Este artigo aborda a importância das animações e das simulações no ensino da Física. Uma apresentação das afirmações de alguns de seus defensores é contrastada com as argumentações de parte relevante dos seus críticos. O propósito do artigo não é defender o abandono da Informática na Educação, mas sim encorajar uma visão mais crítica e equilibrada dela. Desta forma, são discutidos os fundamentos educacionais e epistemológicos que existem subjacentes às linhas de argumentação apresentadas. A importância dos pressupostos e dos limites de validade das teorias é posta em destaque como uma forma de pôr em relevo aquilo que fundamenta as simulações computacionais utilizadas no ensino da Física. O texto conclui apontando a importância de não se concentrar o ensino da Física exclusivamente na veiculação de informações, mas de ter-se em mente a construção do conhecimento em um contexto mais amplo que englobe os conteúdos e os seus processos de construção.
O propósito deste artigo é o de examinar as convicções filosóficas que dão suporte aos comportamentos de alguns professores de física ao lidarem com o ensino da Física no contexto de um laboratório. Entrevistas foram feitas com professores de "Instrumentação para o Ensino da Física", normalmente apresentadas nos currículos desses cursos, assim como com professores secundários que tivessem previamente feito tal curso. As questões foram formuladas de tal modo que os sujeitos pudessem ser envolvidos numa conversa sobre como ensinar alguns assuntos da física e até que ponto seria importante apelar para a experimentação. Os resultados desta pesquisa revelaram perspectivas diferentes sobre o tema entre os sujeitos, principalmente posições indutivistas e realistas ingênuas, as quais são comentadas neste artigo. The purpose of this article is to examine the philosophical convictions which underline the behaviour of some teachers of physics when dealing with the teaching of physics in a laboratory context. Interviews were conducted with teachers of "Instrumentation for Physics Teaching", usually presented in physics courses syllabus, as well as with some secondary teachers of physics who had previously followed such a course. The questions were addressed in such a manner that the subjects could involved in a conversation about how to teach some contents of physics and to which degree it would be important to appeal to experimentation. The findings of this research revealed some different perspectives about the theme among the subjects, mainly naive inductivist and realistic contentions, which are commented in this article
Este trabalho parte do fato de que o ensino da Eletrostática tem se afastado da fenomenologia que lhe deu origem. Investigando-se a história dos eletroscópios, tenta-se mostrar como algumas idéias tão importantes quanto as de carga, potencial e capacidade elétrica tiveram suas origens ligadas ao uso de um tal instrumento. Para além dos importantes detalhes históricos assinalados, a história do eletroscópio revela também algo de inquestionável valor filosófico no ensino da Física: a extensão na qual as observações dos fenômenos elétricos sempre estiveram carregadas de pressupostos teóricos.
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