ResumoO presente artigo tem como propósito discutir como os arquivos escolares podem constituir-se em locais importantes para a pesquisa em História da Educação. Trata-se de uma discussão baseada numa experiência de pesquisa empreendida acerca do arquivo do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, de Ribeirão Preto, no período compreendido entre 1918 e 1961. O recorte temporal corresponde a momentos significativos da história do Colégio, da História da Educação e da Política Educacional Brasileira. A discussão acerca do arquivo desse Colégio está aliada a um referencial teórico voltado para a História, História da Educação e Arquivologia, entre outros. As instituições escolares apresentam-se como espaços portadores de fontes de informações fundamentais para a formulação de pesquisas, interpretações e análises sobre elas próprias, as quais permitem a compreensão do processo de ensino, da cultura escolar e, consequentemente, da História da Educação. Na pesquisa empreendida sobre o Arquivo do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, foi possível localizar uma documentação importante para o estudo da história dessa instituição e de sua cultura escolar, bem como mostrar as possibilidades e os limites do uso desses documentos para a pesquisa em História da Educação. Apesar disto, esse arquivo em especial, como o de outras escolas, pode fornecer elementos significativos para a reflexão sobre o passado da instituição, das pessoas que a frequentaram, das práticas que nela circularam e, mesmo, sobre as relações que estabeleceu com o seu entorno.Palavras-chave: Arquivo Escolar; Documentos; Pesquisa; História da Educação.
Abstract
RESUMO: Neste artigo, discute-se a forma como era representada e tematizada a educação de excepcionais (hoje, pessoas com deficiência intelectual), sob o influxo da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), entre as décadas de 1960 e 1970 no Brasil. Para tanto, toma-se o impresso periódico Mensagem da Apae como fonte e objeto de pesquisa, em sua primeira fase de existência (1963-1973), na perspectiva da Nova História Cultural. Pela organização material e textual do impresso, evidencia-se o investimento discursivo como forma de legitimar uma identidade institucional e justificar o trabalho das Apaes com esse público, mediante uma perspectiva pedagógica institucional que visava (re)habilitar, treinar e ajustar o excepcional à sociedade, imputando-lhe uma ocupação laboral, em caráter semiprofissional, desqualificado e repetitivo. Desse modo, a educação ofertada não era um processo consistente de profissionalização, muito menos de escolarização, mas sim uma forma de higiene social. Logo, o foco não estava em formar o cidadão, e, sim, impedir a emergência do delinquente, bem como liberar os pais e familiares que se ocupavam do excepcional para que estes pudessem trabalhar e serem produtivos, com vistas a se impedir a perturbação do progresso nacional e a fomentar uma suposta harmonia do tecido social, em um contexto marcado pelo tecnicismo político-educacional e pela ditadura civil-militar.
RESUMO: O texto apresentado trata-se de artigo de revisão que empreende um balanço bibliográfico acerca dos trabalhos sobre História da Educação Especial publicados nos anais do Congresso Brasileiro de História da Educação (CBHE), no período de 2000 a 2015. Nesse balanço, pautado na metodologia da pesquisa bibliográfica e documental, os textos identificados com tal enfoque são classificados em categorias temáticas e metodológicas, além de se realizarem análises sobre os tipos de fontes, os recortes temporais e referenciais teórico-epistemológicos adotados. Constata-se que as pesquisas sobre História da Educação Especial apresentadas nas edições dos CBHEs são, ainda, exíguas, reivindicando-se maior aproximação entre os campos da História da Educação e da Educação Especial, pois a História da Educação Especial se constitui no hibridismo desses dois campos, cuja articulação poderá trazer mais respaldo e fundamentação à historiografia da Educação Especial brasileira.
A organização de eventos científicos no Brasil, especialmente os de história da educação, tem se expandido em todas as regiões brasileiras. Na região centro oeste já temos uma história de três versões, sem contar os eventos organizados regionalmente pela associação nacional de pós-graduação e pesquisa em educação – ANPED regional. Porém, pouco se debate sobre seu valor enquanto reunião científica. A proposta deste texto é sintetizar os três EHECO – Encontro regional de história da educação da região centro oeste. A metodologia utilizada foi a de recolher dados e relatos das três versões e analisá-las qualitativamente. Como resultado, percebemos que houve uma aproximação entre pesquisadores da área da história da educação da região centro oeste, bem como convergência de problemas historiográficos, especialmente os que dizem respeito ao estudo histórico de instituições escolares.
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