IntroduçãoA Constituição Brasileira de 1988 incorporou ao seu texto o conceito ampliado de saúde construído pelo Movimento de Reforma Sanitária Brasileira, que tinha como fundamento a teoria da determinação social do processo saúde/doença. Isso exigiria mudanças na organização da produção dos serviços de saúde e na formação dos trabalhadores do SUS, com vistas à universalidade, equidade e integralidade da atenção.Nesse contexto, a Educação em Saúde torna-se uma ação fundamental para garantir novas práticas sanitárias. Para tanto, é preciso superar a Educação em Saúde historicamente hegemônica, que tem sido instrumento de dominação do saber da elite e de responsabilização dos indivíduos pela redução dos riscos à saúde 1 . Buscando romper com a tradição autoritária e normalizadora da relação entre os serviços de saúde e a população, destaca-se o movimento da Educação Popular em Saúde (EPS) 2 Um dos maiores desafios desse movimento é sua incorporação nos cursos de graduação na área de saúde, na formação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), na educação permanente dos trabalhadores do SUS e nos cursos de pós-graduação 3 . Para contribuir com o debate da formação em EPS, o presente artigo objetiva sistematizar e avaliar a experiência da disciplina Educação Popular em Saúde de um curso de graduação em Enfermagem, que testou inserir Agentes Comunitários de Saúde como discentes, tendo como premissas o entendimento de que o espaço da formação em Saúde é um lugar propício ao desenvolvimento de estratégias de qualificação dos trabalhadores do SUS e, ao mesmo tempo, a percepção desses atores como facilitadores do processo de ensino-aprendizagem. O mérito da experiência está em fazer dos serviços de saúde espaços de reflexão dos aprendizes de cursos de graduação e fazer da sala de aula universitária espaço de qualificação dos ACS. A formação em saúde/enfermagem para o SUSA história da formação em Saúde no Brasil é marcada pela desarticulação entre o ensino e as necessidades sociais de saúde. A problemática em torno da capacidade do sistema de saúde nacional em responder às necessidades de saúde entrelaça-se ao desafio do sistema educacional em formar profissionais capazes de intervir nessa direção.Maria Carmélia Sales do Amaral (a)
Figura -A cidade de Mossoró dividida por zonas e bairros, a localização das UBS por zona urbana e os territórios selecionados para investigação...
Objetivo: Identificar la percepción que tienen los adolescentes sobre el uso de las redes sociales y la influencia en la salud mental. Método: Investigación descriptiva-exploratoria con abordaje cuantitativo y cualitativo, realizada con adolescentes de entre diez y diecinueve años que son usuarios de las redes sociales. La muestra estuvo formada por 71 participantes seleccionados mediante la técnica de bola de nieve. El instrumento utilizado para llevar a cabo la recolección de datos fue el cuestionario online, desarrollado por los investigadores por medio de la herramienta Google Forms, y difundido a través de las redes sociales. Los datos fueron tabulados y presentados en gráficos y tablas, a través de estadísticas simples y discusión basada en literatura científica. Resultados: En cuanto al uso de redes sociales, el 100% de los encuestados respondió que las usaba con frecuencia, 27% dijo formar parte de 3 redes sociales, siendo WhatsApp e Instagram las más utilizadas, con 27% cada una. En cuanto a los riesgos de su uso, 34% de los participantes manifestó que se trataba de la divulgación de datos personales. El principal sentimiento que manifestaron en las redes fue el de vergüenza (27%); las contribuciones de las redes sociales son estudios/actualizaciones (29,5%); las consecuencias para la salud mental resultantes del uso fueron la invasión de la privacidad/divulgación de datos (20,5%) y la adicción (19,3%). Conclusión: El uso de las redes es cada vez mayor y provoca el surgimiento de nuevas formas de enfermedad, principalmente mentales, por lo tanto, es necesario que los profesionales de la salud aborden esta problemática para intervenir de forma efectiva. Objective: To identify the adolescents' perception about the use of social networks and the influence on mental health. Method: This is a descriptive-exploratory research study with a quantitative and qualitative approach, carried out with adolescents aged between ten and nineteen years old who are users of social networks. The sample consisted of 71 participants recruited using the snowball technique. The instrument used to carry out data collection was the online questionnaire, elaborated by the researchers and developed through the Google Forms tool, and disseminated through social networks, being subsequently tabulated and presented in graphs and tables, through simple statistics and discussion based on the scientific literature. Results: Regarding the use of social networks, 100% of those surveyed stated using them frequently, 27% said that they participated in 3 social networks, with WhatsApp and Instagram being the most used, with a total of 27% each. Regarding the risks of their use, 34% of the participants stated that it was disclosure of personal data. The main feeling they felt in the networks was that of embarrassment (27%); the contributions of the social networks are related to studies/updates (29.5%); and the consequences for mental health resulting from use were invasion of privacy/disclosure of data (20.5%) and addiction (19.3%). Conclusion: The use of networks is growing and causes new forms of illness to arise, mainly of a mental nature, requiring the health professional to approach this problem in order to intervene effectively. Objetivo: Objetiva-se identificar a percepção dos adolescentes sobre o uso das redes sociais e a influência na saúde mental. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva-exploratória com abordagem quanti-qualitativa, realizada com adolescentes de idade entre dez e dezenove anos que são usuários das redes sociais. A amostra consistiu em 71 participantes coletados a partir da técnica bola de neve. O instrumento utilizado para a realização da coleta de dados foi o questionário online, elaborado pelos pesquisadores e desenvolvido através da ferramenta Google Forms, e divulgado através das redes sociais, sendo posteriormente tabulados e apresentados em gráficos e tabelas, através de uma estatística simples e discussão com base na literatura científica. Resultados: Acerca do uso das redes sociais 100% dos pesquisados responderam utiliza-las com frequência, 27% afirmaram fazer parte de 3 redes sociais, sendo o WhatsApp e Instagram os mais utilizados, com um total de 27% cada uma. Acerca dos riscos do seu uso, 34% dos participantes afirmaram ser a divulgação de dados pessoais. O principal sentimento sentido por eles nas redes foi o de constrangimento (27%); as contribuições das redes sociais são estudos/atualizações (29,5%); e as consequências para a saúde mental decorrente do uso foram invasão de privacidade/divulgação de dados (20,5%) e vício (19,3%). Conclusão: O uso das redes é crescente e faz surgir novas formas de adoecimento, principalmente de ordem mental, necessitando que o profissional de saúde se aproxime dessa problemática para intervirem de forma efetiva.
