pesticides; and the need for action of the Unified Health System (SUS). The dialogue of knowledge and exchange of experience elicited the recognition of health needs that require intersectoral action. Health needs must be understood in the context of the territories to which the individuals and groups belong, acknowledging the complexity of social, economic, cultural and environmental issues.
RESUMO: Objetivo: descrever como os enfermeiros do atendimento pré-hospitalar percebem o desgaste relacionado ao trabalho. Método: estudo descritivo de abordagem qualitativa, realizado por meio de entrevistas com sete enfermeiros do serviço de atendimento móvel as urgências (SAMU) em Mossoró, Brasil. O período de coleta de dados foi de março a abril de 2010 e os dados foram analisados à luz da Análise do Discurso (AD). Resultados: após o tratamento dos dados emergiram três núcleos de sentido: desgaste relacionado com as particularidades do pré-hospitalar; desgaste e as condições do serviço e o desgaste relacionado ao corpo físico e a mente. Conclusões: com a concretização desse estudo percebemos que os enfermeiros compreendem que o desgaste relacionado ao trabalho é agravado devido às condições de trabalho e pela jornada de trabalho desses profissionais. Descritores: Enfermagem; Saúde do trabalhador; Unidades móveis de saúde.
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