RESUMO -O objetivo neste trabalho foi verificar como a adubação nitrogenada pode afetar a produção e a qualidade da massa de forragem em pastagem de azevém-anual (Lolium multiflorum Lam.) sob lotação contínua de cordeiros de corte.O azevém foi implantado em 6 de junho de 2006, em sistema de plantio direto com densidade de semeadura de 45 kg de sementes/ha. A adubação de base foi de 300 kg/ha, sem nitrogênio, com 60 kg/ha P 2 O 5 e 60 kg/ha K 2 O. As adubações corresponderam a quatro doses de nitrogênio (N) na forma de ureia (45% de N) em aplicação de cobertura após 35 dias do plantio: 0; 75; 150; ou 225 kg/ha de N. O período de avaliação foi de 84 dias. Para cada kg de nitrogênio aplicado na pastagem de azevém, verificaram-se aumentos lineares de 2,82 kg/ha de massa de forragem, 1,28 kg/ha de massa seca de folhas verdes, 2,47 perfilhos/m 2 e 15,84 kg/ha de massa de forragem total. As doses de nitrogênio aplicadas não influenciaram os teores de proteína bruta (21,21%), fibra detergente ácido (25,90%) e fibra detergente neutro (54,93%) da forragem colhida por meio da simulação do pastejo. O aumento nas doses de nitrogênio interferem positivamente na taxa de acúmulo, o que proporciona maior massa de forragem total.Palavras-chave: cordeiros, perfilhos, produção de matéria seca, taxa de acúmulo, ureia Key Words: accumulation rate, dry matter production, lambs, tiller, urea
Revista Brasileira de Zootecnia
IntroduçãoRecentemente com a transformação do panorama agropecuário, as pastagens cultivadas de inverno passaram a ter papel fundamental nos diferentes sistemas de produção, tendo em vista que o objetivo dos produtores é a busca da intensificação do uso da terra e o desenvolvimento de sistemas de produção mais estáveis (Assmann et al., 2004).Neste contexto, o azevém comum (Lolium multiflorum Lam.) é uma das espécies hibernais apropriadas, devido à capacidade de adaptação às diferentes condições climáticas, à capacidade de cultivo isolado ou consorciado, às características quanti-qualitativas e por responder linearmente às doses de adubação nitrogenada (Alvim & Moojen, 1984).Desde o início dos estudos sobre a utilização do N como ferramenta de manejo, Mott et al. (1970) e, mais R. Bras.