A creche como direito e as implicações para a formação e valorização dos professores Nursery as a right and the implications for teacher education and appreciation
O presente texto tem como propósito problematizar a relação ensino/pesquisa/extensão a partir das atividades desenvolvidas no Grupo de Pesquisa "Linguagens, Infâncias, Cultura e Desenvolvimento Humano" - GP LICEDH, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora/MG. O grupo pauta suas ações na pesquisa e formação de professores, planejando atividades formativas com foco na discussão acerca dos saberes/fazeres da/na Educação Infantil. O aporte teórico-metodológico que embasa as discussões são os autores da Perspectiva Histórico-Cultural, da Pesquisa Crítica de Colaboração- PCCol, assim como as referências no campo teórico da Educação Infantil e as políticas públicas para a área. O GP LICEDH compreende que a formação de professores é um princípio fundamental no processo de consolidação da qualidade na Educação Infantil, além de ser um dos eixos norteadores dos documentos e das políticas educacionais brasileiras na atualidade.
Este artigo tem por objetivo fomentar a discussão sobre avaliação da educação infantil e apresentar as propostas de avaliação da educação infantil em construção no Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), como contribuição para uma metodologia brasileira de avaliação da educação infantil. As propostas estabelecem três estratégias metodológicas de avaliação da educação infantil que podem ser implementadas de forma independente ou complementar: a) pesquisa de campo com uso de questionários aplicados online a diretores(as), coordenadores(as), professores(as) e auxiliares que atuam na educação infantil; b) avaliação por meio de observação em turmas de educação infantil; e c) avaliação das condições da oferta a partir da análise dos dados do Censo Escolar da Educação Básica do INEP, do Censo Demográfico e da PNAD do IBGE. As propostas se constituem com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2009), no Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2014), na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017), em diferentes documentos do Ministério da Educação e em experiências nacionais e internacionais.
Neste artigo, analisam-se pressupostos, argumentos e consequências de pontos de vista divergentes sobre o cuidado e educação das crianças até os três anos de idade em creches. São problematizadas as posições de Tunes e Prestes (2019) desfavoráveis à educação dessas crianças em instituições sociais, visão que buscam fundamentar nas ideias e conceitos da psicologia histórico-cultural de Vigotski. Aqui se propõe a tratar dos conflitos e confrontos em relação à maternidade, ao trabalho feminino e à educação das crianças pequenas, no contexto social contemporâneo; a comentar estudos sobre interações de bebês com mães, outros adultos e pares; a discutir diferentes compreensões sobre os conceitos de Vigotski, argumentando-se a favor do compartilhamento do cuidado e educação da criança pelas famílias e instituições de Educação Infantil de qualidade, em razão das possibilidades de desenvolvimento que oferecem às crianças e pelo papel que ocupam na diminuição das desigualdades educacionais, sociais, bem como raciais e de gênero.
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