PALAVRAS-CHAVE-Promoção da Saúde.-Educação Médica.-Educação Permanente.-Integração DocenteAssistencial. RESUMO O presente estudo investigou as concepções e práticas de Promoção da
Pesquisa qualitativa com o objetivo de descrever as experiências vivenciadas pelos enfermeiros da atenção primária sobre saúde do trabalhador. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família em Mossoró, Brasil, entre outubro e dezembro de 2010. A partir da análise temática, evidenciaram-se: ações em Saúde do Trabalhador fundamentadas nos modelos da Medicina do Trabalho e da Saúde Ocupacional; dificuldades relacionadas à Comunicação de Acidente de Trabalho, ao trabalho da Estratégia de Saúde da Família, à vida do trabalhador, à lógica da produtividade das empresas e à formação do enfermeiro; e a existência dos Centros de Referencia em Saúde do Trabalhador e o desejo dos trabalhadores em aprender como possibilidades de superação. Consolidar a Saúde do Trabalhador na Atenção Primária à Saúde perpassa a co-responsabilidade da gestão, formação e serviços de saúde em rever concepções e práticas sobre a relação trabalho e saúde.
Resumo Objetivo Discutir as medidas de prevenção da covid-19 no contexto da vulnerabilidade das pessoas idosas institucionalizadas e analisar o apoio social ofertado às Instituições de Longa Permanência para Idosos durante a pandemia. Método Pesquisa qualitativa realizada com trabalhadores de 24 instituições filantrópicas do Rio Grande do Norte. Os conceitos de vulnerabilidade em saúde e apoio social embasaram a organização e discussão dos dados submetidos à análise temática. Resultados As instituições adotaram, parcialmente, as medidas de prevenção recomendadas pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, em evidência: cancelamento de visitas, uso de Equipamentos de Proteção Individual e limpeza dos ambientes. Em sua maioria, as instituições priorizaram o controle da transmissão viral, secundarizando a redução dos impactos sociopsicológicos referentes ao distanciamento e isolamento social. Foram observadas medidas não recomendadas e sem evidência científica, como o uso de ivermectina. Ainda, a atuação das redes de assistência social e de saúde se efetivou de forma mais integrada, melhorando o apoio social oferecido às instituições na perspectiva da pandemia. O Sistema Único de Saúde se destacou pelas recomendações sanitárias, oferta de insumos e atenção da Estratégia Saúde da Família, enquanto o Sistema Único de Assistência Social atuou de maneira menos expressiva. Conclusão Em geral, as medidas adotadas foram insuficientes para a prevenção da covid-19 diante das suscetibilidades dos idosos institucionalizados. Embora a pandemia tenha ampliado a rede de apoio social e a visibilidade das Instituições de Longa Permanência para Idosos, tornam-se necessários maiores investimentos do poder público para efetivar a redução de vulnerabilidade dessas pessoas idosas.
Resumo O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica foi criado no Brasil para apoiar e ampliar a atenção e a gestão na Saúde da Família. Analisa-se a sua atuação quanto à saúde do trabalhador e saúde e ambiente em territórios do campo e das águas com as famílias que vivem da pesca artesanal e da agricultura camponesa. Pesquisa qualitativa que se ancorou em referenciais da Sociologia das Ausências e da Saúde Coletiva, na abordagem particular que esta faz das relações entre saúde, ambiente e trabalho. A pesquisa valeu-se do emprego de grupos focais na produção de narrativas de profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica em municípios do semiárido e do litoral do Nordeste. Evidenciaram-se singularidades socioeconômicas e culturais das populações do campo e das águas; invisibilidades e potencialidades sobre seus modos de vida e trabalho; cargas e doenças relacionadas ao trabalho; e aspectos da atuação do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica mediante interações com o trabalho e o ambiente nesses territórios. Os cuidados oferecidos a estas populações consideram parcialmente suas especificidades socioculturais, produtivas, ambientais e de saúde, sendo preciso ampliar o reconhecimento de seus modos de vida e trabalho visando intervenções mais exitosas sobre os problemas e necessidades de saúde - o que aponta desafios à formação em saúde para o Sistema Único de Saúde.
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